PARA QUEM GOSTA DE BOLICHE
e não quer parar de jogar por desânimo: Troque o tempo de uma
partida pensando no boliche agora para poder usá-lo jogando muitas
outras depois...
"O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos,
dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética...
O que me preocupa é o silêncio dos bons."
(Martin Luther King)
Os
recentes acontecimentos no cenário da administração do nosso boliche
conseguiram quebrar minha resistência a me manifestar sobre o que
vem ocorrendo ao longo dos anos, em alguns períodos de forma mais
visível, em outros não.
Para os
que não sabem, sou fundador da CBBOL, integrante da primeira
diretoria da entidade, e embora não possa mais participar ativamente
da administração do desporto por impedimento profissional, sempre
tento auxiliar no que é possível para o desenvolvimento do esporte,
sendo que atualmente calculo o ranking brasileiro e tento organizar
um cadastro através deste.
Os fatos
nos levam à vontade de uma manifestação mais emotiva, que dê vazão
ao que sentimos com o que vemos, mas tentei me controlar para
escrever algo minimamente produtivo já que o sentimento a maior
parte de nós tem, e tempo para catarse coletiva poucos de nós temos.
Por
outro lado, eventual contundência de palavras em nada acrescenta vez
que já está comprovado que os que produzem os fatos que tanto
incomodam à maioria são insensíveis, ou impermeáveis, como se
costuma dizer, a qualquer nível ou tom de crítica.
Minha
proposta, como atleta e pessoa que gosta de se divertir com os
amigos jogando boliche, é que tentemos fazer o que não se tem feito:
produzir algum pensamento positivo e, se possível, a partir do
coletivo, não sem algum grau de indignação.
O fato
de o boliche atravessar um momento de crise mundial pouco nos
importa. Estamos em um patamar pré-histórico em relação a este
ponto. Vivemos aqui algo muito pior, que é uma crise ética e moral
sobre a administração do desporto, totalmente desorganizada em todos
os níveis, ressalvadas algumas poucas exceções.
O pior é
que isso é construído – por mais que possa parecer destruição, e o é
por um lado, há construção, não necessariamente de algo positivo –,
e construído a partir de uma coletividade que sobrevive de si mesma,
ou seja, quem financia tudo que ocorre somos nós mesmos, atletas,
que assistimos passivamente os acontecimentos.
A CBBOL
é muito pouco, para quem a vê de fora, e tem escopo previamente
definido, com poucas funções, mas infelizmente a maior parte delas
vem sendo fruto de administração questionável e que parece carecer,
minimamente, de críticas construtivas.
a) controle financeiro:
A parte
de controle financeiro, aos olhos dos praticantes, parece inexistir.
Objetivamente falando, não faz qualquer sentido que se entre na
página da nossa CBBOL e na parte de “documentos”, na área reservada
a “balanço” não haja sequer um documento.
Em
tempos de
www
não
haver um mínimo de transparência parece ser injustificável. Qual a
dificuldade de fazer publicar os balanços da CBBOL, e não apenas os
contábeis, mas o próprio fluxo de caixa, com a indicação precisa das
despesas de forma pública e transparente?
Mais:
qual o motivo de cada evento não ser considerado como uma fonte de
custo distinta, com indicação mínima de relação de atletas, valores
recebidos de cada um deles, valores pagos a boliche, organização e
premiação, e saldo de caixa para CBBOL?
Não há
qualquer desconfiança com relação a quem gere nossas contribuições,
mas a falta de informação e transparência certamente opera em
desfavor dos administradores, e todos atletas, que sustentam a
CBBOL, têm o direito de saber para onde vai sua contribuição
financeira.
De forma
a não gerar um texto apenas crítico, que seria igualmente passível
de crítica, vou apresentar minhas sugestões em cada assunto. No caso
desta parte financeira:
SUGESTÕES:
(a)
publicação de balancetes dos torneios, indicando o nome dos
participantes, discriminando o que cada um pagou, além das despesas
com boliche, organização, material para o evento, premiação e outros
pertinentes, como deslocamento e despesas de delegados e dirigentes,
além do saldo remanescente (ou prejuízo) em (des)favor da CBBOL;
(b)
publicação de balancetes mensais da CBBOL até o fim do mês
subsequente com especificação de receitas e despesas;
(c)
publicação dos balanços técnicos;
(d)
publicação dos pareceres do Conselho Fiscal.
b) parte técnica:
Na parte
técnica o quadro assume o que me parece ser, momentaneamente, pior.
Ruim para a imagem da Diretoria e do esporte.
Já
tivemos outras confusões em administração anterior do atual
presidente e, pessoalmente, quando tive acesso a carta de
apresentação da candidatura do mesmo, como atleta tive oportunidade
de me manifestar e expor o que pensava da então futura
administração.
A
questão não é discutir se o problema é de falta de vergonha quanto
ao uso do que deveria ser coletivo mediante o direcionamento para o
atendimento de interesses pessoais, como se ouve nas conversas entre
atletas. Há que se avaliar os fatos e, a quem couber, tomar as
providências cabíveis.
O mais
recente episódio diz respeito ao Novo Ranking de Convocações – NRC:
O nosso atual presidente, César Maciel, em final de março publicou o
Comunicado 05/12 (ver
ao final deste
artigo) no qual informava que seria implementado um novo
ranking de convocações, abrindo votação em parte dos critérios a
serem adotados ranking.
Em 15 de
abril foi publicado o comunicado nº05_a/12 (ver
ao final deste
artigo), instituindo o novo ranking.
Após a
Taça Rio houve a primeira publicação do Novo Ranking.
Após o
Brasileiro de Clubes houve a segunda publicação, tendo o presidente
César informado que não verificou qualquer erro, também não havendo
oposição de qualquer outro membro da diretoria, sendo o ranking
divulgado.
Cerca de
quatro dias após, o Diretor Técnico, Tuca Maciel, entrou em contato
comigo solicitando duas correções no ranking (que foram feitas): a
primeira, de que os dois outros eventos, além dos brasileiros,
deveriam ser obtidos entre todos os eventos, e não apenas Taças, ou
seja, também poderiam ser contabilizados brasileiros como terceiro e
quarto eventos. A segunda: o ranking deveria ser por total de
pontos, e não por média.
Informei
que o NRC tinha sido feito com base no Comunicado 05_a/12 (ver
ao final deste
artigo).
Quanto a
primeira mudança, a péssima redação do Comunicado referido, com boa
vontade, permite interpretar que possa ser aplicada.
A
segunda mudança não.
Houve,
inequivocamente, no momento de uma convocação, uma clara mudança no
ranking.
O
comunicado 05_a/12 (ver
ao final deste
artigo) é claro a fazer referência em “obs.” a
depreciação que incide sobre a média de pontos, e se incide sobre a
média de pontos, esta existe, e a classificação se dá pela mesma,
tanto que a primeira edição do ranking (e também a segunda) foram
feitas desta forma, e nem a própria CBBOL registrou eventual
problema.
O caso é
simbólico.
Não
temos qualquer critério, ou melhor, os critérios parecem ser
subjetivos e casuísticos. Não vamos chegar a qualquer fase de crise
do boliche. Vão acabar com o esporte em nosso país antes que se
torne alguma coisa.
Quem vai
investir tempo ou dinheiro nisso? A questão é simples, e nomes têm
que ser referidos. Atualmente no país, e me corrijam se estiver
errado, mas com fundamento e sem passionalidade, há apenas dois
atletas com conhecimento técnico substancial do esporte: Márcio
Vieira e Juliano Oliveira, isso sem contar o que está fora do país,
Marcelo Suartz. Fora estes, há diversos outros degraus ocupados, mas
todos abaixo do grau de conhecimento técnico destes, e do que o
boliche em nível mundial exige.
Como
atleta penso que qualquer diretoria técnica que não seja integrada
por estes atletas será meramente opinativa, palpiteira.
A única
solução é uma diretoria técnica técnica (não errei não).
Técnica porque só deve servir para fixar critérios, mas análise
técnica mesmo, não há outros atletas que tenham condições de fazer,
e me desculpo com os demais atletas pela sinceridade desta análise
na pessoa do Renan Zoghaib, que penso ser na atualidade aquele que
mais se aproxima dos demais pelo esforço e investimento pessoais
traduzidos nos resultados que tem apresentado (não falo do feminino
porque não me sinto minimamente qualificado para analisar nossas
atletas).
Falarei
a seguir das inconsistências no Novo Ranking de Convocações – NRC,
mas o que dizer de uma diretoria que altera o ranking, sem qualquer
critério técnico, e com isso joga o terceiro colocado do ranking
(Charles Robini) para a oitava colocação no NRC e, com isso, inclui
para ser convocado o atleta Tuca Maciel, coincidentemente Diretor
Técnico da CBBOL?!?!?!
A
questão é simples:
- dos 10
(dez) eventos que integram o ranking brasileiro (52 semanas), Tuca
Macial (vou considerar o atleta, e não o Diretor Técnico), jogou
todos. Charles Robini jogou 8 (oito). Nestes 8 (oito) eventos,
Charles Robini chegou na frente de Tuca Maciel em 6 (seis). Isso
mesmo! Só perdeu no confronto direto nos dois torneios realizados em
Brasília.
-
consideremos os 6 (seis) últimos, que a atual diretoria da CBBOL
considera para o NRC.
Bem,
nestes a situação não é diferente: Charles Robini disputou 5
(cinco), e nestes chegou na frente de Tuca Maciel em 4 (quatro)!
Incluindo os dois últimos!
Pelo
ranking da atual diretoria da CBBOL o atleta que está na seleção é
Tuca Maciel, coincidentemente Diretor Técnico da CBBOL. Charles
Robini, que em números (não pretendo discutir questões relativas ao
nível técnico dos atletas, que não tenho como analisar) é melhor que
o atleta convocado, e que está à frente dele no ranking adotado pela
CBBOL há mais de três anos, ficou de fora em razão de um novo
ranking criado há pouco mais de um mês pela diretoria que o atleta
convocado integra. Confuso não? No mínimo.
Confuso,
mas não confundam. Não estou dizendo que Tuca Maciel não merece
estar na seleção. Merece. É um atleta que investe, enfrenta as
dificuldades de seu Estado pela falta de um bom boliche por muito
tempo, e merece, como qualquer outro que se esforce, mas não merece
mais que qualquer outro, e nas condições atuais definitivamente não
superou outros que, no momento, merecem mais, ou seja, nas atuais
circunstâncias, não devia ocupar a vaga.
Prefiro
não pensar que há algo calculado ou previamente articulado, mas não
tenho qualquer dúvida de que há uma total incompatibilidade entre um
atleta top 20, com nível técnico equivalente ao de tantos outros, e
inferior ao de alguns, e potencial candidato a vaga em selecionado
nacional, ocupar sozinho a Diretoria Técnica da CBBOL. Há,
inegavelmente, repito, no mínimo, uma incompatibilidade ética e
moral.
Bem,
quanto ao NRC, o qual costumo dizer que Nada Registra de Coerente,
de tão absurdo certamente abre espaço para questionamentos quanto a
finalidade de sua implementação. Segue um resumo de observações
sobre o mesmo: Consideremos, contudo, antes disso, os fundamentos da
criação deste novo ranking, constante do Comunicado 05_a/12 da
CBBOL:
“...expressar
melhor o momento técnico do atleta, próximo a Convocação, equilibrar
o fator econômico de um Ranking de 52 semanas…”
1º.
Comparem no último ranking divulgado a posição dos jogadores no
ranking brasileiro e no NRC. A simples leitura, o conhecimento
mínimo dos atletas e observação de seus resultados é suficiente para
concluir qual que “expressa melhor o momento técnico do atleta”.
O NRC
conseguiu jogar Juliano Oliveira (all
events
do Bras.
de Clubes, último evento disputado, e em dois
patterns),
que com um evento a menos está em 7º, para 73º. Roberta Rodrigues (all
events
feminina
do Bras. de Clubes), de 2ª para 11ª, isso sem falar da situação do
Charles Robini, já referida acima, e de outras menos emblemáticas.
2º.
Nosso ranking geral de 52 (cinquenta e duas) semanas tem contado, em
regra, com 10 (dez) torneios, dos quais o atleta tem que jogar 5
(cinco), ou 50% no período de um ano, para não ter depreciação. No
NRC o atleta tem que jogar 4 (quatro) em 6 (seis), ou 66,67% em
período por vezes inferior a seis meses, e um dos fundamentos do NRC
é “equilibrar o fator econômico”?!
Para
quem?
3º. O
NRC ainda retoma vários critérios abandonados por serem tidos como
fatores de distorção, como a classificação por total de pontos, que
privilegia os que tem tempo e recursos para disputar todos eventos,
em detrimento da avaliação técnica, e a adoção, como fator de
atualização do ranking, o número de eventos, e não o decurso do
tempo, esta sim a medida de atualidade da condição técnica do
atleta.
4º. Sob
o ponto de vista do esporte, o atleta fica menos tempo no ranking, o
que certamente gera menos incentivo para que dispute eventos eis que
sempre terá que “começar do zero”, além de reduzir o número de
atletas no ranking.
Estas
algumas e as principais dentre as diversas críticas ao NRC.
Fato
que, em uma opinião pessoal, criou-se um novo ranking, sem qualquer
critério lógico ou fundamentado, e que representa um retrocesso em
relação a evolução obtida com os rankings em vigor até então.
Embora a
Diretoria da CBBOL possa impor o ranking desejado, que ao menos ouça
os principais interessados (para não dizer financiadores) antes, que
são os atletas.
Quanto
aos demais rankings, também merecem aperfeiçoamentos, mas certamente
o NRC ratifica de forma clara que, por ora, não há critérios
melhores que os até então adotados.
SUGESTÕES:
(a)
abolição
imediata do NRC (Novo Ranking de Convocações).
(b)
mudança
do ponto-base dos eventos, com adoção de ponto-base 75 para todos
eventos, com as seguintes alterações a cada evento:
- evento
disputado em boliche oficial (automático): + 10 pontos;
-
Campeonato Brasileiro: + 5 pontos;
- evento
disputado com óleo gel (*), com características dos adotados
internacionalmente, ou equivalente: + 5 pontos;
- evento
disputado em dois
patterns
de gel
(*): + 5 pontos
Exemplos: (I) Evento disputado em boliches assistido - cordinha:
seria homologado, com ponto-base 75; (II) Campeonato Brasileiro
(+5), disputado em boliche oficial (+10), com óleo gel (+5) e em
dois patterns (+5), teria ponto-base 100; (III) Taça disputada em
boliche oficial (+10), com óleo tipo gel (+5, teria ponto-base 90.
(c)
nomeação
de uma comissão técnica composta por Márcio Vieira, Juliano Oliveira
e Marcelo Suartz para definir quando o óleo pode ser considerado gel
ou com nível técnico equivalente (*). Na ausência de um dos três o
substitui o(s) primeiro(s) do ranking ainda não integrante(s) da
comissão, no momento da decisão. Obviamente, qualquer integrante da
comissão fica impedido em caso de interesse pessoal na decisão.
(d)
Criação
dos rankings sênior e juvenil (já sugeridas ao Diretor Técnico da
CBBOL).
(e)
Obrigatoriedade de uso do número de inscrição no ranking para
inscrição em eventos e divulgação de resultados destes (isso evita a
duplicidade de nomes no ranking, divergências de nomes, e acelera a
divulgação).
(f)
Ocultação no ranking, ou separação, o do nome dos atletas que não
atualizarem seus dados (até porque sem os dados não se tem como
saber a idade para formação dos rankings).
c) calendário e
patterns:
Há que
se elogiar, contudo, o que foi positivo, e neste sentido a definição
prévia de calendário, como ocorreu este ano, inclusive com definição
de
patterns
(quanto
a extensão) antes do início da temporada é fundamental para a
imparcialidade nas convocações bem como no resultado dos eventos.
Dispensável dizer apenas que deve ser mantido e respeitado o
calendário e os
patterns.
Aliás, neste ponto, necessário também que sejam mantidos os
patterns
no
decorrer do evento, sem mudanças, independentemente de quem esteja
jogando bem ou não visto ter havido recentes reclamações de mudança
na passagem de óleo durante evento recente (não joguei, mas ouvi
diversos relatos), no qual a simples análise dos resultados em
diferentes dias indica que, aparentemente, que se algo não ocorreu,
alguns atletas conseguiram um grande
insight
que os
fez melhorar muito no decorrer do evento.
Deve ser
mantida a proposta ocorrida neste ano, desde que a escolha da
extensão dos
patterns
também
se dê, no caso dos brasileiros, por sorteio.
SUGESTÕES:
(a)
manutenção da definição prévia do calendário e extensão dos
patterns
(curto,
médio ou longo), antes do início da temporada;
(b)
para
eventos nacionais, definição do(s)
pattern(s)
por
sorteio, com exclusão das combinações anteriores para os eventos
posteriores;
(c)
para
Taças, sorteio da Taça, com escolha pela Federação respectiva do
tipo de
pattern
a ser
usado em sua Taça, e exclusão para as escolhas seguintes
(permitindo-se repetições dependendo do número de Taças).
d) organização de eventos externos:
Ao que
parece, boa parte das pessoas que se interessam pela administração
do desporto têm grande interesse nos eventos internacionais.
Este
problema atinge, certamente, não apenas o boliche, mas todos os
esportes, e a única defesa que se pode ter é a utilização de
critérios, e no boliche os rankings são um critério suficientemente
seguro.
Devem,
pois, servir de base os rankings – desde que minimamente coerentes –
para fundamentar as convocações, com isso reduzindo eventuais
questionamentos, como os que hoje devem ser feitos em relação a
última convocação, com relação a qual não vou me estender por já ter
tratado anteriormente.
SUGESTÕES:
(a)
fim das
seleções permanentes, que não têm função na realidade do nosso
boliche;
(b)
estipulação prévia de 50% de vagas técnicas em cada convocação de
selecionado, com utilização destas vagas pela CBBOL apenas com
aprovação da Comissão Técnica já referida, e mediante justificativa
informada publicamente junto com a convocação;
(c)
estipulação de período de antecedência mínimo padrão para convocação
de eventos internacionais, a ser feita com base no ranking da data
da convocação. Assim, para convocação seria usado o ranking de 45
(quarenta e cinco) dias antes da data do evento, qualquer que fosse
o evento, o que impediria a subjetividade da definição de qual o
momento da convocação.
Recaindo
a data da convocação em data de realização de evento válido para o
ranking, seria contado o ranking do dia imediatamente posterior ao
término do evento.
d) bolsa atleta:
O último
ponto obscuro na administração do boliche, que por ora me lembro, é
o gerenciamento do bolsa-atleta.
Não há
qualquer divulgação sobre como funciona o sistema, quais os eventos
que servem de base para indicação dos atletas favorecidos, ou mesmo
quais os atletas brasileiros favorecidos com tal verba.
Temos
que lembrar que neste caso a situação é mais grave: se cuida de
verba pública, cujos gastos são sujeitos a fiscalização do Poder
Público e, por tal razão, devem ser objeto da maior transparência
possível, que em anos de boliche nunca vi.
SUGESTÕES:
(a)
divulgação pública dos critérios para obtenção do bolsa-atleta;
(b)
indicação prévia (antes do evento) de quais eventos serão indicados
para efeito de concessão bolsa-atleta.
Pessoal,
a vontade é reclamar, fazer, mas nem sempre é possível ou o melhor.
Difícil apenas é continuar sem fazer nada, por isso perdi algumas
horas neste texto.
Aos
atletas:
Por
favor, se manifestem! Discordem, concordem, opinem, mas façam alguma
coisa. Sei que a impressão é que nada muda, mas a única coisa certa
é que nada vai mudar se ninguém falar nada ou se ficarmos nós,
atletas, apenas reclamando no Facebook.
A frase
estampada antes do texto obviamente não faz referência a qualquer
pessoa, mas foi usada apenas para lembrar que, se achamos que há
alguma coisa errada devemos agir, e não nos omitir.
Certamente, se nada mudar a tendência é que se crie e Liga Nacional
de Boliche, para que reencontremos as origens do crescimento do
boliche no Brasil, baseado na alegria, companheirismo, diversão e
lealdade, mas devemos, antes, lutar para que nossa entidade
dirigente seja, efetivamente, representativa do desporto e de seus
praticantes/financiadores.
Aos
presidentes de Federação:
Faço um
apelo: Vamos discutir nosso esporte! Vocês são os representantes dos
atletas, e têm por obrigação gerir nosso esporte da melhor forma
possível, coibindo tudo aquilo que for negativo para o
desenvolvimento do boliche.
Apresento formalmente minhas sugestões para serem discutidas em
reunião ou Assembléia da CBBOL, ou mesmo através de “votação
virtual” como já adotado pela atual diretoria.
À CBBOL:
Continuarei à disposição para ajudar no que for necessário. Reitero:
por favor peçam às organizações dos eventos que utilizem os números
de inscrição dos atletas no ranking para evitar erros e acelerar a
divulgação.
E
obrigado aos que leram até o final!!!
Abraços
Paulo Mello Feijó
Atleta
da Federação de Boliche do Rio de Janeiro desde 1987
Rio, 20
de junho de 2012
PS: Seguem os textos dos comunicados da CBBOL no tocante ao ranking:
COMUNICADO 05/2012
Sete Lagoas, 29 de março
de 2012
Senhores Presidentes:
Considerando que
apresentamos idéias a serem debatidas e um plano de trabalho, que
implicitamente foram votadas com nossa eleição e que na assembléia
declaramos que as mudanças que não contrariem as normas vigentes
seriam implantadas de imediato, para que produzam seus efeitos de
maior participação e evolução do esporte, neste ato apresentamos
estas alterações e dentro dos parâmetros democráticos, abriremos uma
votação eletrônica, dando prazo até o dia 6 de abril, para que as
federações em dia com suas obrigações declarem seus votos, nos
pontos abertos a votação e seus resultados serão referendados pelos
presidentes presentes para divulgação aos atletas ainda durante o
evento. (...)
RANKING DE
CONVOCAÇÃO
Reconsiderar o Ranking de
convocação, dentro dos objetivos propostos na sua criação e que vem
de encontro aos objetivos da atual diretoria, de expressar melhor o
momento técnico do atleta próximo a Convocação, equilibrar o fator
econômico de um Ranking de 52 semanas, que passa a vigorar com a
seguinte Redação:
Será calculado um
Ranking, onde valerão os seis últimos eventos homologados até a data
de corte, previamente anunciada, que atenda aos prazos de inscrição
e preparação da seleção. Dos seis eventos, serão computados quatro
eventos, sendo obrigatoriamente dois brasileiros e;
EM VOTAÇÃO:
a - Os dois melhores
outros eventos dentre o total participado.
b - Um melhor evento além
dos dois brasileiros e o pior resultado conquistado em todas as seis
competições, seja Brasileiro ou Taça.
* OBS: mantém-se aqui
também os critérios de desvalorização, onde um atleta com que tenha
participado de apenas três eventos, teoricamente poderá superar a
outro com quatro, mesmo perdendo 5% do seu total, conforme já
previsto na regra atual.
Evento limite, datas de
corte, número de vagas técnicas, etc., serão critérios a serem
implantados após composição da DIRETORIA TÉCNICA
COMUNICADO 05_a/2012
Sete Lagoas, 15 de abril
de. 2012
Senhores Presidentes:
Considerando que
apresentamos idéias a serem debatidas, um plano de trabalho, que
implicitamente foram votadas com nossa eleição e que, na assembléia,
declaramos que as mudanças que não contrariem as normas vigentes
seriam implantadas de imediato, para que produzam seus efeitos de
maior participação e evolução do esporte, neste ato apresentamos
estas alterações e dentro dos parâmetros democráticos, por votação
eletrônica, da maioria dos presidentes das federações em dia com
suas obrigações que exerceram seu direito de votos e os resultados
estão expressos no texto abaixo. Os presidentes que não votaram
acatam a decisão da maioria. Pretendíamos divulgar aos atletas estas
alterações ainda durante o Brasileiro de Tercetos, porem devido a
ultima solicitação de prazo de dois estados, aguardamos até o dia
13/04/2012.
RANKING DE CONVOCAÇÃO:
Reconsiderar o Ranking de
convocação, dentro dos objetivos propostos na sua criação e que vem
ao encontro dos objetivos da atual diretoria, de expressar melhor o
momento técnico do atleta, próximo a Convocação, equilibrar o fator
econômico de um Ranking de 52 semanas, que passa a vigorar com a
seguinte Redação:
Será calculado um Ranking,
onde valerão os 6 últimos eventos homologados até a data de corte,
previamente anunciada, que atenda aos prazos de inscrição e
preparação da seleção.
Dos 6 eventos, serão
computados 4 eventos, sendo obrigatoriamente, no mínimo, 2
brasileiros e os 2 melhores outros eventos dentre o total
participado.
*OBS: mantém-se aqui
também os critérios de desvalorização, onde um atleta com que tenha
participado de apenas três eventos, teoricamente pode superar a
outro com quatro, mesmo perdendo 5% do seu total, conforme já
previsto na regra atual. Evento limite, datas de corte, número de
vagas técnicas (aqueles que estejam fora do país deverão, antes da
data de convocação, comprovar sua regularidade de competição e
disponibilidade de participar dos eventos em questão).
Serão critérios a serem
implantados com composição da DIRETORIA TÉCNICA
Clique aqui para ver a
resposta de Tuca Maciel ao artigo acima...