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14/08/03 - FORA DE ÉPOCA


respondem ao Boliche Online, sobre a nota "Ouro no Jô-quen-pô"


From: "Sessão Garotas - Redação Época - Editora Globo"
       <garotas@edglobo.com.br>
To: "Boliche" <boliche@boliche.com.br>
Date: 14 Aug 2003, 06:52:46 PM
Subject: RE: Não sejam injustas ... nem ignorantes

Oi, Bira!

A intenção da nota não foi criticar o boliche ou seus praticantes, apenas comentar que achamos curioso o fato de que o esporte se enquadre numa disputa continental.

Na verdade, pode apostar que muita gente que leu a nota acabou informado de que a modalidade consta dos Jogos Panamericanos, o que não deixa de ser uma divulgação da causa.

Nossa coluna tem por objetivo apenas comentar fatos que julgamos curiosos, com humor, a partir da ótica das pessoas comuns -- que provavelmente nem sabiam que o boliche está na lista de esportes dos Jogos Panamericanos.

Abraços,
Garotas


From: "boliche" <boliche@boliche.com.br>
To: "Sessão Garotas - Redação Época - Editora Globo"
     <garotas@edglobo.com.br>

Date: 14 Aug 2003, 10:01:19 PM

Garotas

OK ... pelo menos foram mais simpáticas na resposta.
Fiquei(camos) menos chateado(s).

Só por curiosidade, imaginem um esporte praticado com alegria por crianças, adultos em (ou fora de) forma e até alguns mais avançados na idade, em qualquer lugar, qualquer dia, durante ou nos finais de semana ... com bola de meia recheada de papelão e alvo marcado por chinelos ... praticado até pelo gorducho e barbudo Presidente Lula, que joga mal e vive se machucando nesse "esporte" ...

Também ia parecer uma piada esse esporte ganhar medalha, né?
Porém o pentacampeonato mundial de futebol é o nosso orgulho, né?

Vocês estão convidadas a "brincar" com a gente o mais democrático dos esportes: o Boliche. Quem sabe poderemos informar-lhes melhor sobre os verdadeiros atletas desse esporte, que ganham fortunas em outros países, bem mais que algumas estrelas do atletismo tupiniquim.

O local desse encontro pode ser o maior centro de boliche da América Latina, o Planet Bowling com 50 pistas automáticas da AMF.

O locutor da ESPN International, André José Adler, já aceitou um convite assim e foi festivamente recebido por mais de 50 jogadores de boliche.

Atenciosamente

Bira Teodoro
Boliche Online


From: "Sessão Garotas - Redação Época - Editora Globo"
       <garotas@edglobo.com.br>
To: "Boliche" <boliche@boliche.com.br>
Date: 15 Aug 2003, 12:54:36 PM
Subject: RE: RE: Não sejam injustas ... nem ignorantes

Oi, Bira!

Agradecemos o convite e seu retorno. Quem sabe não aparecemos por lá...

Reiteramos que não foi nossa intenção insultar os praticantes do esporte --
embora muitos tenham se sentido assim. 

Gostaria também de acrescentar que não há nenhuma inverdade publicada na
nota, e que o Garotas que Dizem Ni é uma coluna, tipo de texto que se
diferencia de uma reportagem.

A função da coluna é dar opinião. Da reportagem, informar.
É importante que todos percebam essa diferença antes de nos escrever emails
sugerindo maldosamente que não somos jornalistas ou
que não temos compromisso com a verdade.

[]s!
Garotas

Outras manifestações


From: Décio Abreu (dgaf@uol.com.br)
To: garotas@edglobo.com.br
Cc: boliche@boliche.com.br
Date: 14 Aug 2003, 06:22:02 PM

Garotas,

Todos são ignorantes a respeito de vários assuntos. Colombo, Copérnico e tantos outros gênios da humanidade foram rejeitados porque todos os demais, inclusive reis, papas e cientistas de suas respectivas épocas ignoravam que a Terra era redonda ou que girava em torno do Sol. E os dois gênios, por sua vez, certamente eram ignorantes a respeito de vários assuntos.

Assim, posso entender sua ignorância a respeito de boliche. É esporte, ou seja, requer habilidade (pontaria, por exemplo),  destreza e preparação física, além de mental e emocional. Vários atletas já sofreram contusões em competições, como distensões e estiramentos musculares, lesões em meniscos, etc. Faço musculação para melhorar meu desempenho nas pistas. A não ser alguém que tropeçou e caiu ao se levantar para ir ao banheiro, fico imaginando que será muito difícil um "atleta" de WAR romper meniscos ou sofrer uma distensão praticando o seu "esporte".

Alguns esportes requerem preparo físico específico, e não uma imagem de Apolo. Um maratonista de ponta, é mais parecido com um habitante pobre da Biafra do que com um Gustavo Borges. As marcas do grande Emil Zatopek, ouro nas olimpíadas da década de 40 e 50 na maratona, 5000 e 10000 m, são impossíveis de serem igualadas pelo Gustavo Borges hoje, 50 anos de evolução esportiva depois, principal e justamente pela compleição física e musculatura de um nadador de ponta.

A maratona é considerada a modalidade símbolo dos Jogos Olímpicos. Será que o Abebe Bikila, devido à sua aparência de refugiado faminto não era atleta?

Razão tem a Ofélia. Só abre a boca quando tem certeza.

Décio Abreu


From: Bruno Mello (bruno.mello@grupopredial.com.br)
To: garotas@edglobo.com.br
Cc: boliche@boliche.com.br
Date: 14 Aug 2003, 07:08:28 PM

Clarissa Passos, Flávia Pegorin e Viviana Agostinho,

Não conheço bem a coluna de vocês, não sei que tipo de assunto gostam de tratar. Mas acredito que para escrever um artigo é necessário saber sobre o que está escrevendo, sob pena de falar besteira. O que acho "Hilário" é escrever sem saber sobre o que esta escrevendo. O artigo de vocês "Ouro no Jô-quem-pô" foi, no mínimo, infeliz. E proponho também outra modalidade nos próximos jogos Pan-americanos "Ouro do artigo para jornalista sem informação". Ganha aquele que escrever mais besteira.

Bruno Cezimbra Mello
Atleta Federação Baiana de Boliche


From: Mario Kassawara Marques (mkmarques@uol.com.br)
To: garotas@edglobo.com.br
Cc: boliche@boliche.com.br
Date: 15 Aug 2003, 03:45:50 AM

Pois bem, gostaria de me apresentar meu nome é Mario Kassawara Marques. Atualmente moro na Asia, mais precisamente no Japão, isso lá não teria muito interesse se não fosse pela infeliz coluna de vocês, por essas terras esse ESPORTE segundo uma pesquisa é o mais praticado contando com os jogadores de fim-de-semana.

Existe a JPBA (Japan Professional Bowling Association) na qual os profissionais fazem o Tour pelo Pais disputando os titulos validos pelo ranking com premiação de ate 50.000 dolares, vocês já imaginaram um torneio de jo-quen-po com essa premiação e mais de trezentos atletas?

Isso sem contar com PBA norte-americana, e só pra citar um exemplo um Sr. chamado Parken Bohn III, já acumulou mais de 3 milhões de premios.

Pelo que conheço do esporte nacional nosso hexa-campeão da vela Robert Scheidt mal tem patrocinio.

Na parte dos Amadores existem três Federações diferentes a NBF , ABBF e a ABJF com milhares de Filiados, por aí (no Brasil) existem as Federações de cada Estado mais a CBBOL que promove os Torneios que, se não são como os Americanos e os Japoneses, ainda assim levam muitos atletas a suas disputas.

Já fui ao Brasil quatro vezes disputar os torneios da CBBOL com patrocinio e até levando patrocinio, ou seja, meninas, antes de escreverem coisas engraçadas sobre esportes que desconhecem deveriam se informar sobre o Assunto, ler e aprender sobre as tecnicas, regras, equipamento.

Como vocês não devem saber, existe a Globo Internacional por aqui e um programa chamado IPC Reporter, pois bem o primeiro programa foi justamente sobre o Boliche como esporte e sua divulgação no Japão onde mais de 300 Brasileiros são praticantes filiados a Federações e a LBB - Liga Brasileira de Boliche, onde são distribuidos premios de até 2.000 dolares em seus Torneios para Amadores e de quebra levando amizade entre Brasileiros e Japoneses, porque esse é o Objetivo do Esporte unir os Povos.

Com essa coluna infeliz vocês estão colaborando para a desinformação das pessoas normais, mas por educação vocês deveriam rever seus conceitos, corrigir os erros e principalmente
conhecer esse Esporte que é muito competitivo.

Atenciosamente

Mario Kassawara Marques
RG. 15.548.411


From: Marcelo Kury Spínola (kuryhva@aol.com)
To: Redação da Revista Época
Cc: boliche@boliche.com.br
Date: 15 Aug 2003, 10:29:40 AM

Bom dia,

Não sou assinante pois viajo muito e prefiro comprar a revista na cidade que estou no momento. Mas fiquei indignado com a artigo "Ouro no Jô-que-pô" das Garotas que dizem ni!! Elas criticaram a presença do Boliche no Panamericano, dizem que Boliche não é esporte.

Elas deveriam se informar direito antes de publicar matérias como essas.

Fico muito triste por se tratar de uma Revista que eu confio plenamente nas reportagens, mais agora começo sobre as informações contidas nos outros artigos da revista, pois se forem comentadas e pesquisadas como esta materia que foi publicada prefiro não comprar mais a revista.

Para um leigo a material seria normal, mas para nos praticantes desse esporte que tanto lutamos para a divulgação e reconhecimento da modalidade no pais,  vemos essa matéria como triste e falta de respeito pois nenhuma pesquisa foi feita antes de publicação, e também desmerecendo a participação dos atletas do Boliche que foram representar o nosso Pais nos jogos Panamericanos.

Elas deveriam ter publicado uma matéria sobre a falta de patrocínio  no esporte amador, que no boliche não é diferente muitas vezes o atleta sempre se auto-patrocina.

Recomendo para vcs entrarem no site: www.boliche.com.br - com certeza a visão de vcs sobre o boliche vai mudar muito.

Grato

Marcelo Kury Spinola
m.kury@uol.com.br
kuryhva@aol.com


From: Ivo Alexandre de Souza (ivosouzahva@aol.com)
To: garotas@edglobo.com.br
Cc: boliche@boliche.com.br
Date: 15 Aug 2003, 11:37:58 AM

Caríssimas "jornalistas"

Não sei bem se escrevo para essas garotas ou para a revista Época, provavelmente deveria ser para alguém sério, que leia, entenda e discerne sobre o assunto. Contudo, vejo que o jornalismo aplicado nesse artigo não foi profissional, inteligente e ético, pois todo o responsável por uma informação deve no mínimo saber sobre o que está escrevendo.

Vivemos diversos esportes e muitos devem a sua repercussão a mídia, que esta faz o seu papel de incentivar e informar o povo, até mesmo o futebol foi assim, mesmo sendo um esporte de acesso liberado e facilitado, pois todos podem jogar aonde que que seja, a mídia teve sua colaboração para a sua expansão... Agora eu pergunto se no próximo Pan aparecer o Golf, ficaríamos também indignados e escreveríamos bobagens a respeito do esporte? Heim meninas? Ou, aceitaríamos e trataríamos de mandar alguem lá para trazer uma medalha para nós?

Mas, como todo esporte tem seu time contra nós pensamos em até relevar as suas palavras, embora não saiba quem é pior: As garotas ou a Revista (por deixar tal matéria publicar). Pelo menos deveriam estudar um pouco o esporte e buscar reais motivos para dizer tamanha bobagem!

O boliche é um esporte que alem de unir a família e os amigos também é profissional e existem pessoal que alem de sua seriedade com o mesmo ganha a vida com isso, portanto desejo deixar minha indignação com uma empresa "séria" e de informação ao publicar uma mensagem errônea e desnecessária para a venda semanal da mesma. Logo, ficaremos esperando uma retratação, algo que um meio de comunicação sério faria. Agradeço o espaço para responder.

Ivo Alexandre de Souza
Coordenador AOL - MKT


From: Fernando Ramos

To: epoca@edglobo.com.br

Cc: garotas@edglobo.com.br

Sent: Sunday, August 10, 2003 5:29 PM

Respondendo à pergunta formulada na coluna “Garotas que dizem Ni”, da edição nº 273, segundo a Enciclopédia Koogan Houaiss, esporte “é  o conjunto de exercícios físicos que se apresentam sob a forma de jogos individuais ou coletivos, cuja prática obedece a certas regras  precisas e sem fim utilitário imediato”.

O Dicionário Prático da Língua Portuguesa, da Editora Melhoramentos, acrescenta, ainda, o conceito de método, quando diz que o exercício tem de ser praticado metodicamente.

Dentro destas definições, o Boliche tem todas as características necessárias ao seu enquadramento como esporte: indubitavelmente constitui-se em exercício físico, possui regras que começaram a ser codificadas em 1895 com a organização em New York  do American Bowling Congress – ABC,  e sua prática requer método e conhecimentos técnicos  cuja perfeição maior ou menor define quem são os melhores praticantes.

Além disso, como nos ensina Márcio Vieira, um dos melhores e dos mais experientes jogadores de boliche brasileiros, "o boliche preenche todos os requisitos necessários para ser considerado um esporte mais do que muitos dos “reconhecidos” olimpicamente. É necessário um certo “dom”, muita coordenação olhos-mão, tempo de movimentos cadenciados e inter relacionados entre a parte superior e inferior do corpo, mente estratégica, perseverança e nervos para momentos de decisão. Além do mais seus resultados são medidos dentro de uma mesma competição por contagens matemáticas e inequívocas, nada comparado a observações implícitas como em saltos ornamentais, patinação no gelo, ginástica rítmica, etc"


É lamentável, portanto, que uma articulista mal informada do que venha a ser realmente o esporte Boliche, escreva baboseiras sobre o que certamente não conhece, ou pior, dele só tenha contato como uma diversão a mais nos fins de semana.

Comentários bobos como os escritos no “box” intitulado “Ouro no Jô-quen-pô” somente dificultam a luta que nós praticantes e dirigentes, não só do Boliche como também de outros esportes não tão populares como futebol, vôlei ou basquete, temos para nos aprimorar e para conseguir patrocínios que viabilizem esse aprimoramento.


Quando comentários tristemente inoportunos como esse pararem de ser feitos, talvez, quem sabe, possamos trazer  um saco de medalhas maior e mais dourado do que estamos conseguindo trazer hoje.

Sugiro à desavisada articulista uma visita ao site www.boliche.com.br, onde poderá se instruir um pouco sobre o assunto, podendo, inclusive, ler na íntegra o artigo de Márcio Vieira do qual extraí o trecho acima.

Convido-a, também, para ir aos sábados pela manhã ou às segundas e terças-feiras à noite no Barra Bowling (BarraShopping), presenciar as disputas dos torneios promovidos pela Liga Norte de Boliche e pela Federação de Boliche do Rio de Janeiro.

Atenciosamente,

Fernando D. Ramos

Vice-Presidente da Federação de Boliche do Rio de Janeiro

(obs: parte dessa mensagem foi publicada na Edição impressa da Revista Época N.º 278 de 18.08.2003)

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