Como anunciado anteriormente, nos dias 21
a 25 de abril de 2004, aconteceria em São Paulo o Campeonato Brasileiro
de Clubes e a Taça Brasil de Tercetos, pois bem, ela aconteceu mas
gostaria de deixar aqui minha indignação com relação à
desorganização e o descaso para com os atletas da 3.ª divisão e do
tercetos.
Comecemos com os tercetos, devido às "estrelas" que habitam nossa 2.ª
divisão, a última rodada, que estava programada para acontecer no
piso superior do Planet Bowling, não aconteceu ou, melhor dizendo, aconteceu para
os 6 primeiros tercetos, os tercetos "restantes" (três tercetos) foram
delicadamente "largados" no canto do piso térreo do boliche.
Se não bastasse o descaso com os atletas que lá estavam, ainda assim
mantinha-se um par de pista de distância entre o público e o
participantes do torneio,
mas gostaria de deixar alguns questionamentos, durante todo o torneio, a
cada linha trocava-se de pista, no último dia para, os "excluídos", as
pistas só eram trocadas a cada 3 linhas. O início das partidas estava
previsto para às 15 horas, o que aconteceu somente às 16h30. Bem, se
não bastasse o fato de os "excluídos" não saberem o que acontecia no
campeonato, o ambiente ficou mais animado quando o som do piso foi
ligado, não vou entrar no mérito do gosto musical, mas alguém já
imaginou jogar uma Taça Brasil, ouvindo: "...Você é o morango aqui do
nordeste...", ou quem sabe ouvir punk rock enquanto tenta-se fechar um
split 6-7?!?!
Pois é, essa foi a situação dos "excluídos".
Após a desistência de alguns atletas, o Presidente da CBBOL chegou ao
local do evento e com muita presteza comunicou-nos que no que diz
respeito às taxas da CBBOL, aqueles atletas estariam isentos de
pagamento e que se quisessem poderiam negociar com o dono do
estabelecimento comercial, um "abate" no valor das pistas. Gostaria de
saber se quando da inscrição para o torneio algum atleta negociou o
preço com o dono do estabelecimento?! Acho que agora as coisas ficaram
muito fáceis de serem resolvidas, nós atletas vamos ao dono do
estabelecimento e negociamos os valores...uma solução muito boa...
Voltemos às pistas, no início da 6.ª linha o par de pistas que tínhamos
de distância do público simplesmente sumiu, isso por que o dono do
estabelecimento deu ordem para abrir as pistas que estavam
reservadas e pagas pela CBBOL, será que houve desconto na inscrição dos
atletas, já que não utilizamos esse par de pistas?! E essa foi a gota d´água, os últimos "excluídos" que insistiam em arremessar bolas, isso
por que não tinha-se a mínima condição psicológica de jogo, desistiram
do "arremesso".
Após muita discussão, nada foi resolvido e ficou tudo na mesma pelo
menos até agora.
Vamos, agora, à 3.ª Divisão do Clubes, pelo que apurei, as medalhas da 1.ª e 2.ª
divisões foram entregues enquanto os atletas da 3.ª aguardavam para
terminar sua última série. O presidente da CBBOL, agradeceu aos atletas,
à FPBOL, ao estabelecimento e deu o torneio como encerrado. E enquanto
tudo isso rolava, os atletas da 3.ª divisão estavam "de vaso", plantados
no approach esperando "as estrelas do desporto brasileiro" receberem
suas tão merecidas medalhas. Só espero que os atletas da 3.ª que ganharam
algo, não as tenham recebido pelo correio.
Quando será que os atletas de outras divisões, que não a 1.ª e 2.ª serão
respeitados, se não como atletas, pelo menos como pessoas físicas que
contrataram um serviço e querem que seus direitos sejam respeitados?!
Se
havia regulamento, por que ele foi mudado pelos interesses de uma
minoria dominante?!
Se as divisões de base não servem para os
campeonatos, ou servem apenas para fechar volume e pagar as contas,
então nos próximos torneios façam somente com essas divisões, assim o
problema será menor.
E assim o boliche brasileiro se prepara para ser um esporte "grande e
organizado", grande como o futebol e desorganizado igual, pena que
nenhum atleta do boliche ganhe como um de futebol.
Valeu ...
E, à Confederação, pode deixar que no próximo Campeonato pagaremos as
contas de novo ...
Daniel Gomes
dagomes@parmalat.com.br