Sem dinheiro, não-olímpicos têm 12 pódios
DA REPORTAGEM LOCAL
Foram 12 medalhas sem um centavo sequer da Lei Piva.
Os esportes não-olímpicos driblaram a falta de recursos e também
tiveram o que comemorar em Santo Domingo.
Só o caratê foi premiado seis vezes -um ouro, uma prata e quatro
bronzes. A patinação artística também fez bonito, ganhando uma
medalha de ouro e outra de bronze. O squash trouxe três pratas para o
Brasil, e o hóquei em linha, por fim, um bronze.
Os não-olímpicos foram responsáveis por 9% de todas as premiações
do Brasil. Sem eles, o país ainda conseguiria superar todas as suas
metas, mas com um aperto bastante maior.
Sem esperança de entrar na lista dos premiados com as verbas públicas,
como sinaliza o COB, os praticantes dessas modalidades se queixam da
pouca visibilidade.
"Temos pouco espaço na mídia, então não recebemos ajuda. Assim,
a gente tem que se virar por conta própria", diz a carateca Lucélia
de Carvalho, que em Santo Domingo se transformou na primeira mulher
brasileira a ser bicampeã do Pan-Americano em provas individuais.
"A medalha depende mais do atleta do que do dirigente." -
Marcel Stürmer, patinador brasileiro, Ouro no Pan de Santo Domingo