(por Ademir Medina)

BOLICHE + IMPRENSA = PATROCINADOR

Gostaria de expressar nesta matéria meu sentimento sobre a função da imprensa escrita e falada que tanto gostaríamos que apoiasse nosso esporte boliche.

Participei, como jogador desta equipe do Sanpa´s Bowling, no Campeonato Sul-Americano de Clubes em Quito, no Equador e fiquei realmente impressionado com a cobertura escrita e televisiva do evento, fruto sem dúvida de um excelente trabalho de bastidor dos integrantes da Organização do evento.

Poderia destacar que a performance excelente do nosso Fábio Rezende é que chamou a atenção ou o fato de oito países estarem em franca competência de boliche ou falta de matéria para os jornais ou outra coisa qualquer.  Mas definitivamente nenhum deles foi a causa.

O trabalho de divulgação, chamada, acompanhamento e atenção aos órgãos de imprensa local foram o fator decisivo  e incentivador que fez com que todos os dias, sem exceção, tivéssemos notícias do evento com fotos e matérias até explicando técnicas de boliche além das entrevistas pessoais com vários atletas sul-americanos.

Para aqueles que não dão a devida importância ao significado do ocorrido,  gostaria de dar alguns parâmetros de mensuração para o fato.  O retorno medido por qualquer órgão ou pessoa que queira se expor na mídia é medido por centimetragem de jornal, minutos de TV, etc.

Para que se tenha uma idéia uma empresa de nome, através de press realese, e quando for do interesse do divulgador, consegue de mil a cinco mil  centímetros quadrados de retorno anual, que medido em valor monetário, terá seu nome divulgado sem gastar os R$ 10,00 que custa cada centímetro no jornal de classificados, como exemplo.

Procurem calcular que espaço estamos falando e a que custo. Meia pagina de jornal tem mais ou menos 700 cm2 de espaço.  Algo em torno de 5000 cm2 seriam sete meias páginas no ano falando gratuitamente de sua empresa e uma economia de publicidade de U$ 18000 aproximadamente !!!  Estamos falando de matéria não paga .

Depois destes cálculos informo que somente na semana de torneio foram para os periódicos locais 4200 cm2 de notícias divulgando sempre o nome do Sanpa´s, do Fábio Rezende, de outros atletas e o mais importante falando de boliche.

Se tivéssemos um nome de empresa na camisa será que isto seria bom para o patrocinador?

Se ele vende produtos ou serviços naquela cidade ou País seria muito bom, certo?

O custo do nosso patrocínio para a viagem esteve próximo de um terço do custo da divulgação alcançado. Como ganho extra ainda teria o nome do patrocinador no “podium” algumas vezes.

Por que não temos gente especializada na organização de nossos eventos nas confederações, federações, ligas, etc, para aproveitarmos estes fatos?

Uma revista como a Placar divulga tiro ao alvo, jogo de botão, esgrima, vôo a vela e, se informada, até jogo de palitos.  Por que nosso esporte jamais aparece na mídia e em conseqüência não tem apelos a possíveis patrocinadores?

Temos profissionais de todos os tipos jogando boliche e portanto acredito que tenhamos publicitários ou homens de marketing que possam estabelecer um plano de comunicação de imagem para o nosso esporte.  Caso contrário continuaremos de chapéu na mão a cada evento, pedindo ajudas aleatórias e eventuais, sem nenhum objetivo ou retorno.

Ademir Medina
Atleta de São Paulo

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