Bug Bowling I
por Wagner Cerchiai

Por que Bug Bowling?

O “ BUG” dos computadores, ficou famoso na época do tal bug do milênio, mas da onde vem a palavra BUG?

Bug em inglês significa inseto.

No início, há vinte e cinco anos atrás, os primeiros computadores eram de dimensões gigantescas, quase do tamanho de um carro. A IBM, umas das pioneiras, tinhas um desses e ele tinha peças muito grandes, relés abertos, circuitos discretos com transistores, capacitores, etc...não havia ainda o tal “ chip”.

Uma máquina começou a dar problema e ninguém conseguia descobrir o que era. Foi então que uma engenheira foi atrás e descobriu que um inseto, uma vespa, ficou presa num relé, o que gerou o problema no processamento nos dados. Ela descobriu que o problema foi um BUG ! E daí ficou o apelido de BUG pra problemas no computador, hoje, mais no software que no hardware...

O Boliche ou bowling, é um esporte maravilhoso e desafiador, pois conjuga vários fatores, técnico, físico e mental.

Quando a gente joga a primeira linha de um torneio e no primeiro frame faz um strike, parece que tudo fica AZUL, vamos para o segundo frame cheio de entusiasmo, mas, quando a primeira bola é um split, ah que dor de cabeça, o mundo caiu nas nossas cabeças. Este seria um problema mental.

O boliche é muito bacana, pois ainda tem na parte técnica o óleo da pista e seus desdobramentos, o material principal que são as bolas, luva e sapato e ainda o jogo físico e preparo físico.

Bem nesta primeira matéria, vou falar sobre Planet e Center Norte.

Até uns meses atrás, eu tinha 190 de média no Center e 170 no Planet, preferia torneios no Center justamente por isso, vivia metendo o pau no Planet.

Bem, mas a maioria dos torneios é lá. Com o passar do tempo e mantendo os treinamentos em busca de melhorar o meu jogo, após quinze anos parado, com a ajuda do Edson, Bene Vila e Marcelo Suartz, e uma câmera, percebi que eu fazia o pêndulo com o braço dobrado tanto na descida do braço quanto no restante do seguimento até o saque, sempre pensando em gira muito a bola.

No Center Norte, funciona muito bem esse “defeito” pois lá a máquina de óleo é antiga e não limpa o arremate, com pouco arremate esse jogo mais travado vai bem. No Planet porém, a máquina limpa muito bem o arremate e o resultado é ruim, sempre a bola acaba entrando muito, Ao tentar abrir a bola, quando passa um pouco de mais para fora ela não volta, já no Center, ela volta e muito, pois pega o chamado paredão (7 tábuas sem óleo nas extremidades).

Com tudo isso, eu apanhava muito no Planet e muito bem no Center.

Observe que a passagem de óleo no Planet é muito mais sofisticada, existe menos óleo para o canhoto que para o destro, pois existem sempre menos atletas canhotos do que destros.

As laterais do Center não tem nada de óleo, é a tal “ barreira” já no Planet, tem óleo, menos mas tem.

Com os atletas jogando num torneio, o óleo vai sendo arrastado para frente, em direção aos pinos e o comportamento da pista vai mudando.

No Planet os defeitos do atleta aparecem mais, a pista exige mais precisão e mais desenvoltura física, o que nem sempre se traduz em força, mas em movimentos mais generosos e braço solto, o chamado braço curto no Planet é muito ruim.

No Center Norte, como o arremate é bem menor, menor força e desenvoltura não trazem necessariamente problemas, isso aliado a pinos mais velhos, que caem com mais facilidade, resulta em médias maiores.

Comparação de arremesso de Strike – Planet e Center Norte

Espero poder ter ajudado a entender nosso dois mundos o da Lapa e da Zona Norte.

Próxima matéria, Bolas...

Abraço, a todos,

Wagner Cerchiai
Diretor Técnico do Friend’s

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