PARA QUEM GOSTA DE BOLICHE
por Paulo Feijó

PARA QUEM GOSTA DE BOLICHE e não quer parar de jogar por desânimo: Troque o tempo de uma partida pensando no boliche agora para poder usá-lo jogando muitas outras depois...

"O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos,
dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética...
O que me preocupa é o silêncio dos bons."
(Martin Luther King)

Os recentes acontecimentos no cenário da administração do nosso boliche conseguiram quebrar minha resistência a me manifestar sobre o que vem ocorrendo ao longo dos anos, em alguns períodos de forma mais visível, em outros não.

Para os que não sabem, sou fundador da CBBOL, integrante da primeira diretoria da entidade, e embora não possa mais participar ativamente da administração do desporto por impedimento profissional, sempre tento auxiliar no que é possível para o desenvolvimento do esporte, sendo que atualmente calculo o ranking brasileiro e tento organizar um cadastro através deste.

Os fatos nos levam à vontade de uma manifestação mais emotiva, que dê vazão ao que sentimos com o que vemos, mas tentei me controlar para escrever algo minimamente produtivo já que o sentimento a maior parte de nós tem, e tempo para catarse coletiva poucos de nós temos.

Por outro lado, eventual contundência de palavras em nada acrescenta vez que já está comprovado que os que produzem os fatos que tanto incomodam à maioria são insensíveis, ou impermeáveis, como se costuma dizer, a qualquer nível ou tom de crítica.

Minha proposta, como atleta e pessoa que gosta de se divertir com os amigos jogando boliche, é que tentemos fazer o que não se tem feito: produzir algum pensamento positivo e, se possível, a partir do coletivo, não sem algum grau de indignação.

O fato de o boliche atravessar um momento de crise mundial pouco nos importa. Estamos em um patamar pré-histórico em relação a este ponto. Vivemos aqui algo muito pior, que é uma crise ética e moral sobre a administração do desporto, totalmente desorganizada em todos os níveis, ressalvadas algumas poucas exceções.

O pior é que isso é construído – por mais que possa parecer destruição, e o é por um lado, há construção, não necessariamente de algo positivo –, e construído a partir de uma coletividade que sobrevive de si mesma, ou seja, quem financia tudo que ocorre somos nós mesmos, atletas, que assistimos passivamente os acontecimentos.

A CBBOL é muito pouco, para quem a vê de fora, e tem escopo previamente definido, com poucas funções, mas infelizmente a maior parte delas vem sendo fruto de administração questionável e que parece carecer, minimamente, de críticas construtivas.

a) controle financeiro:

A parte de controle financeiro, aos olhos dos praticantes, parece inexistir.

Objetivamente falando, não faz qualquer sentido que se entre na página da nossa CBBOL e na parte de “documentos”, na área reservada a “balanço” não haja sequer um documento.

Em tempos de www não haver um mínimo de transparência parece ser injustificável. Qual a dificuldade de fazer publicar os balanços da CBBOL, e não apenas os contábeis, mas o próprio fluxo de caixa, com a indicação precisa das despesas de forma pública e transparente?

Mais: qual o motivo de cada evento não ser considerado como uma fonte de custo distinta, com indicação mínima de relação de atletas, valores recebidos de cada um deles, valores pagos a boliche, organização e premiação, e saldo de caixa para CBBOL?

Não há qualquer desconfiança com relação a quem gere nossas contribuições, mas a falta de informação e transparência certamente opera em desfavor dos administradores, e todos atletas, que sustentam a CBBOL, têm o direito de saber para onde vai sua contribuição financeira.

De forma a não gerar um texto apenas crítico, que seria igualmente passível de crítica, vou apresentar minhas sugestões em cada assunto. No caso desta parte financeira:

SUGESTÕES:

(a) publicação de balancetes dos torneios, indicando o nome dos participantes, discriminando o que cada um pagou, além das despesas com boliche, organização, material para o evento, premiação e outros pertinentes, como deslocamento e despesas de delegados e dirigentes, além do saldo remanescente (ou prejuízo) em (des)favor da CBBOL;

(b) publicação de balancetes mensais da CBBOL até o fim do mês subsequente com especificação de receitas e despesas;

(c) publicação dos balanços técnicos;

(d) publicação dos pareceres do Conselho Fiscal.

b) parte técnica:

Na parte técnica o quadro assume o que me parece ser, momentaneamente, pior. Ruim para a imagem da Diretoria e do esporte.

Já tivemos outras confusões em administração anterior do atual presidente e, pessoalmente, quando tive acesso a carta de apresentação da candidatura do mesmo, como atleta tive oportunidade de me manifestar e expor o que pensava da então futura administração.

A questão não é discutir se o problema é de falta de vergonha quanto ao uso do que deveria ser coletivo mediante o direcionamento para o atendimento de interesses pessoais, como se ouve nas conversas entre atletas. Há que se avaliar os fatos e, a quem couber, tomar as providências cabíveis.

O mais recente episódio diz respeito ao Novo Ranking de Convocações – NRC: O nosso atual presidente, César Maciel, em final de março publicou o Comunicado 05/12 (ver ao final deste artigo) no qual informava que seria implementado um novo ranking de convocações, abrindo votação em parte dos critérios a serem adotados ranking.

Em 15 de abril foi publicado o comunicado nº05_a/12 (ver ao final deste artigo), instituindo o novo ranking.

Após a Taça Rio houve a primeira publicação do Novo Ranking.

Após o Brasileiro de Clubes houve a segunda publicação, tendo o presidente César informado que não verificou qualquer erro, também não havendo oposição de qualquer outro membro da diretoria, sendo o ranking divulgado.

Cerca de quatro dias após, o Diretor Técnico, Tuca Maciel, entrou em contato comigo solicitando duas correções no ranking (que foram feitas): a primeira, de que os dois outros eventos, além dos brasileiros, deveriam ser obtidos entre todos os eventos, e não apenas Taças, ou seja, também poderiam ser contabilizados brasileiros como terceiro e quarto eventos. A segunda: o ranking deveria ser por total de pontos, e não por média.

Informei que o NRC tinha sido feito com base no Comunicado 05_a/12 (ver ao final deste artigo).

Quanto a primeira mudança, a péssima redação do Comunicado referido, com boa vontade, permite interpretar que possa ser aplicada.

A segunda mudança não.

Houve, inequivocamente, no momento de uma convocação, uma clara mudança no ranking.

O comunicado 05_a/12 (ver ao final deste artigo) é claro a fazer referência em “obs.” a depreciação que incide sobre a média de pontos, e se incide sobre a média de pontos, esta existe, e a classificação se dá pela mesma, tanto que a primeira edição do ranking (e também a segunda) foram feitas desta forma, e nem a própria CBBOL registrou eventual problema.

O caso é simbólico.

Não temos qualquer critério, ou melhor, os critérios parecem ser subjetivos e casuísticos. Não vamos chegar a qualquer fase de crise do boliche. Vão acabar com o esporte em nosso país antes que se torne alguma coisa.

Quem vai investir tempo ou dinheiro nisso? A questão é simples, e nomes têm que ser referidos. Atualmente no país, e me corrijam se estiver errado, mas com fundamento e sem passionalidade, há apenas dois atletas com conhecimento técnico substancial do esporte: Márcio Vieira e Juliano Oliveira, isso sem contar o que está fora do país, Marcelo Suartz. Fora estes, há diversos outros degraus ocupados, mas todos abaixo do grau de conhecimento técnico destes, e do que o boliche em nível mundial exige.

Como atleta penso que qualquer diretoria técnica que não seja integrada por estes atletas será meramente opinativa, palpiteira.

A única solução é uma diretoria técnica técnica (não errei não). Técnica porque só deve servir para fixar critérios, mas análise técnica mesmo, não há outros atletas que tenham condições de fazer, e me desculpo com os demais atletas pela sinceridade desta análise na pessoa do Renan Zoghaib, que penso ser na atualidade aquele que mais se aproxima dos demais pelo esforço e investimento pessoais traduzidos nos resultados que tem apresentado (não falo do feminino porque não me sinto minimamente qualificado para analisar nossas atletas).

Falarei a seguir das inconsistências no Novo Ranking de Convocações – NRC, mas o que dizer de uma diretoria que altera o ranking, sem qualquer critério técnico, e com isso joga o terceiro colocado do ranking (Charles Robini) para a oitava colocação no NRC e, com isso, inclui para ser convocado o atleta Tuca Maciel, coincidentemente Diretor Técnico da CBBOL?!?!?!

A questão é simples:

- dos 10 (dez) eventos que integram o ranking brasileiro (52 semanas), Tuca Macial (vou considerar o atleta, e não o Diretor Técnico), jogou todos. Charles Robini jogou 8 (oito). Nestes 8 (oito) eventos, Charles Robini chegou na frente de Tuca Maciel em 6 (seis). Isso mesmo! Só perdeu no confronto direto nos dois torneios realizados em Brasília.

- consideremos os 6 (seis) últimos, que a atual diretoria da CBBOL considera para o NRC.

Bem, nestes a situação não é diferente: Charles Robini disputou 5 (cinco), e nestes chegou na frente de Tuca Maciel em 4 (quatro)! Incluindo os dois últimos!

Pelo ranking da atual diretoria da CBBOL o atleta que está na seleção é Tuca Maciel, coincidentemente Diretor Técnico da CBBOL. Charles Robini, que em números (não pretendo discutir questões relativas ao nível técnico dos atletas, que não tenho como analisar) é melhor que o atleta convocado, e que está à frente dele no ranking adotado pela CBBOL há mais de três anos, ficou de fora em razão de um novo ranking criado há pouco mais de um mês pela diretoria que o atleta convocado integra. Confuso não? No mínimo.

Confuso, mas não confundam. Não estou dizendo que Tuca Maciel não merece estar na seleção. Merece. É um atleta que investe, enfrenta as dificuldades de seu Estado pela falta de um bom boliche por muito tempo, e merece, como qualquer outro que se esforce, mas não merece mais que qualquer outro, e nas condições atuais definitivamente não superou outros que, no momento, merecem mais, ou seja, nas atuais circunstâncias, não devia ocupar a vaga.

Prefiro não pensar que há algo calculado ou previamente articulado, mas não tenho qualquer dúvida de que há uma total incompatibilidade entre um atleta top 20, com nível técnico equivalente ao de tantos outros, e inferior ao de alguns, e potencial candidato a vaga em selecionado nacional, ocupar sozinho a Diretoria Técnica da CBBOL. Há, inegavelmente, repito, no mínimo, uma incompatibilidade ética e moral.

Bem, quanto ao NRC, o qual costumo dizer que Nada Registra de Coerente, de tão absurdo certamente abre espaço para questionamentos quanto a finalidade de sua implementação. Segue um resumo de observações sobre o mesmo: Consideremos, contudo, antes disso, os fundamentos da criação deste novo ranking, constante do Comunicado 05_a/12 da CBBOL: “...expressar melhor o momento técnico do atleta, próximo a Convocação, equilibrar o fator econômico de um Ranking de 52 semanas…”

1º. Comparem no último ranking divulgado a posição dos jogadores no ranking brasileiro e no NRC. A simples leitura, o conhecimento mínimo dos atletas e observação de seus resultados é suficiente para concluir qual que “expressa melhor o momento técnico do atleta”.

O NRC conseguiu jogar Juliano Oliveira (all events do Bras. de Clubes, último evento disputado, e em dois patterns), que com um evento a menos está em 7º, para 73º. Roberta Rodrigues (all events feminina do Bras. de Clubes), de 2ª para 11ª, isso sem falar da situação do Charles Robini, já referida acima, e de outras menos emblemáticas.

2º. Nosso ranking geral de 52 (cinquenta e duas) semanas tem contado, em regra, com 10 (dez) torneios, dos quais o atleta tem que jogar 5 (cinco), ou 50% no período de um ano, para não ter depreciação. No NRC o atleta tem que jogar 4 (quatro) em 6 (seis), ou 66,67% em período por vezes inferior a seis meses, e um dos fundamentos do NRC é “equilibrar o fator econômico”?!

Para quem?

3º. O NRC ainda retoma vários critérios abandonados por serem tidos como fatores de distorção, como a classificação por total de pontos, que privilegia os que tem tempo e recursos para disputar todos eventos, em detrimento da avaliação técnica, e a adoção, como fator de atualização do ranking, o número de eventos, e não o decurso do tempo, esta sim a medida de atualidade da condição técnica do atleta.

4º. Sob o ponto de vista do esporte, o atleta fica menos tempo no ranking, o que certamente gera menos incentivo para que dispute eventos eis que sempre terá que “começar do zero”, além de reduzir o número de atletas no ranking.

Estas algumas e as principais dentre as diversas críticas ao NRC.

Fato que, em uma opinião pessoal, criou-se um novo ranking, sem qualquer critério lógico ou fundamentado, e que representa um retrocesso em relação a evolução obtida com os rankings em vigor até então.

Embora a Diretoria da CBBOL possa impor o ranking desejado, que ao menos ouça os principais interessados (para não dizer financiadores) antes, que são os atletas.

Quanto aos demais rankings, também merecem aperfeiçoamentos, mas certamente o NRC ratifica de forma clara que, por ora, não há critérios melhores que os até então adotados.

SUGESTÕES:

(a) abolição imediata do NRC (Novo Ranking de Convocações).

(b) mudança do ponto-base dos eventos, com adoção de ponto-base 75 para todos eventos, com as seguintes alterações a cada evento:

- evento disputado em boliche oficial (automático): + 10 pontos;

- Campeonato Brasileiro: + 5 pontos;

- evento disputado com óleo gel (*), com características dos adotados

internacionalmente, ou equivalente: + 5 pontos;

- evento disputado em dois patterns de gel (*): + 5 pontos

Exemplos: (I) Evento disputado em boliches assistido - cordinha: seria homologado, com ponto-base 75; (II) Campeonato Brasileiro (+5), disputado em boliche oficial (+10), com óleo gel (+5) e em dois patterns (+5), teria ponto-base 100; (III) Taça disputada em boliche oficial (+10), com óleo tipo gel (+5, teria ponto-base 90.

(c) nomeação de uma comissão técnica composta por Márcio Vieira, Juliano Oliveira e Marcelo Suartz para definir quando o óleo pode ser considerado gel ou com nível técnico equivalente (*). Na ausência de um dos três o substitui o(s) primeiro(s) do ranking ainda não integrante(s) da comissão, no momento da decisão. Obviamente, qualquer integrante da comissão fica impedido em caso de interesse pessoal na decisão.

(d) Criação dos rankings sênior e juvenil (já sugeridas ao Diretor Técnico da CBBOL).

(e) Obrigatoriedade de uso do número de inscrição no ranking para inscrição em eventos e divulgação de resultados destes (isso evita a duplicidade de nomes no ranking, divergências de nomes, e acelera a divulgação).

(f) Ocultação no ranking, ou separação, o do nome dos atletas que não atualizarem seus dados (até porque sem os dados não se tem como saber a idade para formação dos rankings).

c) calendário e patterns:

Há que se elogiar, contudo, o que foi positivo, e neste sentido a definição prévia de calendário, como ocorreu este ano, inclusive com definição de patterns (quanto a extensão) antes do início da temporada é fundamental para a imparcialidade nas convocações bem como no resultado dos eventos.

Dispensável dizer apenas que deve ser mantido e respeitado o calendário e os patterns. Aliás, neste ponto, necessário também que sejam mantidos os patterns no decorrer do evento, sem mudanças, independentemente de quem esteja jogando bem ou não visto ter havido recentes reclamações de mudança na passagem de óleo durante evento recente (não joguei, mas ouvi diversos relatos), no qual a simples análise dos resultados em diferentes dias indica que, aparentemente, que se algo não ocorreu, alguns atletas conseguiram um grande insight que os fez melhorar muito no decorrer do evento.

Deve ser mantida a proposta ocorrida neste ano, desde que a escolha da extensão dos patterns também se dê, no caso dos brasileiros, por sorteio.

SUGESTÕES:

(a) manutenção da definição prévia do calendário e extensão dos patterns (curto, médio ou longo), antes do início da temporada;

(b) para eventos nacionais, definição do(s) pattern(s) por sorteio, com exclusão das combinações anteriores para os eventos posteriores;

(c) para Taças, sorteio da Taça, com escolha pela Federação respectiva do tipo de pattern a ser usado em sua Taça, e exclusão para as escolhas seguintes (permitindo-se repetições dependendo do número de Taças).

d) organização de eventos externos:

Ao que parece, boa parte das pessoas que se interessam pela administração do desporto têm grande interesse nos eventos internacionais.

Este problema atinge, certamente, não apenas o boliche, mas todos os esportes, e a única defesa que se pode ter é a utilização de critérios, e no boliche os rankings são um critério suficientemente seguro.

Devem, pois, servir de base os rankings – desde que minimamente coerentes – para fundamentar as convocações, com isso reduzindo eventuais questionamentos, como os que hoje devem ser feitos em relação a última convocação, com relação a qual não vou me estender por já ter tratado anteriormente.

SUGESTÕES:

(a) fim das seleções permanentes, que não têm função na realidade do nosso boliche;

(b) estipulação prévia de 50% de vagas técnicas em cada convocação de selecionado, com utilização destas vagas pela CBBOL apenas com aprovação da Comissão Técnica já referida, e mediante justificativa informada publicamente junto com a convocação;

(c) estipulação de período de antecedência mínimo padrão para convocação de eventos internacionais, a ser feita com base no ranking da data da convocação. Assim, para convocação seria usado o ranking de 45 (quarenta e cinco) dias antes da data do evento, qualquer que fosse o evento, o que impediria a subjetividade da definição de qual o momento da convocação.

Recaindo a data da convocação em data de realização de evento válido para o ranking, seria contado o ranking do dia imediatamente posterior ao término do evento.

d) bolsa atleta:

O último ponto obscuro na administração do boliche, que por ora me lembro, é o gerenciamento do bolsa-atleta.

Não há qualquer divulgação sobre como funciona o sistema, quais os eventos que servem de base para indicação dos atletas favorecidos, ou mesmo quais os atletas brasileiros favorecidos com tal verba.

Temos que lembrar que neste caso a situação é mais grave: se cuida de verba pública, cujos gastos são sujeitos a fiscalização do Poder Público e, por tal razão, devem ser objeto da maior transparência possível, que em anos de boliche nunca vi.

SUGESTÕES:

(a) divulgação pública dos critérios para obtenção do bolsa-atleta;

(b) indicação prévia (antes do evento) de quais eventos serão indicados para efeito de concessão bolsa-atleta.

Pessoal, a vontade é reclamar, fazer, mas nem sempre é possível ou o melhor. Difícil apenas é continuar sem fazer nada, por isso perdi algumas horas neste texto.

Aos atletas:

Por favor, se manifestem! Discordem, concordem, opinem, mas façam alguma coisa. Sei que a impressão é que nada muda, mas a única coisa certa é que nada vai mudar se ninguém falar nada ou se ficarmos nós, atletas, apenas reclamando no Facebook.

A frase estampada antes do texto obviamente não faz referência a qualquer pessoa, mas foi usada apenas para lembrar que, se achamos que há alguma coisa errada devemos agir, e não nos omitir.

Certamente, se nada mudar a tendência é que se crie e Liga Nacional de Boliche, para que reencontremos as origens do crescimento do boliche no Brasil, baseado na alegria, companheirismo, diversão e lealdade, mas devemos, antes, lutar para que nossa entidade dirigente seja, efetivamente, representativa do desporto e de seus praticantes/financiadores.

Aos presidentes de Federação:

Faço um apelo: Vamos discutir nosso esporte! Vocês são os representantes dos atletas, e têm por obrigação gerir nosso esporte da melhor forma possível, coibindo tudo aquilo que for negativo para o desenvolvimento do boliche.

Apresento formalmente minhas sugestões para serem discutidas em reunião ou Assembléia da CBBOL, ou mesmo através de “votação virtual” como já adotado pela atual diretoria.

À CBBOL:

Continuarei à disposição para ajudar no que for necessário. Reitero: por favor peçam às organizações dos eventos que utilizem os números de inscrição dos atletas no ranking para evitar erros e acelerar a divulgação.

E obrigado aos que leram até o final!!!

Abraços

Paulo Mello Feijó
Atleta da Federação de Boliche do Rio de Janeiro desde 1987

Rio, 20 de junho de 2012


PS: Seguem os textos dos comunicados da CBBOL no tocante ao ranking:


COMUNICADO 05/2012

Sete Lagoas, 29 de março de 2012

Senhores Presidentes:

Considerando que apresentamos idéias a serem debatidas e um plano de trabalho, que implicitamente foram votadas com nossa eleição e que na assembléia declaramos que as mudanças que não contrariem as normas vigentes seriam implantadas de imediato, para que produzam seus efeitos de maior participação e evolução do esporte, neste ato apresentamos estas alterações e dentro dos parâmetros democráticos, abriremos uma votação eletrônica, dando prazo até o dia 6 de abril, para que as federações em dia com suas obrigações declarem seus votos, nos pontos abertos a votação e seus resultados serão referendados pelos presidentes presentes para divulgação aos atletas ainda durante o evento. (...)

RANKING DE CONVOCAÇÃO

Reconsiderar o Ranking de convocação, dentro dos objetivos propostos na sua criação e que vem de encontro aos objetivos da atual diretoria, de expressar melhor o momento técnico do atleta próximo a Convocação, equilibrar o fator econômico de um Ranking de 52 semanas, que passa a vigorar com a seguinte Redação:

Será calculado um Ranking, onde valerão os seis últimos eventos homologados até a data de corte, previamente anunciada, que atenda aos prazos de inscrição e preparação da seleção. Dos seis eventos, serão computados quatro eventos, sendo obrigatoriamente dois brasileiros e;

EM VOTAÇÃO:

a - Os dois melhores outros eventos dentre o total participado.

b - Um melhor evento além dos dois brasileiros e o pior resultado conquistado em todas as seis competições, seja Brasileiro ou Taça.

* OBS: mantém-se aqui também os critérios de desvalorização, onde um atleta com que tenha participado de apenas três eventos, teoricamente poderá superar a outro com quatro, mesmo perdendo 5% do seu total, conforme já previsto na regra atual.

Evento limite, datas de corte, número de vagas técnicas, etc., serão critérios a serem implantados após composição da DIRETORIA TÉCNICA

COMUNICADO 05_a/2012

Sete Lagoas, 15 de abril de. 2012

Senhores Presidentes:

Considerando que apresentamos idéias a serem debatidas, um plano de trabalho, que implicitamente foram votadas com nossa eleição e que, na assembléia, declaramos que as mudanças que não contrariem as normas vigentes seriam implantadas de imediato, para que produzam seus efeitos de maior participação e evolução do esporte, neste ato apresentamos estas alterações e dentro dos parâmetros democráticos, por votação eletrônica, da maioria dos presidentes das federações em dia com suas obrigações que exerceram seu direito de votos e os resultados estão expressos no texto abaixo. Os presidentes que não votaram acatam a decisão da maioria. Pretendíamos divulgar aos atletas estas alterações ainda durante o Brasileiro de Tercetos, porem devido a ultima solicitação de prazo de dois estados, aguardamos até o dia 13/04/2012.

RANKING DE CONVOCAÇÃO:

Reconsiderar o Ranking de convocação, dentro dos objetivos propostos na sua criação e que vem ao encontro dos objetivos da atual diretoria, de expressar melhor o momento técnico do atleta, próximo a Convocação, equilibrar o fator econômico de um Ranking de 52 semanas, que passa a vigorar com a seguinte Redação:

Será calculado um Ranking, onde valerão os 6 últimos eventos homologados até a data de corte, previamente anunciada, que atenda aos prazos de inscrição e preparação da seleção.

Dos 6 eventos, serão computados 4 eventos, sendo obrigatoriamente, no mínimo, 2 brasileiros e os 2 melhores outros eventos dentre o total participado.

*OBS: mantém-se aqui também os critérios de desvalorização, onde um atleta com que tenha participado de apenas três eventos, teoricamente pode superar a outro com quatro, mesmo perdendo 5% do seu total, conforme já previsto na regra atual. Evento limite, datas de corte, número de vagas técnicas (aqueles que estejam fora do país deverão, antes da data de convocação, comprovar sua regularidade de competição e disponibilidade de participar dos eventos em questão).

Serão critérios a serem implantados com composição da DIRETORIA TÉCNICA


Clique aqui para ver a resposta de Tuca Maciel ao artigo acima...

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