6 LIÇÕES DE VIDA QUE APRENDI AO JOGAR BOLICHE

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Por Vitor Luz, Psicólogo

Uma das lições de vida que aprendi no Boliche é manter-se na sua pista e focado naquilo que precisas acertar.

Essa é a estratégia para alcançar seus objetivos ao morar fora do seu país.

O que aprendi ao jogar boliche no exterior.

Nossas experiências morando fora podem ser bastante inspiradoras se estivermos atentos aos ensinamentos que elas podem nos proporcionar.

Estar sensível à sabedoria do nosso momento presente te auxiliará a enxergar a sua jornada com clareza.

E, assim, possibilitará que cada passo seja dado com mais segurança e consistência.

Você anda desconectado de você mesmo, sem compreender muito bem o que está acontecendo em sua vida?

Está sem grandes respostas para seus questionamentos existenciais?

Então, esse texto vai ser útil para você.

Como começou

No último final de semana tive a chance de jogar boliche pela primeira vez morando fora, aqui no Porto, em Portugal.

Esse já era um desejo antigo, mas não priorizei essa experiência em virtude de outras escolhas, mas dessa vez eu consegui.

Reuni alguns amigos, agendamos um horário e estávamos todos lá, dispostos a nos divertirmos, sem nenhuma pretensão de ganhar um do outro.

Afinal de contas, entre nós não existia nenhum aspirante a Walter Ray Williams Jr (o maior jogador de boliche de todos os tempos).

A preparação

A primeira providência a se tomar antes de iniciar o jogo é fazer alguns alongamentos.

Como um bom “iogue” e exímio “pilateiro”, priorizei esse momento para não adquirir nenhuma lesão.

Após isso, podemos trocar os nossos calçados por opções adaptadas à prática esportiva e aí sim, podemos começar a brincar.

Ao todo existiam 12 pistas disponíveis e nos atribuíram a de número 10, para minha alegria.

É que essa pista ficava um pouco mais distante da parede de vidro que dividia o ambiente.

Vai que uma bola escapa e atinge a parede, não é?

Meu nome no monitor era o do primeiro jogador.

E claro, como um bom observador, comecei a olhar em volta para analisar como as outras pessoas estavam jogando.

Na iminência de não encontrar nenhum padrão comecei a jogar do jeito que achava melhor.

Conquistas e aprendizados no exterior

Lance após lance, acertava somente nos pinos laterais, depois tive uma fase de não acertar nada.

Felizmente, em um dado momento, o tão sonhado strike chegou.

Celebrei como se aquilo fosse a melhor conquista naquele momento, afinal, havia atingido o objetivo de derrubar todos os dez pinos.

À medida que o jogo foi transcorrendo vi que estava atrás no placar e eis que um misto de sensações começou a surgir:

Eles são melhores do que você, realmente você não sabe jogar e precisa ganhar de qualquer jeito…”.

Então a chave da competitividade foi acionada e saí do modo diversão para o da competição, aumentando assim minha ansiedade, estresse e adrenalina.

Em um dado momento os meus companheiros de pista começaram a errar muitas jogadas.

A situação foi ficando engraçada porque a endorfina e dopamina foram inundando meu corpo novamente.

De repente, me lembrei que fomos ao boliche apenas para nos divertirmos

Moral da história

Ao final, fiquei em segundo lugar e sai feliz da vida.

Afinal de contas, tinha me permitido fazer algo diferente, divertido e que me tirou completamente da minha rotina ao morar fora.

Morar fora é uma realidade que nos ensina muito, se estivermos atentos e sensíveis.

Poderemos extrair aprendizados importantes e capazes de alterar positivamente nossa jornada migratória.

As lições do Boliche

Então aqui vão seis lições psicológicas que aprendi ao jogar boliche no exterior:

  • “Concentre-se na sua pista”, todo imigrante possui uma jornada única e reconhecer isso nos ajuda a prevalecermos.

    Desvie o seu olhar do caminho do outro.

    Nossas realidades são diferentes e na grande maioria das vezes não conhecemos a motivação daqueles ao nosso redor.
     
  • “Não concorra com ninguém”, no jogo da vida, em especial de imigrantes no exterior, não há ninguém melhor do que ninguém.

    Permaneça focado naquilo que você precisa fazer.
     
  • “Gerencie seus pensamentos e esteja atento às suas emoções”, nos influenciamos e somos influenciados o tempo todo.

    Por isso devemos estar atentos às nossas variações emocionais ao longo dos dias e diante das atividades que fazemos diariamente.
     
  • “Escolha bem suas bolas (seus recursos)”, no Boliche as bolas variam por cores, pesos e materiais.

    Devemos escolher aquelas que conseguimos controlar melhor.

    Na nossa vida é a mesma coisa.

    Quantas vezes não escolhemos aquilo que é mais difícil e que muitas vezes não damos conta, não é mesmo?
  • “Atenção aos sapatos”, na prática do Boliche os calçados são feitos para proteger a pista e facilitar a posição de saque.

    Essa realidade nos convida a pisarmos firmes e termos a clareza sobre o que estamos fazendo no nosso momento presente.
     
  • “Esteja atento aos sinais do seu corpo”, durante o boliche eu senti muita sede e dores no músculo trapézio,

    E isso que me fez dar uma pausa para me recuperar.

    Na vida do imigrante é do mesmo jeito, algumas pausas são bem-vindas para voltarmos restabelecidos para o jogo na nossa “pista”. 

Nosso passado contribui no nosso presente

Certamente você já compreendeu que não há uma fórmula única para tornarmos a nossa jornada migratória emocionalmente saudável.

Enquanto imigrante eu também vivo desafios diários.

Muito das reflexões que apresento são oriundas da minha vivência no exterior, das histórias que escuto e da minha prática clínica enquanto Psicólogo Intercultural.

Cada um de nós possui um caminho e permanecer atento a ele vai nos ajudar a continuarmos firmes e fortes. 

Nosso passado contribui no nosso presente, mas ele não nos define.

Entendo que, a depender da nossa origem e por onde passamos, talvez enxerguemos o mundo de uma forma peculiar.

Por isso estou aqui para dizer que é possível ajustarmos a nossa percepção e redefinirmos as nossas prioridades.

Permanecer fixo em pensamentos disfuncionais, em crenças limitantes e em comportamentos que nos impedem de chegar onde desejamos.

Esse o caminho mais rápido para nos sentirmos frustrados, sobrecarregados e desanimados. 

Portanto, assim como o boliche, outras práticas esportivas também podem contribuir imenso em nossas vidas.

Que tal escolher algo diferente para fazer acompanhado ou quem sabe sozinho?

O segredo está em ser intencional na sua escolha e fazer as coisas de propósito.

“Eu escolho fazer isso, por isso, para isso e isso…”, assim fortaleceremos a nossa consciência e estaremos presentes, no aqui e no agora. 

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Sobre Vitor Luz

Graduado em Psicologia pelo Centro Universitário Tiradentes – Unit (CRP 15/4906)

Graduado em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas – UFAL

Especialista em Assessoria de Comunicação e Marketing pelo Cesmac e Mestre em Psicologia pela Universidade do Porto.

Formado em Inner Vision ministrada por Eduardo Shinyashiki, Programação Neurolinguística – PNL concedida pelo Trainer e Master Practitioner Nilson Bolgheroni.

Certificação Internacional em Master Coaching Mentoring e Holomentoring – ISOR, concedida pelo Instituto Holos Nordeste.

Atualmente mora na cidade do Porto em Portugal, onde cursa o Doutorado em Psicologia na área das Relações Humanas, Saúde e Bem-estar na Universidade do Porto.

Enquanto Psicólogo Nômade Digital realiza atendimento online para brasileiros espalhados pelo mundo.

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