Brasileiro de Seleções 2001

ALEGRIAS E TRISTEZAS

Há muito tempo eu não freqüentava um torneio de boliche, quer seja na condição de jogador, ou de observador (mais ou menos 2 anos).

Por ação da coincidência, tive a satisfação de parar em São Paulo e assistir aos dois últimos dias de jogo do Brasileiro de Seleções, terminado neste domingo à tarde (09/12/01)..

Satisfação, porque pude rever pessoas que não via há muito tempo, além de ficar na companhia do meu filho Daniel. E também por ter constatado a ferocidade com que a molecada está girando a bola, cuja maioria eu só conhecia de nome.

Mas como nem tudo são flores, duas coisas chamaram-me a atenção: a “fumelança” desvairada durante as partidas e a falta de divulgação, no local, de um torneio tão importante como esse.

Parece brincadeira, mas depois de tanto tempo percebi que as coisas nestes aspectos não mudaram. Até pioraram.

Sobre a utilização do cigarro, o Benê tirou a palavra da minha boca e já falou tudo, brilhantemente Eu só acrescentaria o seguinte: com essa “fumelança” toda, porque não pleitear patrocínios ou parcerias com a Souza Cruz?

Imaginem a veiculação de uma propaganda em que um “bolicheiro respeitável” corre o aproach e arremessa a bola com a sua “guimba gloriosa e fumegante” no canto da boca, no melhor estilo do velho oeste americano?

Fala sério, né? Isso é “esporte”?

Infelizmente, agindo-se dessa maneira, continuaremos sendo uma “reunião nacional de amigos e inimigos uniformizados, que se encontram para fumar e beber em um mesmo local, de vez em quando”.

O segundo aspecto negativo foi a falta de divulgação do torneio no recinto. Para os desavisados, a única referência que poderia aguçar-lhes a curiosidade seriam as bandeiras colocadas na parede ao fundo boliche. Mas e daí?

Mas que “raios” aquelas bandeiras estariam fazendo naquele lugar? Talvez a direção do boliche fosse “genuinamente brasileira e extremamente patriótica”... ou talvez estivesse havendo algum torneio importante de boliche, quem sabe?

Uma discussão séria a respeito do futuro do boliche no Brasil continua sendo prioridade.

No meu entendimento, tem gente boa com obrigação moral e histórica de fazer mais pelo boliche, do que simplesmente rolar a bola e ganhar um par de medalhas reluzentes por aí.

Boas festas para todos!

Marcos Raphanelli


A FBRJ o parabeniza pelos detalhes da sua exposição acima, nos assuntos "Alegrias e Tristezas".

Alegria pelo encontro com velhos amigos.

Tristeza porque depois de dois anos afastado do Boliche você voltou para assistir a participação do nosso atleta Daniel (seu filho) e observou que o Boliche continua a ser um encontro de amigos e inimigos, para beber e fumar, sendo que agora tolerado por uma Confederação.

Aproveitamos a oportunidade para apresentar nossos parabéns pelas duas partidas perfeitas (300 pinos) que nosso atleta Daniel Raphanelli realizou no ano de 2001 e em boliches diferentes (Fun Station/SP e Norte Bowling/RJ)

Feliz 2002!!!!

Antonio B. Carvalho
Presisente da Federação de Boliche do Rio de Janeiro

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