MARCELO SUARTZ FAZ UM BALANÇO DA VIAGEM AOS EUA …
“Fala Bira,
Tranquilo?
Bom, cheguei ontem (segunda-feira) à noite em Sâo Paulo, depois de um dia inteiro de aeroporto e viagem.
Sobre meus últimos torneios nos EUA …
Passei situações difíceis que foram muito importantes para mim. Há nove dias, mais ou menos, joguei o U.B.A Classic Open que tinha prêmios de US$ 10,000.00. Foram quatro dias de jogos, nos quais tínhamos a opção de jogar em turnos diferentes, cada um com três linhas. Ao conseguir a classificação não precisaria jogar mais.
Foi uma das condiçôes mais difíceis que já encontrei na minha vida: 38 pés, reverso, me obrigando a jogar extremamente inside (no meio da pista), sem muita curva e com o break perto do pocket. Fiz 613 e me classifiquei para jogar a semi-final. Na semi-final foram mais três linhas, novamente fiz 602, o que não foi sulficiente para ficar entre os top 5, pois o primeiro (o Lucas) se classificou com 647.
Nesse torneio joguei três squads e só na terceira tentativa é que consegui passar. Tinha feito antes 587 e 603, tentando jogar por diferente áreas da pista, estava muito instável, qualquer erro minímo já não acertava o pocket … talvez uma bola diferente com a superficie diferente entraria melhor. Jogaram dois membros da seleçâo do EUA que vão pra Guatemala. O Lucas ganhou deles na final ficando com US$ 2,000.00 do prêmio para sem handicap. Consegui ganhar US$ 280,00 nesse torneio.
Nesse último final de semana joguei o A.B.T – Amateurs Bowlers Tournament, um torneio com handicap com premiação de US$ 2,500.00. Joguei dois squads, fazendo 688 e 680, mas não me classifiquei para as finais … tinha que tirar 720 pelo menos … pois havia muita gente com handicap alto. Neste torneio o Lucas terminou em terceiro.
Aprendi como funciona a vida de quem vive do boliche, pois fazendo uma viagem dessas com alguém que vive do boliche e pensa no boliche como trabalho … lógico que se diverte jogando … mas o boliche significa um trabalho comum para esses jogadores. Por um lado é bom, pois nas derrotas se aprende com elas, tira proveito disso e em seguida as esquece … quero dizer, esquece o sentimento de derrota que muitas das vezes fica em nossa mente. Por outro lado é ruim, pois nas derrotas você não tem o que comemorar, lógico fica feliz pelo boliche, satisfeito, mas não poderá comemorá-las por muito tempo, pois terá outro torneio pela frente, talvez, no mesmo dia, no dia seguinte.
Aprende-se a perder pois nesse esporte, como já falei antes, nós perdemos mais que ganhamos, bom por um lado outra vez, pois aprendemos mais com as derrotas.
Fiquei feliz, fui para aprender, ganhar experiência e dar meu máximo dentro e fora das pistas. Foi o que fiz, dei o meu melhor, tenho muito o que aprender, muito torneio para jogar, sempre vou querer aprender mais e mais, nunca vai parar, sempre algo novo a intruduzir para ajudar.
Um conselho para todos os jogadores de boliche: seja sempre você mesmo dentro e fora das pistas. Para ser bom você precisa ser bom dentro da pista, mais para ser ótimo você precisa ser bom dentro e fora das pistas, um “gentleman” em outras palavras. Aprendi isso com um dos melhores jogadores de boliche que já conheci.
Obrigado a todos pelo apoio que me deram,
Abraços.
Marcelo Suartz”
Pedra, parabéns pelo seu relato. Realmente é bom ver o quanto você amadureceu nessa viagem… Posso te garantir uma coisa, você sempre foi bom dentro e fora da pista. Conheço poucos como você. Mantenha-se sempre assim e com certeza o sucesso será apenas mais um detalhe na sua vida… Um grande beijo, parabéns e nos vemos em BH.
Congratulações ao amigo Marcelo, muito interessante saber de seu relato,
para que saibamos o quanto ainda podemos crescer no Brasil como esporte.
Importante também que você o quanto puder fazer,
repasse pessoalmente a todos o que puder as informações necessárias ao crescimento em nosso esporte.
Parabéns pelo seu crescimento como pessoa, acredito que tenha aprendido muito.
Seu companheirismo sempre foi bom.
Um abraço do sempre colega e amigo.
Ailton