CARTA
ABERTA DE UM TORNEIO ABERTO
De:
Marcelo Dhers
Para: Sr. César Maciel e para quem interesse.
Como
tenho meus limites, procurei no Aurélio e encontrei:
clandestino
clan.des.ti.no
adj (lat clandestinu)
1 Dir Que não apresenta as condições de publicidade
prescritas na lei.
2 Feito às escondidas. sm Passageiro que viaja escondido.
Há
muitos anos, nós da PIN1, representante oficial da AMF para a América
Latina, enviamos atletas e até acompanhantes ao
maior evento mundial de nosso esporte, algumas vezes com a arrecadação
da eliminatória, outras muitas por nossa conta.
A
Copa Qubica AMF (antigamente Copa AMF) Mundial de Bowling neste seu
quadragésimo segundo ano de realização, juntou representantes de 96
países em Caracas, capital venezuelana. É um recorde para o evento e
para qualquer esporte, em especial ao esporte Boliche. Os mundiais da
FIQ, organização oficial internacional de Bowling, nem chegam perto
desse número de países representados.
Sempre
nos preocupamos que o Brasil estivesse presente e representado de forma
limpa e transparente, sem conchavos ou indicações por algum
“amiguismo” privilegiado.
Em
casos extremos, temos o poder de escolher alguém arbitrariamente como já
tivemos que fazer em outras oportunidades no Brasil e em outros países,
como a Venezuela e a Argentina nos 15 anos que organizamos as classificações
em outros cinco países, além do Brasil.
Nossos
regulamentos (ou critérios de classificação como gosta de chamar o
Sr. Maciel) são publicados com suficiente antecedência e as condições
são claras e detalhadas. Resumindo: sempre que as regras são
cumpridas, viaja quem vence nas pistas.
Existem
algumas restrições feitas pela própria patrocinadora e proprietária
do evento, a respeitável Qubica AMF como, por exemplo: dívidas para
com as casas onde se jogam as finais, dívidas para com a própria
Qubica AMF e seus distribuidores e, também, para aqueles jogadores que
sejam profissionais ou recebam dinheiro de forma contínua em razão do
boliche, ou que seu sustento seja principalmente através de premiações
em dinheiro nas competições de boliche. Outra restrição é com a
idade mínima, pois não o participante não pode ser menor de 16 anos
e, se for, tem que ter a autorização dos pais ou representantes
legais.
As
classificatórias SEMPRE atendem TODAS as exigências da Qubica AMF e
dos regulamentos internacionais de nosso esporte. É só ler (para quem
sabe e pode). Não precisam ser aprovados pelo Sr. Maciel ou ser
submetidos à consideração da CBBOL, justamente porque é um evento PARTICULAR.
NÃO
é um evento ao qual eles tenham ingerência alguma.
Uma
só vez na historia desta classificatória nacional, o Sr. Benê Villa
(acreditamos que fazia parte da CBBOL naquela época) de muito boa intenção,
fez a classificatória especialmente para os juvenis, o que gerou irritação
em alguns "adultos".
Alguns
ainda publicam suas opiniões (as quais respeitamos, independentemente
de concordar ou não) nas quais ainda insistem que este campeonato é só
para os juvenis. Não é. Não sabemos se escrevem isso por desinformação,
falta de tempo para ler e se atualizar com os regulamentos a cada ano
ou, simplesmente, por algum outro motivo, para querer salientar e
desinformar os leitores desatentos e o público em geral, baseando-se,
equivocadamente, numa única ocorrência e há muitos anos atrás.
Ao
que sabemos, os representantes brasileiros na Qubica AMF desse ano de
2006, Caio Pizzoli e Suzilene Ivata, já não estão mais jogando na
divisão juvenil e, se estiverem, não tem nada de errado, pois ganharam
seus direitos nas pistas. Que é o que vale, diga-se.
Em
1993, o saudoso Fernando Rezende (esse sim era juvenil naquela época)
ganhou, aos 16 anos, de todo o mundo "adulto" e se classificou
para viajar para a África do Sul. Por acaso ainda existe medo dos
juvenis?
A
velha CBDT (agora CBBOL) também comentava coisas semelhantes ao que o
"pseudo-presidente" de hoje divulga no Mural de Recados. O
adjetivo "pseudo-presidente" é porque entendemos por outros
comentários publicados neste mesmo Mural de Recados, que a CBBOL como
pessoa jurídica se bem existe, não deve estar em dia com sua documentação,
até mesmo porque a atual situação deste presidente não está muito
bem explicada, principalmente como voltou a ocupar esse cargo.
Fazendo
uso de uma de suas palavras preferidas, seria a atual presidência da
CBBOL "clandestina"?
Podemos
estar errados, mas, embora não nos interessa seguir os passos de uma
instituição tão medíocre e inexpressiva desde há muitos anos,
perguntamos: o atual presidente foi recentemente eleito? Por quem? Pelos
jogadores ou atletas, diretamente, ou por uma panelinha de cinco ou seis
"amigos", como era antigamente na CBDT?
Nessa
novela de enredo surrealista assistimos o Sr. Carlos Cruz ser eleito e
depois se renunciar, alegando problemas de saúde. Depois apareceu o Sr.
Clair Smaniotto que, também por um motivo pessoal, também renunciou. E
o Sr. Maciel, (res)surgiu de onde? Como? As atas desses acontecimentos
estão publicadas no site oficial desta Confederação? Foram
registradas onde?
Seria
o caso de perguntar: a quem melhor se encaixa o qualificativo de
"clandestino"? Ao nosso torneio particular e tradicional, ou
ao atual presidente da CBBOL? Será que essa figura não foi traída
pelo subconsciente e classificou um evento independente com uma palavra
mais adequada para si mesmo?
Já
houve mudança nos estatutos da CBBOL para ser mais representativa junto
aos seus filiados e permitir aos jogadores participarem de forma
direta na sua federação nacional? Ou o presidente da CBBOL ainda
se escuda na velha cantilena “que não precisa falar com os jogadores,
pois eles devem se dirigir aos seus clubes ou suas federações
estaduais”, evitando assim ter que responder perguntas claramente válidas?
O
que está acontecendo com o dinheiro que alguns governos (estaduais
e federal) têm destinado para o nosso esporte? Onde estão os registros
oficiais de entrada e aplicação desses recursos?
E
as contas que nem o próprio Conselho Fiscal da CBBOL ainda não
aprovou, em que pé estão? Quem é que sabe? É uma boa oportunidade
para o "pseudo-presidente" explicar isso, caso a consciência
o permita.
Tomara
que resolvam logo seus problemas internos, corrijam suas contas e façam
suas declarações de impostos, balanços e demais trâmites legais,
exigidos pelas autoridades brasileiras, ao invés de perderem tempo se
metendo em coisas que não são lhes dizem respeito.
Trabalhem
e façam algo para o crescimento do nosso esporte, conforme determina
seus próprios estatutos e, tenham pelo menos a humildade e decência e
moral para responder as perguntas de seus próprios filiados, os quais,
em última análise, são os que sustentam financeiramente essa
combalida entidade.
Já
fizeram uma avaliação do desempenho dos dirigentes da CBBOL
particularmente nos últimos anos? Quais as metas cumpridas? Qual o
planejamento para 2007? Como está o crescimento dos filiados? E o apoio
e suporte técnico aos já filiados?
Essas
dúvidas persistem desde o tempo que assistíamos muito mais jogadores
nas 16 pistas do Bowlerama do Freire, no final dos anos 80, que os que
jogam hoje em dia nesta CBBOL.
No
Brasil daquela época devíamos ter umas 100 pistas de boliche.
Hoje
temos mais que 2000 pistas (automáticas, cordas e manuais).
A
triste constatação é que em 2006 há menos atletas nos torneios da
CBBOL que na Taça São Paulo de janeiro de 1989.
Essa
instituição esportiva, cujo atual presidente se auto proclama a
“maior autoridade” do esporte no país, acompanhou o crescimento das
pistas montadas no país, aumentando o número de filiados na mesma
proporção?
Seria
essa soberba conseqüência da água ou outra coisa que tenha
bebido na Argentina nos último Odesur, enquanto os atletas que
representavam o país se destacavam pelo seu próprio e merecido mérito
e não o dele?
O
curioso é que, em todo o mundo, as federações se formaram após a
implantação dos centros de boliche. Essas casas comerciais foram as
sementes dos milhões de atletas que nasceram em mais de uma centena de
nações. Foi quando esses atletas começaram a querer se confrontar que
nasceram as competições. Depois, vieram as associações de pessoas
que formalizaram suas entidades e criaram as Ligas, os Clubes, as Federações.
Então surgiu a necessidade de uma entidade nacional em cada país para,
logo depois, se formarem as entidades internacionais.
Até
então, claramente é sabido quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha.
Tivemos
a sorte de vender e ajudar muitos empresários a montar grande parte (se
não a maioria) das casas com boliches automáticos atualmente montadas
no país. Somos os operadores da maior quantidade de casas e pistas da
América Latina e a quinta rede no mundo.
Conseguimos
trazer a Copa Qubica AMF para o Brasil, junto com o Planet Bowling, em
1995, da mesma forma que tivemos êxito em levá-la para a Venezuela
neste ano.
Embora
naquela época, ano de 1995, o Sr. Marco Aurélio e a CBDT (hoje CBBOL)
não fizeram nenhuma intervenção para trazer o evento para a capital
paulista, pelo menos não atrapalharam. Eram outros tempos e eram outras
as qualidades dos dirigentes. Havia até ajuda para que os federados
participassem desse tradicional evento. Não sabemos se homologariam ou
não o evento, mas, ao menos, ajudavam a fazer ele acontecer.
Ressalte-se
que tudo foi feito com nosso esforço, empenho e dinheiro próprios e
também do Planet Bowlingç
Nunca
foi pedido um tostão a federação alguma ou à qualquer órgão do
governo.
Repetindo,
mais uma vez para ficar bem claro, a Copa Qubica AMF é um evento ABERTO
(OPEN) e PARTICULAR organizado pela maior fábrica e rede operadora de
centros de boliche no mundo: a Qubica AMF.
É um
evento notadamente amador. NÃO tem subsídio de governo algum no mundo.
É um evento onde TODO mundo pode jogar (federados ou não) e é
feito para INCENTIVAR os atletas e o nosso esporte.
É um
evento homologado pela WTBA e a FIQ. Isto significa que por ser
homologado pelas associações mundiais e automaticamente homologado nos
países onde se jogam as finais.
Os
resultados de TODOS os jogadores participantes são registrados como
oficiais, sejam suas médias ou recordes de partidas ou jogos
perfeitos de 300 pontos. Neste caso, o que as federações locais fazem é
confirmarem que o evento final seja feito em pistas oficiais.
Em
outras palavras, quem compete no Brasil o faz nas mesmas condições que
aquele que se classifica em outras latitudes ou longitudes do planeta.
Entenda-se
definitivamente que, por ser um evento organizado pela empresa Qubica
AMF, as finais SEMPRE têm que ser em pistas da marca AMF.
NÃO
é preciso aprovação local de federação ou entidade governamental
alguma para ser realizado.
No
Brasil, igualmente aos países onde há pistas com pin-boys (boliches
manuais) ou máquinas de cordinhas (que não são homologadas pela WTBA/FIQ), organizamos
esse evento com o espírito de convidar TODAS as pessoas para
participar, classificando-o como torneio ABERTO a TODOS conforme nossas
regras previa e devidamente divulgadas.
Durante
todos esses anos sempre convidamos a CBBOL para que inclua esse evento
em seu calendário anual. Geralmente a resposta é que vão
participar e incluí-lo oficialmente, mas também sempre na última
hora "acontece" alguma coisa ou algum outro evento nas mesmas
datas que as nossas. Será porque nosso evento não permite que
a CBBOL lucre com o bolso dos atletas?
Além
de querer cobrar do atleta uma taxa (a qual sempre recusamos
permitir que a CBBOL o faça), não sabemos qual outro motivo existe para
que a CBBOL se interesse por este evento.
A
CBBOL NÃO paga as passagens, NÃO paga os hotéis dos atletas
classificados, NÃO paga as diárias de alimentação e NÃO organiza
NADA neste evento. Ou seja, simplesmente a CBBOL NÃO faz parte na
organização deste evento, exatamente porque NÃO é um evento
organizado pela WTBA/FIQ ou governo algum, mas sim pela Qubica AMF,
empresa PARTICULAR de capital fechado.
Entendemos
e aceitamos que um pedágio seja cobrado quando alguém está
prestando algum serviço, porém, nesse caso, qual o serviço prestado
pela CBBOL?
Por
que querem se aproveitar mais uma vez da ingenuidade, desconhecimento e
do bolso dos atletas/jogadores, cobrando uma taxa/pedágio sem nem
sequer dar NADA em troca?
Por
que em vez de atrapalhar não ajuda os atletas a participarem e terem
uma chance de serem autênticos campeões mundiais?
O
que aconteceria se os representantes brasileiros deste ano, Caio Pizzoli
e Suzilene Ivata, ou qualquer outro atleta brasileiro classificado em
nosso evento ganhasse o título de Campeão Mundial da Copa Qubica
AMF?
Será
que, nessa hipótese, estaria este "pseudo-presidente" nos
ameaçando ou nos chamando de clandestinos? Ou ele estaria tentando sair
na mesma foto que os campeões para pegar alguma carona de crédito por
algo que em nada participou, como geralmente faz?
Não
sabemos o que tem de clandestino um evento publicado de forma
aberta que não pede nada para ninguém.
Convidamos os
participantes cobrando só uma taxa menos que o razoável, geralmente
insuficiente para cobrir sequer as despesas acima descritas, mas damos a
oportunidade para qualquer um ter a chance de participar do maior e mais
importante evento anual do nosso esporte, sem falar na oportunidade única
de competir com os melhores do mundo.
Muito
menos entendemos com qual autoridade legal ou MORAL o Sr. César
Maciel se baseia para chamar este evento de "clandestino".
Curiosamente, ao mesmo tempo que classifica nosso evento de
“clandestino” permite a divulgação dele no próprio site da
entidade que preside.
Seria
inveja? Qual seria realmente o problema? Por que não ajudar a
SOMAR?
Entre
outras coisas o “pseudo-presidente” da CBBOL já deve ter
achado a resposta para a pergunta que fez alguns anos atrás, num
campeonato nacional no Dragon ABC Plaza: se os atletas podiam fumar
durante a competição ou não? Será que já caiu a ficha e já sabe
que esporte e fumo ou álcool NÃO são compatíveis em nosso país
e no mundo, pior ainda, álcool e tabaco, juntos, não são nada
bem vistos?
Se
essa pessoa não consegue entender algo tão básico, como pretende
dirigir este esporte e colocar em dúvida nosso campeonato mundialmente
reconhecido há mais de QUARENTA anos, além de questionar nosso
comportamento ou nossa honra?
Sr. César: quem o senhor acha que é para dizer que alguém não tem o
direito (legal, moral ou natural) de representar o seu próprio
país, colocando em dúvida se um cidadão brasileiro pode ou não
representar o Brasil e ostentar no uniforme a bandeira nacional nesta
competição ou qualquer outra?
Sr.
César: dedique-se, junto com a sua diretoria, a cumprir suas
responsabilidades que nós nos dedicaremos anos nossos negócios.
Aprenda, primeiro, a ser mais profissional, eficiente e organizado e
depois poderemos nos falar.
Aproveitamos
o ensejo para, mais uma vez de forma pública, convidar todos dirigentes
anteriores e até os atuais (inclusive o Sr. César Maciel), e os que
virão no futuro, para que a CBBOL e seus filiados participem nas próximas
edições das Copas Mundiais Qubica AMF, que organizaremos no Brasil.
Temos
a certeza que os atletas classificados anteriormente e, também, os do
futuro, em nossa querida Copa OPEN Qubica AMF NÃO representam em nada a
CBBOL ou outra entidade oficial, porque este evento NÃO é organizado
nem pela CBBOL nem pela WTBA/FIQ, mas simplesmente representaram,
representam e representarão nosso amado BRASIL dentre a centena de países
participantes.
Marcelo
Keeping
the Ball Rolling... ®