Olá
bolicheiros de plantão, vamos então para uma nova matéria, esta será
sobre material.
Antes de mais nada, corrigindo um pouco a matéria
anterior, aprendi com o Marcelo Suartz que as bolas reativas não
arrastam o óleo e sim, o absorvem. Apenas as bolas plásticas, as quais
chamamos de côco que arrastam o óleo.
Bem, nossa segunda matéria é sobre material.
Você conhece seu material?
São tantas bolas e tantas marcas, que ás vezes a gente se confunde.
Basicamente as bolas são divididas em quatro categorias, alta
performance, média performance, baixa performance e plástico (côco).
Bem, o que isto
significa? Que as bolas de alta performance são boas e as outras são
ruins? Claro que não.
Todas as bolas são boas, o caso é que cada uma é mais apropriada para
uma determinada condição de pista e perfil do atleta.
As bolas de alta performance tem um hook maior e distância menor, ou
seja, entram mais e mais cedo e são recomendadas para uma condição de
óleo pesado ou médio, ou seja, para as partidas iniciais, a grosso
modo, até a segunda ou terceira linha, dependendo do tipo de programa
de óleo, mais ou menos densidade.
As bolas médias para condição de óleo médio e mantendo a coerência,
as de baixa performance para a condição de pista seca. A diferença básica
entre elas é que o núcleo é mais poderoso nas bolas de alta
performance e vai ficando mais calmo nas médias e baixa. Outra coisa
que muda é a superfície, existem bolas de superfície de 1000, 1500,
2000 e 4000, isso tem a ver com a porosidade da superfície, quanto
menor o número, mais porosa é a superfície, ou seja, a 1000 é mais
porosa e isso faz a bola entrar mais cedo, proporcionalmente, a 4000 é
a super polida, menos porosidade, isso faz a bola entrar mais tarde, ou
seja, maior distância.
No ano passado, a maioria das bolas de alta performance eram porosas, de
1000 a 1500, hoje a tendência mudou, a maioria das bolas de alta
performance é 4000. Bem, ocorre que os fabricantes perceberam que as
superfícies 1000 a 1500, absorviam muito mais óleo e isso prejudicava
o comportamento da bola de forma rápida, o atleta tinha que fazer o
chamado resurface ao terminar um torneio ou dois, pois a bola já ficava
sem reação.
Hoje os recentes lançamentos de bola de alta performance são 4000,
exemplo, Columbia 300 Full Swing e Power Swing, Virtual Gravity e muitas
outras.
Conhecer seu
material é importantíssimo, caso contrário você pode estar usando a
bola na hora errada. Ás vezes o atleta compra uma bola nova e resolve
jogar com ela, porque é nova, mas se a bola é por exemplo uma bola de
baixa performance, ela não deve ser utilizada nas primeiras linhas,
haverá muito óleo para ela e você só vai achar o pocket se
montar na seta, pois vai faltar hook.
Veja
abaixo o quadro ilustrativo de hook x distância da Columbia, onde
juntei as bolas antigas e novas.
![](../images/comparacao_performance.jpg)
Entendendo o gráfico,
a bola Full Swing tem um hook maior que 9 e uma distância menor que 4,
isso mostra que esta bola é para bastante óleo, pois tem hook forte e
pouca distância. Já a Loud Noise, tem um hook de 6 e uma distância
maior que 9, trata-se de uma bola para pista seca, pois tem um hook mais
calmo e grande distância. As trajetórias também são diferentes, como
podemos mostrar na figura abaixo.
![](../images/trajetoria_alta_baixa_performance.jpg)
Tecnicamente devemos
usar as bolas de alta performance com condição de bastante óleo para
médio e no final, bolas de baixa performance para condição de pouco
óleo.
Tabela de dados:
você pode se guiar pelo RG e diferencial ou pelo hook e distância, são
duas formas de dizer a mesma coisa.
RG baixo e diferencial alto, a bola é de alta performance e é mais
forte ou seja, entra mais e mais cedo. Também existe mistura entre os
parâmetros, com RG alto e diferencial baixo, como a Storm Fast, que lhe
confere uma trajetória de arco.