Fabrício Bruno Cardoso apresenta
Um mega projeto de Boliche

1° ponto - O mercado de hoje exige sempre algo diferente, vejamos pelo seguinte exemplo: Uma escola com certeza adoraria oferecer em seu currículo o boliche, uma academia do Rio se interessou por colocar duas pistas de boliche, porque o seu custo é mais barato do que uma sala de musculação, e sua manutenção também.

2° ponto - o boliche é novidade em muitos estados, então criando copas com nome de patrocinadores em estados
onde se monta uma pista provisória e depois se retira (nesse caso podemos usar pistas Kopp), assim teremos patrocinadores diversos do local da competição e alguns patrocinadores fortes nacionalmente. Uma empresa de telefonia mostrou-se bastante interessada neste projeto.

3° ponto- Com patrocinadores fortes a mídia do boliche segundo meus cálculos crescerá em 60% em um ano e 80% em dois anos. Por que isso? Os patrocinadores chamam a mídia, chamando a mídia nossos atletas aparecerão para todo Brasil, se tornando mais conhecidos.

4° ponto- Para conseguirmos isso temos que montar um projeto de treinamento para os nossos jogadores de alto rendimento, e para os principais juvenis. Este projeto de curto prazo, para as competições deste ano. Um projeto completo onde se trabalhe todas as áreas. Uma equipe multidisciplinar, para oferecermos um trabalho de primeiro mundo. Com isso  conseguiremos passar uma credibilidade muito grande para os investidores.

5º ponto- Paralelamente desenvolveremos e elaboraremos um projeto visando toda a garotada, voltado para o Pan de
2007. Onde realizaremos clínicas com os melhores jogadores nacionais, para desenvolvermos grandes potenciais, causando assim uma renovação, o que é uma coisa que o boliche está precisando, segundo meus estudos. Com isso conseguiremos grandes investidores.

6° ponto- Com todos estes projetos teremos a total confiança dos investidores, isso faria com que a CBBOL tivesse um capital de giro, e junto com a iniciativa privada conseguiremos montar um centro de treinamento de boliche, que servirá para treinos das seleções e clínicas e também para desenvolvermos projetos sociais, para uma popularização do boliche. Cálculo isto para 2006, assim seremos uma grande potência.

7º ponto- Para cada vez mais descobrirmos talentos devemos pesquisar o perfil dermatogrifico de nossos jogadores, e elaborarmos um estudo isocinético do boliche, já comecei a estudar algumas coisas estou elaborando uma preparação física completa, tentando chegar na ideal; devemos também trabalhar com a detecção de talentos.

8º ponto- Acho que as pessoas da Cenesp, e eu também caso vocês me queiram dentro destes estudos, deveriam aprender sobre a prática do boliche, desde a iniciação até o alto rendimento.

9º ponto- Com o estudo da Cenesp e o meu acho que a CBBOL, poderia incentivar nossa produção científica de artigos e trabalhos sobre o boliche.

Tenho várias idéias em mente, muitas podem parecer uma grande viagem, mas são possíveis, só que teremos que trabalhar muito mesmo, e sendo uma grande equipe. Espero que permitam que eu trabalhe junto a CBBOL para realizarmos estes projetos juntos. Estou a disposição para debatermos sobre o futuro do boliche brasileiro.

Estou estudando o boliche como um todo há seis meses e meio, trabalho com Marketing esportivo.


Em carta enviada diretamente ao autor do Projeto, o Secretário Geral da CBBOL fez as seguintes observações:

" Fabricio:

Esclareço que minha interferência tem como objetivos buscar a paz na discussão, esclarecer pontos e promover uma aproximação com quem está disposto a ajudar o boliche. Porém qualquer providência a respeito do assunto terá que ter a participação e a concordância do Presidente da CBBOL.

1. A idéia dos colégios é ótima. Em Belo Horizonte o dono do boliche Del Rey faz um trabalho desse tipo há algum tempo, com ótimos resultados. Mas é uma iniciativa da casa comercial, não é da Federação que, nesse aspecto, é bastante omissa;

2. Quando fui Presidente promovi três Campeonatos Brasileiros em boliches Kopp. Um em Porto Alegre, um em Vitória e um em Santos. Também participei pessoalmente de dois congressos da Kopp, realizados na fábrica deles no Rio Grande do Sul. Este ano de 2002 realizamos uma competição em Limeira, SP. Na minha opinião, precisaríamos nos aproximar mais desse público. No entanto, o relacionamento com a Kopp (e seus boliches e praticantes) tem os seguintes problemas que precisam ser solucionados:

a)      O entendimento entre os dirigentes da Kopp  e da CBBOL é difícil porque a Confederação não pode homologar os eventos jogados nos boliches deles, por imposição da Federação Internacional;

b)     Os proprietários de boliches Kopp  não aceitam investir nos seus equipamentos para torná-los mais próximos das condições técnicas necessárias. Isso porque o seu público é muito mais do lazer e eles entendem que não vão ganhar nada com isso;

c)      Os atletas da CBBOL (dos estados onde há boliches oficiais) não aceitam jogar em boliches Kopp, por considerarem um retrocesso técnico. Foram raros os que participaram dos Brasileiros que realizamos;

d)     Como somos todos atletas (como lhe disse em minha primeira correspondência), não temos ninguém no nosso meio com conhecimento e disposição para assumir um trabalho junto a esse público.

3. Concordo com o raciocínio do terceiro e quarto pontos de sua carta. A pergunta, entretanto, é: de onde sai o dinheiro para o investimento no projeto de treinamento que atrairia os patrocinadores? E a equipe multidisciplinar? Acredite, pelo amor ao esporte não conseguiríamos nem um time de basquete (cinco pessoas). Profissionalmente poderíamos ter um grupo, mas volta o problema do dinheiro. Em tempo, sou totalmente favorável à profissionalização da direção dos esportes amadores. No mínimo acabaria com a hipocrisia que reina no meio, onde todos ganham e dizem que não ganham.

4. Q
uanto ao Pan 2007, o César tem projetos na cabeça. Mas temos que tomar cuidado ainda, pois a decisão de nossa participação nos Jogos só ocorrerá durante o Pan da República Dominicana este ano. Não podemos nos comprometer ainda com ninguém.

5.
Quando eu era Presidente, tinha uma relação de 14 “sonhos”. Um deles é o que você descreve no seu sexto ponto. Continuo sonhando.

6.
Sugiro a inclusão de um projeto de preparação psicológica junto aos novos talentos, antes das soluções físicas. Nossa comunidade, talvez influenciada pelos mais velhos que sempre foram amadores de fato, disputando eventos e defendendo o Brasil com seus próprios recursos, não acredita na necessidade do preparo físico para o nosso esporte. A iniciativa do César com a rede Cenesp tem sido recebida com muita desconfiança pela comunidade, que não enxerga a importância do processo. Talvez pudéssemos nos aproximar de outros esportes similares como o Tiro ou o Tiro com Arco, para ver como eles administram esse aspecto.

7.
Não sei se você conhece, mas já tivemos alguns artigos publicados sobre os aspectos físicos e mecânicos do boliche, a maioria deles traduzidos pelo Márcio Vieira e pelo Rogério Colonna, ambos do Rio. Se você não conhece, acho que valeria à pena conhecê-los. Posso intermediar seu contato com os dois nesse sentido. "

Marco Aurélio Arêas


Fabrício Bruno Cardoso responde:

Primeiro gostaria de dizer que me estou a disposição da CBBOL, para ajudar na realização deste mega projeto, sem ser remunerado, tendo somente as minhas despesas com que for preciso sendo pagas. Porque isto conheci o Boliche, e percebi que o nosso esporte, pode crescer e muito, isso seria bom para todos, além de achar o boliche um esporte bem mais completo, do que outros esportes e modalidades que fazem a cabeça de nossa juventude principalmente.

1º ponto- para conseguirmos investidores, temos que nos organizar primeiro, com isso temos que dar início ao projeto antes termos um patrocínio forte, fazendo alguns patrocinadores pequenos e médios através de permutas. Ex: empresa de ônibus x passagens = logo nos nossos materiais.

2° ponto- para atrair os investidores, deveremos criar um nome para nossa campanha, sugiro que seja assim, ou algo parecido, Boliche, muito mais do que se imagina!!! Derrube pinos junto com agente!!! Com isso usaremos de uma grande assessoria para fazermos contatos e apresentações do nosso projeto.

3º ponto- Quanto a Kopp, a CBBOL não precisa homologar as competições e os eventos, criaremos uma empresa de Marketing, que trabalhará para a CBBOL, e será patrocinadora e realizadora das competições. Para atrair os atletas iremos chamá-los através dos prêmios oferecidos e das vantagens, porque faremos uma classificação dos tops, que terão suas despesas pagas pelo evento.

4º ponto- o projeto das escolas é simples. De escolas particulares, cobraremos uma taxa, de escolas públicas faremos uma seleção através dos pretendentes as vagas. Como convencer o dono do Boliche? Ele se tornará patrocinador oficial do projeto, e levará todos os benefícios (redução de impostos, etc...) além de ser patrocinador das equipes que serão formadas através deste projeto.

5º ponto- quanto ao Pan de 2007, quanto antes começarmos a mostrar trabalho mais chances o boliche terá de participar, e esta é a intenção do COB. Então mão na massa!!!

6º ponto- A formação de uma equipe multidisciplinar, poderemos fazer através de parcerias com universidades, faculdades e até mesmo hospitais.

7º ponto- Para a imagem de um projeto ser bem vista por todos, temos que começar a trabalhar logo com um grupo, para mostrarmos logo um resultado, selecionamos alguns atletas e mandamos ver.

8º ponto- Achei muito válida a idéia de  realização de clínicas, com jogadores internacionais, mas sairia bem mais barato e poderíamos realizar numa quantidade bem maior se ela fossem dadas por exemplo pelo Walter Costa e Márcio Vieira.

Devo voltar a estudar as qualidades físicas do boliche, a partir da segunda quinzena deste mês. Com isso deverei começar a publicar em março para abril. Quando falo de artigos quero me referir artigos criados por nós, assim valerá bem mais.

Estou a disposição, para dar início a este projeto de profissionalização do esporte.

Fabrício Bruno Cardoso é do Rio de Janeiro, tem 21 anos,
 é graduado em Educação Física pela
    U.C.B. - Universidade Castelo Branco em dezembro de 2002;
aluno especial do Mestrado em Motricidade Humana na U.C.B.;
coordenador do Núcleo de Esporte da Cooperativa Educacional Amigos da Terra,
coordenador de Educação Física do Projeto Educacional Alfa Omega 2003,
coordenador administrativo da Equipe Miratus de Badminton 2002;
diretor de marketing do Projeto Conviver do Hospital Estadual Pedro II;
consultor em projetos esportivos 2003
fbc@bmrio.com.br

[ ANTERIOR ]   [ ÍNDICE ]  [ PRÓXIMA ]

[ TOPO ]