BOLICHE DE VELHOS, POR VELHOS E PARA VELHOS… CHEGA!!!

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Boliche de Velhos, por velhos e para velhos… Chega!!!
(artigo escrito por Benê Villa, colunista do Boliche Online)

“No mês passado estive em Santiago/Chile para dar uma clínica e, aproveitando minha estadia, a Presidente da Sul-americana me convidou para uma conversa informal com ela e James Porter, que assim como eu, é também membro da Diretoria Técnica da Confederação Sul-americana.

A reunião foi basicamente para uma troca de idéias a respeito do futuro do Boliche no nosso continente. Aproveitei a oportunidade para falar sobre minha desconformidade em relação à aprovação da categoria Super Sênior nas competições sul-americanas.

Vejamos… novamente os olhos se voltam para o passado… Nada contra os Super Seniores, mas cadê o futuro? Desconformidade por quê? Porque novamente estão mais preocupados com o passado que com o futuro.

Caso muitos não saibam nos campeonatos Sul-americanos as seleções juvenis dos países são formadas por dois atletas masculinos e duas atletas femininas com idade sub-20. Estas competições são a cada dois anos. Então vejamos um(a) jovem joga um sul-americano com vinte e só vai sair novamente para uma competição internacional quando tiver maioridade. Isto se conseguir se classificar, competindo com os velhos e mais experientes jogadores que muitas vezes ganham por diferenças mínimas de somente alguns pinos. O que acontece com esse (a) jovem? Não adquire experiência, então não viaja. Então entramos no velho circulo vicioso… Não viaja porque não tem experiência, não tem experiência porque não viaja!

Algumas sugestões foram dadas e serão apresentadas na próxima assembléia da diretoria Técnica da Sul-americana ainda este ano no Brasil durante o Campeonato Sul-americano que se jogará em São Paulo.

1- Promoção de cursos de formação de escolas, técnicos e árbitros de boliche.

2- A criação da categoria Infanto-Juvenil sub 15

3- A criação do campeonato Sul-americano infantil e Juvenil de Clubes

4- O aumento das quantidades de jogadores de 2 para 4 por gênero por país.

5- A criação do campeonato Sul americano de Campeões Individuais nas categorias Infanto-juvenil, juvenil e Adulto, Sênior e Super Sênior que serão jogados anualmente.

Todas as categorias terão na primeira edição destes campeonatos livre participação.

A partir da segunda edição, as categorias Adultas, Seniores e Super Sênior estarão com sua participação aprovada somente se o país em questão levar equipes completas para as competições, isto quer dizer que se o país não levar as categorias jovens… Não compete!

Isto também será aplicado ao Campeonato Sul-americano de Seleções.

Espero que seja aprovado e tenho muita esperança que estas novas atitudes sejam seguidas por todas as Confederações e federações dos países filiados a Confederação Sul-americana.

Se a CBBOL tivesse esse tipo de atitude com relação às federações filiadas tenho certeza que os presidentes de federações começariam a se mexer!!!

12 thoughts on “BOLICHE DE VELHOS, POR VELHOS E PARA VELHOS… CHEGA!!!

  1. Legal, parece coisa de baixar juros por decreto, congelamento de preços ou caçar boi gordo no pasto.

    Por que que os mais velhos e adultos tem que ser punidos se o boliche cheio de condicionamentos “seletivos e técnicos” é um esporte chato, que só interessa aos coachs e fabricantes de bolas e máquinas aplicadoras de óleo e não atrai novos participantes?

    Claro que sou a favor de novos valores, trabalho nisto há anos. Mas para haver novos valores, parece incrível que a ficha não caia, TEM QUE SER DIVERTIDO, SE NÃO OS JOVENS NÃO VÃO SE INTERESSAR.

    Meu filho Bernardo, que tem muito talento, campeão brasileiro juvenil e medalha de prata no Torneio das Américas, pode treinar de graça e tem todo o apoio necessário. Entretanto, não se interessa por boliche porque acha chato este negócio de vários condicionamentos, que são inclusive diferentes a cada dia. Não consigo atraí-lo para treinar de jeito nenhum.

    Vou repetir: TEM QUE SER DIVERTIDO, SE NÃO OS JOVENS NÃO VÃO SE INTERESSAR. Caramba!!!!

  2. Décio.

    Sem querer defender o Benê, mas apenas pra entrar no debate, penso que a proposta do artigo dele não é vetar a participação dos “velhos” nos eventos, mas sim mudar a “velha” mentalidade que está impregnada nas nossas instituições.

    Quando os “velhos” cartolas se movimentam para assumir uma federação o que se vê é a intenção de manter o status quo, sem arriscar nem se comprometer com “novas” alternativas e experiências.

  3. Não estou contra o Benê, apenas não se faz um novo aficcionado por decreto.

    Sempre fui a favor de uma nova forma de administrar o nosso combalido esporte, mas caçar boi no pasto não vai funcionar.

    SE NÃO FOR DIVERTIDO, O AVIÃO VAI CONTINUAR DECOLANDO VAZIO. E não há nada que possamos fazer, pode inventar o que for, estrebuchar, que os meninos não vão aderir.

  4. Grande amigo Benê,

    Entendo que há espaço para todos. A Constituição prevê o “direito ao esporte” para todos, de forma democrática, com liberdade e igualdade de direitos.

    É importante registrar que o boliche continua sendo uma modalidade esportiva que evoluiu muito com os chamados “velhos”, desde o tempo dos “pin-boys” e que não era considerado nem “esporte”. Muitos trabalharam de forma intensa para que isso acontecesse, vindo a beneficiar os mais jovens, que hoje são merecedores dos mais altos elogios por todas as conquistas.

    Embora afastado do boliche, por problemas alheios a minha vontade, aguardo muito ansiosamente que o boliche se torne em breve definitivamente um ESPORTE OLÍMPICO, “com velhos” ou “sem velhos”.

    1. Caro Toninho Luiz.

      É bom ver que o artigo do Benê reanimou um “velho” amigo… rsrsrs

      É claro que o artigo refere-se mais ao conceito administrativo aplicado sem sucesso por tantas décadas, que propriamente a idade cronológica dos envolvidos no processo.

      E inovar conceitos e ações é sempre a etapa mais difícil na implantação de mudanças e aperfeiçoamentos.

      Para você ter uma idéia, nas últimas semanas tentei fechar um acordo com um clube paulista que vai organizar sua primeira “Taça”, oferecendo-lhe uma parceria com a Copa Brasil QubicaAMF, classificatória para a 48.ª Copa Mundial, homologada pela FIQ e um dos maiores eventos esportivos do mundo. Depois de “muita análise e deliberação” declinaram da proposta, sob a alegação que queriam fazer a Taça deles igualzinha à dos outros clubes, aliás, eventos que a cada ano têm menos participantes…

      Também enviei um proposta de profissionalização na administração da federação paulista, a qual, depois de “uma rapidíssima análise e deliberação” foi recusada, sob a justificativa que não há dinheiro em caixa.

      E olha que alguns dos envolvidos nesses dois exemplos nem podem ser classificados de “velhos” na idade, mas na visão de futuro são contemporâneos do Matusalém.

      Pior que a recusa das propostas, é saber que NÃO HÁ NENHUMA NOVA PROPOSTA substitutiva, pois o que se vê é MAIS do MESMO.

      Querem mudar sem aplicar mudanças, o que é simplesmente impossível.

  5. Amigão Bira,

    Este é o Bira Teodoro, que sempre batalha a fim de que o esporte boliche tenha o seu real e merecido reconhecimento.

    Outro incansável batalhador, reconheço, é o Benê, que procura visualizar um futuro mais dinâmico para o esporte boliche.

    No meu comentário feito hoje, o que mais desejo é que todas as modalidades esportivas mantenham chances e oportunidades iguais para todos, independente de qualquer situação ou condição.

    Devemos tornar o que era UM SIMPLES ENTRETENIMENTO para um ESPORTE OLÍMPICO, com nossos atletas sempre alcançando o pódio, abrindo para todo o futuro um caminho realmente mais positivo para o boliche, apesar de todos os obstáculos existentes.

  6. Legal todo este papo, que de produtivo tb não tem nada, me perdoem os amigos.

    A verdade é que, se não for divertido, não atrairá novos adeptos. Tudo o que se fizer, será paliativo, os novos valores não aparecerão, é muito simples.

    A Formula 1, um dos esportes mais glamorosos e cheio de verbas, só é o que é porque é atrativo. Seja para os que participam, seja para os iniciantes, seja para o público.

    O boliche antes das bolas reativas e das ligas com handicap tinha milhões de praticantes e milhões de novos adeptos a cada ano. Para atrair novos adeptos, coisa impossível hoje, não só no Brasil, mas até nos EUA (palavras do Marcelo Suartz), deve-se analisar o que mudou da época do sucesso para hoje, momento de fracasso.

    Volto a dizer, nenhum jovem vai aderir ao boliche SE NÃO FOR DIVERTIDO. Que se virem as autoridades do esporte para torná-lo divertido de novo.

    O problema é que as autoridades no espote são fanáticos adeptos do “condicionamento seletivo” e mil opções de bolas. Como resolver? Só tirando estes caras da direção do esporte….

    Esta, aliás, tem sido minha tônica nas últimas discussões, seja com o Bira, seja com o Daniel, Charles, Benê e outros.
    O fato do condicionamento não ser seletivo não desmerece o esporte, mas o torna atrativo. Cabe à FIQ proibir bolas reativas, limitar o coeficiente de atrito, assim como a Fornula 1 limita muitas coisas, como carro asa, escapamentos, limita a cilindrada, proíbe turbo, limita largura dos pneus, etc e etc. Tudo para tentar obter o que vemos hoje, equilíbrio e competitividade para a maioria.

    1. Você tem razão, Décio.

      Verduras e legumes são muito bons para a saúde das crianças, mas vai convencer um filho a comer algo que não é “divertido”… Só usando muita criatividade e incentivo. E isso nosso boliche tem muito pouco, ou quase nada.

  7. Para todos,

    Desde o tema inicial proposto, ficou evidente o objetivo e a intenção fundamental: melhorar o boliche em todos os seus aspectos, organização, administração, técnica, difusão, clubes, competições, novos adeptos, contratos e parcerias de patrocínio, etc.

    O boliche é uma modalidade esportiva que atrai público no mundo inteiro, permite a sua prática por todos, mantem sempre grandes e brilhantes disputas e competições oficiais, nacionais e internacionais, é qualidade de vida e bem-estar para toda a família e colabora pela difusão do esporte.

    Entendo que o boliche é merecedor de um lugar muito mais alto e deve ser apoiado de forma mais positiva e decisiva por todos os nossos organizadores e principalmente nossas autoridades a fim de que encontre soluções imediatas e um futuro muito mais promissor.

  8. Caros amigos,

    Em nenhum momento falei de condição de óleos…

    A intenção é fazer com que as federações e confederações trabalhem para semear novos jogadores.

    Para mim é muito claro que em escolas de formação de jogadores o item óleo vai entrar na vida dos futuros campeões muitos anos depois de iniciarem suas atividades como atletas.

    Formação de grandes jogadores não se faz em um mês ou um ano… Isso leva muito tempo! E, aqueles que quiserem seguir a carreira esportiva no boliche vão se deparar com esse tipo de dificuldade depois de algum tempo.

    Não devemos confundir formação de atletas com competições atuais. Até porque, todas as competições para infantil e juvenil devem ser separadas dos adultos e com um grau de dificuldade de acordo com a idade e preparação. Como em qualquer esporte!!!

    Escola normal para crianças tem um programa para fazer a escola divertida e agradável. Mas quando se entra no colégio e depois na universidade as coisas mudam. A vida é assim!

    O objetivo é fazer com que as entidades que regem o esporte, que normalmente são conduzidas pelos mais velhos se ocupem da formação de escolas de boliche e parem de pensar só no agora e no ontem… E se ocupem do amanhã!

    Uma nação sem escolas é uma nação atrasada e cheia de gente ignorante e analfabeta. Assim também é um boliche sem escolas de formação!

    1abrazo

  9. Benê, vc sabe que te admiro e respeito, nada contra sua pessoa. Concordo que devemos ter escolas, o Del Rey teve uma durante mais de 10 anos. Fechamos por falta de interesse das pessoas e falta de viabilidade econômica, não tem interessados suficientes para alguém fazer disto uma atividade que remunera condizentemente.
    Uma coisa é estudar para prosperar e ter melhores condições de vida, caso da universidade. Tem um objetivo de tornar a vida melhor, MAIS DIVERTIDA DE SE VIVER. Vale a pena o investimento.
    Igualmente o boliche, entra-se na escola para aprender, praticar melhor. Mas os jovens não querem passar por um aprendizado, gastar, para praticar um esporte chato.
    Criar regras de disputa, proibir clubes, seleções de participar se não tiver jovens, só demonstra que algo está errado. Intervencionismo não combina com suas ideologias, era o que eu achava. Ou será que você entrou naquela que os fins justificam os meios?
    Tem que ser atrativo, ou vai continuar diminuindo.
    E, como dizia o mestre camarão de Escolinha do Prof Raimundo, zé fini.

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