UMA BLITZ SENSORIAL DE 3 AMIGOS ESPECIAIS

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por Fernanda Araujo

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Há pouco mais de um ano, no dia 13 de abril de 2012, publicamos no suplemente “Estadinho” a reportagem de capa ‘Sem Barreiras’. Foi o começo do pagamento de nossa dívida com 24,5 milhões de deficientes físicos no Brasil. Com uma equipe formada por três crianças com deficiência e suas famílias, avaliamos as condições de acessibilidade de 10 atrações. Tarefa que repetimos agora, em outros espaços, com outras crianças.

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E escolhemos de novo a semana da Reatech – Feira Internacional de Tecnologia em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade para falar da experiência. Checamos estrutura e atendimento em teatros, parques e museus. Só repetimos o Cinesesc, já que não há outro cinema com audiodescrição. O que, se depender de nosso time, vai mudar. Fernanda Araujo, com reportagem de Wagner Moraes Ale, Emilly Victoria Pereira Santos e Ian Souto Izidoro

Avaliação das famílias

Ian: Nunca tinha jogado boliche e achei sensacional. No começo não entendi direito, só ouvia o barulho. Mas foi o passeio mais legal da matéria.

Cleide/Emilly: Bom logo ao chegarmos avistamos uma escada rolante para poder subir ao boliche, pensei comigo só falta ter apenas essa entrada. Mas não, havia um elevador onde o segurança além de nos explicar o caminho, nos acompanhou até o local. Ao entrar no boliche vimos que para todos os locais haviam rampas para cadeirantes e havia também uma pista exclusiva para deficientes com grade e suporte para poder arremessar as bolas. Até então estava tudo perfeito, até eu perguntar sobre o banheiro. Infelizmente não tinha banheiro adaptado, claro que fui perguntar ao gerente do estabelecimento. Ele me respondeu que o responsável pelo banheiro era o shopping, e que ele não podia mexer na estrutura do banheiro, que ele já tinha pedido permissão ao shopping para poder adaptar o banheiro, mas o mesmo não permitiu. Disse também que todos os outros estabelecimentos dele eram adaptados, somente esse não era. E disse que se nós pudessemos reclamar com a administração do shopping seria ótimo, pois estaríamos fazendo um grande favor pra ele… Fomos bem recepcionados, o responsável ficou com a Emilly auxiliando a melhor forma de arremessar a bola, deu atenção ao Ian explicando como era o local, mostrando as bolas, os pinos. Só achei que ele não deu tanta atenção ao Wagner, não porque ele não quizesse, mas sim pela falta de comunicação. Eu o vi por várias vezes chamando pelo nome do Wagner e depois ele veio até nos e disse assim: ‘”oxa chamei ele por várias vezes e só depois lembrei que ele não ouve”.

Priscilla/Wagner: Foi um passeio incrível, o Wagner tava feliz demais. Achei o lugar ótimo aquele rapaz que esteve conosco, não sei o nome dele, mas foi super simpático e acessível, lá não tem libras, mas não achei o jogo difícil de entender acredito que dá para um surdo se virar bem. Nota 11. Foi incrível ver e participar da alegria das crianças.

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Dragon Bowling. Shopping Center Norte. Trav. Casalbuono, 120, 2º piso, V. Guilherme, 2252-2754. 2ª a 5ª, 12h/23h59 (6ª, 12h/1h; sáb., 10h/2h; e dom. 10h/23h59).

Fotos de Filipe Araújo/O Estado
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(reportagem original “Blitz Sensorial – Parte 2”) publicada no jornal e 
blog  do O Estadão) em 18.abril.2013

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