O BOLICHE E O 10-PIN-BOWLING
por Rogério Colonna

Boliche é diversão...  É a noite parada das segundas-feiras reanimada pela Liga com handicap, a cerveja e o papo descontraído com os amigos.

10-Pin-Bowling é coisa séria...  Entre outras, é aprimorar-se para melhor defender o Brasil nos torneios internacionais.

Ambos são necessários para uma existência saudável desse esporte no Brasil.

Essa visão clara começou a ser prejudicada na década de 1960 com a aplicação de novos vernizes na pista e de óleo para conservá-la. Logo as pistas "bloqueadas" começaram a produzir resultados inflados. Na década de 1990 chegaram as bolas reativas e a presença incômoda dos "condition players" entre os vencedores. Surgiram os arsenais com 40 bolas (amadores) e os sem limites (profissionais), na busca pelo mágico match-up.

A não existência de padrão universal no condicionamento da pista que levasse os mais talentosos a se destacarem, tem impedido o retorno do 10-pin-bowling às Olimpíadas, o que prejudica o marketing.

Começar a melhorar a situação do Boliche e do 10-pin-bowling no Brasil, é fácil mas trabalhoso e demorado. Só a longo prazo poderemos nos aproximar do nível técnico de paises como os USA ou a Finlândia.

Apresento a seguir um esboço do que julgo ser prioritário para iniciar a recuperação no Brasil desse esporte:

1- Reorganizar a CBBOL, preparando-a para exercer as novas tarefas, criando a Divisão de Boliche e a Divisão de 10-Pin-Bowling.

2- Obter a volta do 10-pin-bowling aos Jogos Olímpicos. Certamente pouco pode fazer a CBBOL nesse sentido mas é essencial manter-se atualizada e, quando possível, pressionar o COI.

3- Incumbir a Divisão de Boliche dos assuntos
    --> Captação de novos adeptos.
    --> Adaptação e divulgação de regras para as Ligas.
    --> Facilitar o aprendizado básico com um livreto em português.
    --> Estudo de novas modalidades de torneios.

4- Incumbir a Divisão de 10-Pin-Bowling dos assuntos:
    --> Equipe CBBOL.
    --> Esquema de óleo CBBOL.
    --> Arsenal de bolas.
    --> Avaliação estatística da capacidade esportiva (sistema Elo*).
    --> Detalhes técnicos avançados

Rogério Colonna


OBS: * Em 1969 o professor e matemático americano, imigrante húngaro, Arpad E. Elo, membro da Comissão de Qualificação da FIDE, apresentou à direção da entidade um revolucionário método para a graduação dos jogadores de xadrez segundo sua potencialidade.

Esse método foi baseado no desempenho de cerca de 200 entre os melhores jogadores do mundo, durante o período de 1966 a 1969, no qual todos tinham disputado no mínimo 30 partidas com outros do mesmo grupo.

Esses dados foram submetidos a uma série de aproximações sucessivas, utilizando-se um programa de computador, até obter-se uma lista coerente de forças. Dali para a frente, através de percentagens e expectativas, era possível estabelecer o "rating" de qualquer jogador que tivesse disputado um certo número de partidas com outros que já tinham sua pontuação.

Esse sistema que já vinha sendo utilizado nos Estados Unidos há vários anos, foi aprovado pela FIDE para vigorar a partir de 1o de julho de 1971. Seguindo o modelo americano tomou como base o número 2000 que era o índice mínimo para a categoria "expert" ou especial.

Vencida a relutância e desconfiança inicial, principalmente das Federações que possuíam grande número de jogadores titulados ou de alto nível, o sistema Elo de avaliação foi plenamente aceito e se tornou a melhor maneira de medir a força enxadrística de todos os jogadores do planeta.

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