Federação de Boliche de Mato Grosso do Sul
MANIFESTO DE UM ATLETA
Venho à presença do senhores
de forma informal, pois não se trata de um queixume, mas sim, de uma constatação, e de
tal o manifesto.
Na data de 22 a 25 de junho pp., estivemos na cidade de Brasília para participarmos da
11.ª "Taça Brasília de Boliche" que no decorrer da competição soube se
tratar da "Taça Brasília 2000" (cujo se vê devidamente estampado nos troféus
ofertados aos campeões), mas esse ainda não é o problema, pois sabemos que no Brasil,
tudo é João ou José, não é mesmo? O nome "pouco importa" o que importa é
competir!!!
Mas, a competição também fora ao nosso ver como atleta participante, um terror, para
não dizer um desorganização total, vejamos quais os motivos para desorganização:
1.º - Local do Evento:
Para a 1.ª e 2.ª Divisões modalidade Masculino e Juvenil ... Parque Shopping.
Para a 1.ª e 2.ª Divisões modalidade Feminino e 3.ª Masculino ... Pátio Brasil.
O que ao nosso ver foi desnecessária a locação dos dois espaços, tendo em vista que o
espaço do Parque Shopping suportaria todo o contigente de atletas. Além de ser
provavelmente o causador da pane da referida máquina de gel, que hora ia para cima ou
vinha à baixo.
Assim, notou-se aparentemente que houve uma divisão distinta para com os atletas quanto
ao espaço e há por comentar-se que os atletas sentiram-se desprestigiados com a
divisão, havendo até comentário de "estou me sentindo humilhado pois deveríamos
ser informados da divisão por ambiente!!!"
Vê-se assim claramente que houve o prestigio de uns e o desprestigio de outros...,
poder-se-ia de forma organizada sermos unificados todos num só espaço, o que tornaria a
competição mais festiva e festejada do que o foi.
2.º - Dos Horários:
Para as competições no Parque Shopping 1.ª e 2.ª Masculina e Juvenil as 11:00 h. Para
as competições no Pátio Brasil 1.ª e 2.ª Feminina e 3.ª Masculina às 09:00 e as
13:00 respectivamente.
Houve problemas quanto aos horários não se obedeceu os horários em nenhum dos dias da
competição, pois para melhor se avaliar a 3.ª Divisão Masculina sempre iniciou suas
competições por volta das 15:00 horas.
Faltou comunicação entre organização e desenvolvimento das competições, dos
horários e dos locais a desenvolverem-se os jogos, das formas e normas e regulamento para
a competição, inclusive quanto à premiação. O que mostra o descaso dos organizadores
para com os atletas ganhadores das outras divisões sem ser-se cogitada se 1.ª ou 3.ª
pois é comum em competições deste nível premiar-se até ao menos o terceiro colocado
de cada divisão. O que nesse caso foi-se desconsiderado.
Confesso aos senhores que se perguntarem aos participantes quem foi o organizador do
evento, certamente não saberão responder, no entanto nem tudo se perdeu, uma das atletas
de Brasília, a Sr.ª ou Srt.ª Heloísa Queiroz, que nos atendeu à todos muito bem,
tentando organizar os horários, as competições, e da alteração da mudança da
premiação em última hora, pois no desenrolar da última partida da competição houve
um telefonema "de lá de cima" (Pq Shopping), avisando que a premiação se
daria no local supra citado, isso tudo como dito, no desenrolar da competição... Mais
confusão, mais perturbação, mais desconcentração dos atletas participantes.
Pior que isso, teve ainda a falha mecânica na máquina de gel adquirida pela
confederação, que ninguém sabia dizer qual a pane, nem como resolve-la, fazendo com que
as competições já na fase final, se desenrolasse com a pista à óleo ao invés do gel,
o que em certo prejudicou a melhor performance dos atletas que decidiam as finais.
Isso tudo resolvido ou "engolido", fomos (a turma de lá em baixo, Pátio
Brasil) à premiação, "lá em cima" ou seja, no Parque Shopping, chegando lá,
mais que beleza, não havia mais ninguém, se não duas pessoas, um o Presidente da
Federação de Brasília e o patrocinador do prêmio de R$ 300,00 para o atleta que
obtivesse a marcação de 300 pontos, mais, é claro a turma do lá em baixo que seria
premiada, quanto a turma do lá em cima, oras, foram embora!!
Diante à isso, indignado pergunto aos senhores que em algum momento da vida de Bowller
vocês se sentiram assim como eu senti e sinto-me ao mínimo chateado diante de tanta
incoerência, indiferença.
Sabemos todos nós, dos custos para ser-se um Bowller ou Atleta do Boliche, temos gastos
particulares que chegam mensalmente bem mais que as custas de um funcionário ao nosso
serviço, gastos com equipamentos e custeios de viagens e mensalidades, para ter-se uma
idéia de custos, informo que gastei R$ 2.290,00 entre translado de Campo Grande (MS) à
Brasília, e hospedagem mais inscrição, valor este correspondente à dois atletas pois
meu filho Ângelo Augusto Smaniotto participou de sua primeira competição como Atleta
bolsista do Estado de Mato Grosso do Sul, (acrescido de mais R$ 293,99 pela mudança do
local da premiação, visto custo de transporte, alteração de horário de vôo tudo em
vista de que a turma "lá de cima" não queria perder o vôo pôr causa da
Premiação), então em soma total se gastou R$ 2.583,00.
Destarte prezados senhores e amantes do boliche, temos que difundir o esporte visto que
galgamos que seja um esporte olímpico, devemos formar indivíduos e equipes para a
disputas primorosas de nível, usando das categorias mais elevadas no ranking como
estímulo ao jovem atleta, não devemos jamais repetir a desorganização e a falta de
respeito para com os atletas participantes seja de competição interna ou externa, de
renome ou não, devemos equiparar o custo benefício em prol de um esporte que ao meu ver
é competição própria, pois o Bowller em fato compete consigo mesmo na busca de
melhores resultados, tornando assim o boliche num esporte de ligação entre o Atleta e o
Cidadão.
Agradeço o espaço e a oportunidade do desabafo.
Cordial Abraço.
Clair Assunto Smaniotto
Presidente da Federação de Boliche do Mato Grosso do Sul
27/06/00
Rua 13 de Maio, 1023 Vila Glória - CEP
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