COMO É FÁCIL CRITICAR
Quando
decidi assumir a presidência da Confederação Brasileira de Boliche, tinha clareza de que não seria uma
tarefa fácil, mas consciente da necessidade de aliar a experiência
acumulada ao lado de grandes nomes que já haviam dado a sua contribuição
para que o boliche atingisse o estágio atual,e meu idealismo de que temos
muito que evoluir planejadamente através da expansão do conhecimento
entre os atuais praticantes e da difusão do esporte para que com maior
divulgação na mídia , poderemos crescer em quantidade e qualidade.
Em 2001,
crescemos em quantidade de torneios, em regiões praticadas, e também em
número de filiados, mas reconhecemos que erramos em planejamento e
divulgação.
Não
queremos justificar os erros pela falta de previsão, assumimos que apesar
de termos certeza que precisamos racionalizar a participação nos eventos
não podemos impedir a expansão, citamos como exemplo a importante
participação dos atletas do nordeste que representaram um grande acréscimo
entre os filiados da confederação.
Por
outro lado, já nos primeiros comunicados afirmavamos que nossa preocupação
não seria com o topo da pirâmide, e sim com as formas para que aqueles
que estivessem na base
pudessem evoluir e almejar chegar ao topo.
Porém
aqueles que estão no topo, não poderiam ficar relegados ao segundo plano
por se tratar do atual espelho, e com seus resultados nacionais e
internacionais, refletirem nosso estado de evolução, representatividade
junto às autoridades nacionais e internacionais e
orgulho para todos nós.
O grande
problema é que o ranking em sua essência é uma medida de privilégio, não
existe forma ou palavras ideais para suavizar, por mais que as diretorias
anteriores procuraram aperfeiçoa-lo,
quando aumentamos o número de eventos e também a repetição em
determinados estados, criamos distorções,
que precisaram ser tratadas imediatamente como exceções.
NÃO
pretendendo administrar por exceções, criei uma comissão aberta
para avaliar a necessidade de uma revisão do antigo ranking e adaptá-lo
à nossa atual condição, considerando o aumento de eventos e federações,
este trabalho está em andamento, os nomes foram sugeridos pelos
presidentes de federação , estamos bem representados mas precisamos da
participação de todos para que em breve não comecem novas críticas.
NÃO ,não
quero enfatizar nossas conquistas, mas temos que valorizar os resultados
alcançados, conquistamos medalhas em todas nossas participações
internacionais, as criticadas seleções foram formadas respeitando
fundamentalmente o ranking existente e ele foi a base única para a
convocação de atletas para seletivas, o caminho deve estar certo pois
nunca fomos tão reconhecidos nacional e internacionalmente, os resultados
apareceram, mérito dos atletas, mas faltou respeito.
Respeito
a diretores, atletas de seleção, organizadores e sobretudo ao trabalho.
Críticas
são bem-vindas, mas precisamos ter clareza
do quanto é público uma Internet, afirmações do tipo que
bebidas e fumo são toleradas pela atual confederação, são no mínimo
um desrespeito, não com o presidente mas com todos atletas, desde o
brasileiro de clubes, primeiro evento nacional por nós administrado,
conseguimos uma adesão admirável dos atletas que facilitaram o trabalho
dos organizadores, evoluímos no cumprimento de regulamentos e ética do
esporte, com a participação de abnegados que sem remuneração
auxiliaram no controle destes
itens, em São Paulo especificamente tivemos um belo trabalho do sr. Marco
Ahuaji, a quem solicito imediatamente um relatório do evento para que
seja tornado público e em seguida, faremos se necessário uma advertência
aos envolvidos e antecipadamente previno a atletas e dirigentes filiados a
esta confederação, que quando um pronunciamento mesmo que na Internet,
não contiver a verdade dos fatos e estes fatos interfiram no
desenvolvimento do boliche, no mesmo espaço lançaremos uma nota de repúdio
para que nosso esporte não seja mal interpretado e denegrido.
Quando
ao respeito ao presidente, não me alongarei, mas lembro que estou no
cargo, mas tenho família, filhos, empresa, como todos vocês, dedico o
maior tempo possível sem remuneração a administrar a confederação, e
volto a convidar a todos que possam contribuir com os diferentes setores
desta administração que estamos abertos, não existe exemplo melhor do
que nosso relacionamento inclusive com nossos opositores de chapa,
apoiamos o Augusto, como relator da comissão do ranking, a quem
solicitamos que todos colaborem e dentre os presidentes de federações,
por alguns chamados de nossos opositores, mantivemos com eles o melhor diálogo,
traduzindo as divergências em pontos de aperfeiçoamento de idéias.
Assim
cresceremos, realizar é mais difícil do que criticar.
Cesar Maciel