Carta Aberta de Clair Smaniotto, Presidente da Federação de Boliche do Mato Grosso do Sul

"Campo Grande-MS, 6 de Novembro de 2002.

A TODOS OS INTERESSADOS

Na condição de PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DE BOLICHE DE MATO GROSSO DO SUL, uma das fundadoras da atual CBBOL e como atleta de boliche, faço os seguintes esclarecimentos:

Iniciei como jogador de boliche por meados de 1992 na TAÇA BRASIL, realizada no BARRA SHOPPING no Rio de Janeiro, sendo que naquela data não tinha conhecimento algum, quer em termos de jogar boliche ou administração de boliche;

Posteriormente, na medida do possível praticava;

Em vista dos meus parcos conhecimentos, sempre fui simplesmente mais um atleta dentro os tantos que existem atualmente;

Com o passar do tempo em 1994, por ocasião da eleição da diretoria de minha Federação, fui nomeado diretor financeiro sendo que, seis meses após, o presidente renunciou ao cargo e assumi interinamente a direção da Federação;

Por falta de conhecimentos até então, somente em abril  de 1996 fora realizada eleição onde fui eleito Presidente e mais tarde o mandato fora dilatado para quatro anos. Em Abril de 2000 fui reeleito Presidente para mais quatro anos, portanto estou na frente da Federação a oito anos;

Durante todo este tempo, sozinho, não por vontade minha mas sim por não encontrar, em ninguém, apoio ou até mesmo respostas as minhas indagações, quer sobre administração, quer sobre orientação de como jogar boliche ou até mesmo onde buscar estas informações.

 Isto me fora negado inclusive por Diretores Técnicos da CBBOL. Certa vez ouviu de um diretor da CBBOL" ... SE VIRE";

Bem, graças ao meu esforço e empenho hoje não sou tão ignorante neste ponto, principalmente no que se refere à administração. Não administração pura e simples mas administração voltada aos interesses de todos os Federados;

Prova maior foi a realização da I CLINICA DE BOLICHE onde tivemos 58 participantes com custo ZERO para todos os participantes, tudo pago pela Federação;

Graças a DEUS, vivemos hoje a maior crise do BOLICHE BRASILEIRO. Porque graças a DEUS? Por eu fazer parte do grupo disposto a dar novos rumos, traças novas linhas, mudar a filosofia de que boliche é para poucos;

VOLTEMOS UM POUCO AO PASSADO

Quando iniciei minhas participações nas Assembléias da CBBOL, desde a época do Márcio Vieira, depois do Marco Aurélio e agora do César Maciel, as discussões são sempre as mesmas. RANKING e CONVOCAÇÕES;

Lembro que em certa ocasião, na gestão do Marco Aurélio, fora feito uma convocação deliberando sobre a compra ou não da Máquina de Gel, onde através de votação a maioria decidiu pela compra da referida máquina;

Naquela época a Federação de Minas fora representada pelo Senhor José Eduardo Castro (Careca) dizendo à Assembléia que ele era o procurador (esta procuração não vi até a presente data), o qual fez uma explanação sobre o equipamento e que seria um grande investimento para a CBBOL trazendo muitos benefícios aos atletas;


Lembro também que naquela Assembléia o Senhor Flávio Ramalho, do Paraná, fez um belo discurso em prol da compra da máquina;

No momento que me coube a palavra disse que não era contra a aquisição da referida máquina, era contra sim a maneira como estava sendo feita questionando principalmente sua utilização


PERGUNTO AGORA:
Onde está a dita máquina?
Quem está faturando com esta máquina?
Quais os ganhos que os atletas tiveram até então?
Por que, ao final de todos os campeonatos, sem exceção, ouve-se somente criticas a respeito à  manutenção de pistas?

Em conversa com o Presidente da CBBOL,  nesta semana, disse-me que estão pedindo para ele não ser mais o Presidente;

NÃO DEVEMOS nos esquecer da última eleição tudo o que aconteceu. Particularmente recebi na época vários telefonemas, do Rio, São Paulo, Espírito Santo e outros mais, pois era candidato a vice-presidência juntamente com o Barthô,.  candidato a Presidência, e no final das contas surgiu uma nova chapa que me disseram que seria a chapa de consenso;

HOJE AQUELE PRESIDENTE, AQUELE VICE, NÃO SERVEM MAIS?

E se ele for destituído, quem será o próximo?

Mais uma tentativa?
Mais um paliativo?

Percebo que o grande problema do BOLICHE BRASILEIRO é administrativo;
Podemos trocar tantos presidentes quantos forem necessário, porem se nós não mudarmos a maneira, o ponto de vista não chegaremos a nada;

Uma Federação tem um ponto de vista, outra não concorda com a convocação, outra é contra o Ranking: MAS E AÍ? O que fazer?

Temos hoje mais um grande impasse, vários telefonemas me foram dirigidos sobre vários assuntos polêmicos que não podem ser discutidos, muito menos decididos por telefone, inclusive usando o Brasileiro de Seleções como desculpa para outros problemas e assuntos;

Na minha opinião deveríamos começar pelo inicio, deveríamos tomar como referencia, não como base, pois a base tem que ser nossa, um país mais desenvolvido onde os benefícios são dirigidos ao interesse de todos e a partir daí:

1 – Convocar Assembléia Geral para rever NORMABOL, onde cada Federação traria quais os pontos críticos que devam ser discutidos;

2 – Instituir uma Comissão imparcial e com poderes de decisão, juntamente com a Diretoria Técnica da CBBOL, tendo no mínimo, um representante de cada Federação, para deliberarem sobre o Ranking;

3 – Está comissão terá poderes para definir quais as competições serão válidas para o Ranking;

4 – Instituir uma comissão ou criar uma diretoria que irá tratar do assunto casas de boliche;

5 – Criar uma diretoria ou um departamento dentro da CBBOL, para tratar de assuntos voltados a formação e orientação de atletas, dirigentes, instrutores e dar assessoria as Federações;

6 – Definir que em todas as competições internacionais, juntamente com a delegação, será indicado um representante de um das Federações para acompanhar a delegação;

7 -  Destinar uma verba orçamentária para a realização destes debates;

8 – As Federações tem obrigação de comunicar a todos seus atletas sobre as decisões tomadas;

9 – Inserir no texto, advertências ou até mesmo punições aos faltosos quer Federações ou atletas;

Estas discussões devem ser promovidas pela CBBOL em ambiente próprio e em datas pré-estabelecidas;


Acredito que somente assim, através de discussões proveitosas, sugestões, poderemos melhorar, eu diria resgatar o BOLICHE BRASILEIRO;

No meu ponto de vista não existem criticas construtivas, pois a palavra em si já é pejorativa o que existe são sugestões, conselhos, COLABORAÇÃO, está palavra ultimamente está fora de moda.

TENHO DITO

CLAIR A SMANIOTTO
PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DE BOLICHE DE MATO GROSSO DO SUL

 

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