O Down da perfeição

A família de Daniel Kluska, inglês, 24 anos, nunca olhou para a síndrome de Down como algo que o limitasse.

Ele pratica boliche normalmente como qualquer membro da liga de boliche da região, a Mixers League.

Numa quarta-feira, 20 de novembro, durante as disputas da liga, todos ficaram atentos ao par de pistas onde estava Daniel, porque ele se aproximava de um jogo perfeito.

Chama-se jogo perfeito no boliche, quando o jogador consegue enfileirar doze strikes consecutivos numa mesma linha.

Dessa forma o jogador atinge a pontuação máxima numa partida de boliche, os sonhados 300 pontos.

Um Down perfeito
Daniel Kluska

O jogo perfeito de Kluska

Ele não teve nenhum problema nos lançamentos até o nono frame, quando sua bola atingiu de raspão o pino mestre, o primeiro do triângulo de dez pinos.

Apesar do erro no lançamento bola, Daniel conseguiu o nono strike, com direito à tensão da queda do pino 5, o último a cair.

Foi justo nesse lançamento que seu pai, Justin, teve a sensação que os 300 do filho iria acontecer.

Daniel repetiu a instabilidade no décimo saque, fazendo aumentar o clima de nervosismo.

Porém seus dois últimos saques foram perfeitos, constatou o pai, e fez os 300 pontos da partida perfeita.

Eufórico, Daniel imediatamente ligou para sua mãe, Kim, para lhe contar as boas novas.

Assim, Daniel tornou-se a única pessoa em sua família a fechar um 300 no boliche. um Down perfeito.

Uma família de bolicheiros

Justin e seu pai, John, são bons jogadores. O avô de Justin, Tom, falecido em 1998, foi campeão estadual sênior uma vez.

Só que até então ninguém na família havia ultrapassado os 299 até o glorioso 20 de novembro.

“Estou realmente orgulhoso dele”, disse John, 72 anos. “Estou jogando boliche há 50 anos e nunca tive um jogo perfeito. Eu sempre tive orgulho de tudo o que ele fez. Ele nunca desiste. Ele é um bom garoto.”

O jogo perfeito de Daniel não foi por acaso. Antes de 20 de novembro, sua maior partida fora 270. Sua média é de cerca de 170.

Daniel está jogando boliche desde a terceira série, quando sua mãe inscreveu o marido e o filho mais velho numa liga de pais e filhos.

Daniel disse que levou quatro anos para começar a gostar de boliche.

Mais tarde, ele jogou boliche na equipe do time do colégio na Grand Island Senior High, da qual se formou em 2013.

Ele também jogou boliche no ensino médio.

Não há dúvida sobre o carinho dele pelo jogo. Daniel possui seis bolas de boliche.

Daniel tentou outros esportes, mas o boliche é o único esporte que “o inclui em tudo”, disse sua mãe.

É o esporte que ele pode praticar. “Ele gosta de jogar e joga muito bem”, disse ela.

Daniel, que trabalha no Walmart, também é fã de basquete. Seus jogadores favoritos incluem LeBron James, Kevin Durant e Kobe Bryant.

Matéria original publicada no The Independent pelo repórter Jeff Bahr.

O que é a Síndrome de Down

A síndrome de Down não é uma doença, mas sim uma condição da pessoa em decorrência da alteração genética causada por erro na divisão celular.

É importante esclarecer que o comportamento dos pais não causa a síndrome de Down, ou seja, os pais não têm como evitá-la.

Os portadores dessa síndrome apresentam olhos oblíquos, rosto arredondado, mãos menores e comprometimento intelectual.

As pessoas com síndrome de Down têm muito mais em comum com o resto da população do que diferenças.

O portador dessa alteração genética pode alcançar um bom desenvolvimento de suas capacidades pessoais, com crescentes níveis de realização e autonomia.

Ele é capaz de sentir, amar, aprender, se divertir e trabalhar.

Poderá ler e escrever, deverá ir à escola como qualquer outra criança e levar uma vida autônoma.

Em resumo, ele poderá ocupar um lugar próprio e digno na sociedade.

O Boliche é Paralímpico

O Boliche tornou-se um Esporte Oficial Reconhecido do Comitê Paralímpico Internacional.

A entidade máxima do Boliche internacional, a World Bowling recebeu o status de Federação Internacional.

A World Bowling foi reconhecida oficialmente pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC).

Boliche é paralímpico

É claro que os dirigentes, e toda a comunidade envolvida com o Boliche, está exultante com esta ocasião tão importante.

Inclusive porque engloba a acessibilidade do esporte e fornece reconhecimento e capacitação para um setor já florescente de boliche.

Sendo a acessibilidade uma das principais características distintivas do boliche, a World Bowling tem uma comunidade próspera de participantes e atletas com deficiência.

A colaboração oficial com o IPC e a designação do para-boliche irá desenvolver ainda mais este setor do esporte e oferecer mais oportunidades para o jogo organizado e a competição oficial.

O presidente da World Bowling, o xeque Talal Mohammed Al-Sabah, comentou: “Estamos entusiasmados em nos tornar uma Federação Internacional Reconhecida pelo IPC. Temos certeza de que esse reconhecimento aumentará ainda mais o número de participantes do Boliche, desde o nível básico até o dos atletas de elite ”.

Boliche é paralímpico

O boliche adaptado para deficientes físicos foi desenvolvido durante o pós-segunda guerra mundial.

Tornou-se um esporte  popular entre os paraplégicos e amputados.

Já a participação de indivíduos com deficiência severa só foi possível na década de 1950 quando o uso de dispositivos auxiliares passou a ser permitido.

Nessa mesma época em 1948, na cidade  de Nova Iorque, os deficientes visuais também praticavam o jogo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *