O BOLICHE EM BRASÍLIA

Amigos bolicheiros, o boliche de Brasília está acabando.

O único boliche oficial desta cidade, o do Park Shopping, está dando prioridade as festas de aniversário e outros eventos do gênero, em detrimento ao condicionamento das pistas e do funcionamento das máquinas.

Um super-telão foi colocado no centro do ambiente, espalhando o som de vídeo-clips o mais alto possível em cima de todas as pistas (uma loucura!).

O sistema de iluminação também foi trocado, transformando o boliche em um obscuro ambiente azulado, inclusive sobre os pinos que quase não são vistos (por estarem pretos de sujeira).

A luz azulada que quase não ilumina, foi colocada de tal forma que as setas, também, quase não são vistas devido ao reflexo existente.

O carpete que foi colocado até o início do approach não permite que você veja se ele está ou não molhado (o que quase sempre acontece). Você só irá perceber quando o seu pé prender e você se espatifar na pista.

Não há mais lugar para se guardar as bolas, os armários foram retirados.

No bar a água mineral de 500 ml que custava R$ 1,00, agora passou para a garrafa de 330 ml e custa R$ 1,80 (não melhorou?).

Um esporte em plena expansão no Brasil com várias casas espalhadas por quase todos os estados e quase um esporte olímpico, ainda possui dirigentes incompetentes, sem visão empresarial, como  os de Brasília.

Apenas uma barata viagem até Miami para ver como se administra um boliche seria o suficiente.

Brasília, 22 de fevereiro de 2002.

Jack Sampaio

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