CELSO AZEVEDO, O PENTADECACAMPEÃO
O paulista Celso Azevedo, nascido em 28 de setembro de 1965, conquistou um título nacional inédito no boliche.
Celso tornou-se Tetradecacampeão* Brasileiro de Boliche em novembro de 2020.
*ATUALIZANDO: em outubro de 2021 Celso tornou-se Pentadecacampeão ao conquistar seu 15.º título nacional.
Foi na quadragésima primeira edição do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, disputado no boliche Aerotown no Rio de Janeiro.
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O Celso nos concedeu uma entrevista exclusiva, que segue abaixo:
O INÍCIO DA CARREIRA
– Desde criança sou sócio do ACRE (Associação Cultural Recreativa Esportiva), um clube tradicional da zona norte paulista, fundado em 1959.
– Meus pais, Edmundo e Terezinha, sempre jogaram boliche com os amigos lá no ACRE.
– Achei muito legal e comecei a jogar no clube com mais regularidade a partir dos dez anos de idade.
![Acre Clube - SP](https://boliche.com.br/wp-content/uploads/2020/12/acre-clube-jardim-franca-panoramica-sp.jpg)
– Nessa época não sabia que tinha campeonatos fora do meu clube.
– No Acre Clube tinha competições internas, campeonatos individuais e olimpíadas bienais.
– A maioria das competições que disputei eu ganhei.
– A gente jogava muito eventos, como Interclubes de boliche, por exemplo contra o Banespa e o Clube dos Oficiais.
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– Esse Interclubes em 1985 foi organizado pelo saudoso José Luiz Veiga, com a participação de vários atletas federados.
– Na época a Jandira era Campeã Brasileira Individual e na final master, fiquei em primeiro ao ganhar dela na final.
– Eu tinha 20 anos e foi o meu “batismo” em um torneio oficial da federação.
A SEDUÇÃO DO STRIKE
– Quando descobri que havia competições oficiais com maior frequência, aumentou o meu interesse em jogar boliche.
– Um dia, meu tio Milton, que também era sócio do ACRE, convidou-me pra assistir a uma competição no boliche que havia no Shopping Morumbi.
O Boliche Morumbi foi o primeiro centro totalmente automático no Brasil, inaugurado em 1983 e fechado alguns anos depois.
– Nessa época não havia vídeos nem acesso fácil à literatura do esporte boliche.
– Foi então que comecei a desenvolver e aprimorar meu jogo vendo os federados adultos jogarem.
– Busquei informações de quantos passos deveria dar no approach, treinei como como sacar melhor, controlar a velocidade, a postura, etc.
– Um amigo me convidou para jogar no boliche do Shopping Center Norte e aí a mosca do strike me picou.
– Oficialmente meu primeiro campeonato foi em 1995, a Taça São Paulo, no Dragon Bowling Center Norte.
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– Sou destro e dou cinco passos para sacar a bola, meu estilo é stroker (quando o jogador não desliza o pé).
– Minha inspiração inicial foi nos estilos do Júlio Abrão e o saudoso Geraldo Couto, jogadores paulistas.
– O Duda Premoli e o saudoso Sussumu Okazaki, também jogadores paulistas, foram os que mais me ajudaram, em matéria de saque, velocidade e postura.
– Depois comecei a me dedicar mais na parte física, fazendo academia e melhorando minha dieta alimentar.
– Para o controle mental passei a ler livros sobre esse tema.
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O ARSENAL DE BOLAS
– A bola da qual mais gostei até hoje foi uma Storm Paradigm.
– Meu arsenal hoje é composto pela Storm Super Soniq, Motiv Trident Abyss, Roto Grip Idol Pro, Motiv Revolt Vengeance, Motiv Covert Revol, Track 505.
– As que eu mais gosto hoje são as Roto grip Idol Pro e Motiv Trident.
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Em fevereiro de 2011, Celso foi homenageado pela Secretaria de Esportes e Lazer Municipal de São Paulo.
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A VAGA PARA A COPA MUNDIAL QUBICAAMF
Em agosto de 2013, Celso conquistou o direito de ser o representante brasileiro na 49.ª edição da Copa Mundial de Boliche em Krasnoyarsk (Sibéria, Rússia) porém…
– Não pude viajar em razão dos problemas de saúde da minha esposa Silmara. Era impossível eu me ausentar pelos dez dias do evento, em razão dos muitos exames e consultas.
O reserva que acabou viajando foi o vice-campeão da classificatória, Pedro Lima, atleta da federação catarinense.
Qual a conquista mais especial pra você?
– A conquista mais importante, pra mim é sempre a última. Sou muito focado e motivado pra jogar.
– Minha preparação física, técnica e mental é sempre procurando dar o meu melhor.
– Um sonho que ainda não realizei no boliche é jogar um Campeonato Mundial.
A MOTIVAÇÃO E O INCENTIVO
– A minha maior incentivadora é a Silmara, minha esposa, pois sempre me apoia e torce muito por mim.
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– Minha motivação é tentar ser o melhor que posso a cada evento e conquistar títulos.
– Gosto muito de jogar em equipe e motivar meus parceiros, com palavras de incentivo e jogando com alegria.
– Gostaria de poder fazer mais viagens pelo circuito nacional mas, em razão de compromissos particulares e profissionais, não consigo ir a todos.
DESTAQUES PESSOAIS NA CARREIRA
A partida perfeita no boliche tem a pontuação máxima de 300 pinos, conseguida após doze strikes consecutivos na mesma linha.
– Fiz três 300 em campeonatos oficiais paulistas:
o primeiro foi no Campeonato Individual em 2002,
o segundo na Taça Pinheiros de 2015 e
o terceiro na Taça Morumbi 2015.
– Guardo com especial carinho o meu primeiro Campeonato Paulista Individual, conquistado em 1997.
– Outra conquista inesquecível foi a Medalha de Ouro na Fase Individual do Campeonato Brasileiro de Seleções 2011.
– A emoção da conquista do Campeonato Brasileiro de Seleções em 2014 é outro momento especial, pois estávamos em terceiro lugar, antes da fase de equipes.
– Para sermos campeões, precisaríamos ganhar a fase e torcer por uma combinação de resultados pouco prováveis.
– No final, deu tudo certo e fomos Campeões.
– Tenho a honra de ser Bicampeão Brasileiro individual no sistema Europeu (Cordinha). em 1997 e 2001.
– Fui o melhor Atleta Masculino Adulto da Federação Paulista de Boliche em 2014 e o melhor Atleta Masculino Sênior em 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019.
– A maior série da minha carreira consegui na Taça Campinas em 2014, quando derrubei 1.520 pinos em 6 linhas (264, 277, 245, 247, 219 e 268), média de 253,33.
ÁLBUM PESSOAL
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