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BOLICHE BRASILEIRO CHEGA A
SANTO DOMINGO COM MUITA VONTADE E MUITA BAGAGEM
26.07.2003 :: 15h01
SANTO DOMINGO (26.08) - Depois dos velejadores
Maurício Santa Cruz e Daniel Santiago - que chegaram na última
quarta-feira, dia 23 de julho, a Santo Domingo -, foi a vez dos
bolicheiros brasileiros desembarcarem no Aeroporto Internacional de Las
Américas. A equipe chegou na manhã deste sábado (dia 26), trazendo muita
vontade e também muita bagagem: são mais de 20 bolas num total de cerca de
250kg. Serão quatro jogadores competindo em torneios individuais e de
duplas dos Jogos Pan-Americanos: Walter Costa, Fábio Rezende, Jacqueline
Costa e Luiza Rocha. O boliche é um dos esportes que abre os Jogos, com a
bola rolando no dia 2 (sábado) e a competição terminando no dia 5.
"Estamos mais bem preparados do que quando fomos para Winnipeg", afirmou
Jacqueline, referindo-se aos Jogos de 1999, no Canadá. "Serão 12 partidas
nas competições de duplas e simples. Não há descarte dos piores
resultados, como em outros esportes, por isso é preciso muita concentração
todo o tempo, tentar manter uma regularidade com pontuações altas e ainda
contar com a sorte", completou ela, que é casada com outro bolicheiro da
delegação, Walter Costa, a quem conheceu numa competição.
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Walter e Jacque Costa
Acompanhando os quatro atletas brasileiros, chegaram também Geraldo César
Maciel (presidente da Confederação Brasileira de Boliche) e os técnicos
Juliano Oliveira e Hermindo Gonçalves (pai de Luiza Rocha). Sonhando com
medalhas, o quarteto brasileiro terá de vencer as boas equipes do México,
Venezuela, Colômbia e os favoritos Estados Unidos, para melhorar o
desempenho de quatro anos atrás, quando os melhores resultados vieram na
competição por equipes no masculino (quinto lugar) e no feminino (sétimo).
O PRIMEIRO TREINAMENTO EM SANTO DOMINGO
27.07.2003 :: 17h59
SANTO DOMINGO (27.08) - Um dia depois de desembarcar
em Santo Domingo para os Jogos Pan-Americanos, os atletas brasileiros do
boliche já fizeram seu primeiro treino. A equipe do Brasil passou a tarde deste
domingo, dia 27, no quarto andar do Sebelen Bowling Center, local que
receberá a competição no Pan.
Além dos brasileiros, os atletas da Guatemala também treinaram nesta
tarde.
Um dos esportes mais praticados no mundo, o boliche está pela quarta vez
nos Jogos Pan-Americanos. A modalidade estreou em Havana-91 e o Brasil
jamais conquistou uma medalha no boliche.
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Sebelen Bowling Center
BRASILEIROS TENTA A PRIMEIRA
MEDALHA EM JOGOS PAN-AMERICANOS
SANTO DOMINGO - Engana-se quem pensa que boliche seja apenas arremessar
uma bola e derrubar pinos. Se a diversão de fim de semana é mais ou
menos assim, o boliche profissional é bem diferente. A seleção
brasileira chegou a Santo Domingo com a missão de conquistar sua primeira
medalha em Jogos Pan-Americanos, mas, para subir ao pódio, será preciso
boa pontaria e um punhado de sorte para enfrentar venezuelanos,
americanos, mexicanos e colombianos nas competições individuais e por
equipes que serão realizadas entre os dias 2 e 5 de agosto nas pistas do
Sebelen Bowling Center.
César Maciel, chefe da equipe brasileira, acredita em um resultado histórico.
"Batemos na trave algumas vezes, já ficamos em quinto lugar, em
quarto lugar, perdendo por pouco. Viemos aos Jogos com uma boa equipe, bem
equilibrada, experiente, e acho que podemos sair daqui até levando uma
medalha, que não será surpresa. Estou confiante, temos equipe para lutar
por um lugar no pódio", comentou César, lembrando que esta será a
quarta participação do boliche nos Jogos (foi incluído em Havana-91).
Quatro jogadores estão na Vila: Walter Costa, Jacqueline Costa, Luiza
Rocha e Fábio Rezende. Fábio é o atual número 1 do Brasil e tem uma
relação bastante especial com o esporte: seu irmão, Fernando Rezende
(falecido em 1996), é o único brasileiro campeão mundial de boliche, título
que conquistou na categoria sub-23, nas Filipinas. Já Luiza, de 17 anos,
é a maior promessa entre as mulheres e, recentemente, foi convidada por
Fred Borden, técnico da equipe americana, para treinar nos Estados
Unidos, o que pode acontecer ainda este ano. Completando a equipe
brasileira está o casal Walter e Jacqueline, os únicos que estiveram nas
quatro edições em que o boliche foi disputado.
"Conheci o Walter por causa do boliche. Fui levar umas bolas para
fazer a furação e estamos juntos até hoje. E estamos juntos em qualquer
lugar, como aqui em Santo Domingo, sempre competindo pela seleção
brasileira", afirmou Jacqueline. Walter completa. "Jogamos por
prazer, por amor ao esporte. No Brasil o boliche ainda é bastante amador
e é por isso que uma medalha terá um significado ainda mais especial. Só
para se ter uma idéia, nos Estados Unidos um profissional do boliche, de
nível mediano para bom, chega a ganhar US$ 1 milhão por ano entre prêmios
e patrocínios. No Brasil todos os jogadores têm atividades paralelas e
se dedicam ao boliche por amor mesmo. Temos chances de brigar por um lugar
no pódio e vamos lutar", frisou Walter Costa, que esteve na equipe
quinta colocada nos Jogos de Winnipeg-99.
Serão 12 partidas em cada torneio (individual e por equipes) e as regras
são bem simples; cada competidor faz dois lançamentos com a intenção
de somar o maior número possível de strikes (nome que se dá à jogada
perfeita, quando se derruba os 10 pinos na primeira bola). Cada strike
conseguido vale um bônus na pontuação, sendo que esta pode chegar a 300
pontos (12 strikes, uma partida perfeita). Há uma linha limite que não
pode ser pisada pelo jogador (o que implicará punição) e o objetivo,
claro, é derrubar todos os pinos. Apesar de não fazer parte do programa
olimpico, o boliche é um dos esportes mais praticados no mundo. Segundo César
Maciel, são aproximadamente 100 milhões de jogadores em 160 países
filiados à federação internacional.
Samy Vaisman, da Assessoria de Imprensa do COB
Textual, em Santo Domingo
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