Barra Bowling é reinaugurado em grande
festa, com direito a show acústico do Cidade
Negra
O boliche do Rio volta à sua casa mais conhecida. Num belíssimo
evento, contando com aproximadamente 500 convidados, entre globais,
personalidades e bolicheiros, o Barra Bowling retomou as suas
atividades após quase quatro meses fechado para reformas, que colocam a
casa novamente entre as melhores do Brasil e da América Latina.
A casa, que estava abarrotada de gente bonita,
ofereceu um excelente buffet aos convidados. Todos puderam
desfrutar de ótimas bebidas e canapés ao som da voz de Toni
Garrido, nos vocais do Cidade Negra, em belo palco montado sobre as
pistas.
Outro ponto bastante disputado foi a bancada de crepes, onde
cada um montava o seu em meio a dezena de iguarias e temperos.
Praticamente tudo é novo no Barra Bowling. O approach e a
cabeceira de todas as pistas, cadeiras, house balls, sistema de marcação
de pontos, monitores, pinos - agora sintéticos - e máquina de óleo
foram importados e estarão à disposição de todos os praticantes.
Todas essas mudanças agradaram profundamente aos
bolicheiros cariocas, confiantes no reerguimento do Estado no cenário
nacional.
O campeão sul-americano individual, Márcio Vieira, era um
dos mais satisfeitos com a volta do Barra.
— Antes de tudo é uma
casa administrada por atletas de elite do nosso esporte, como o Caco e o
Paulo Verly, o que propiciará as melhores condições de treinamento
possíveis para os jogadores cariocas.
O presidente da Federação de Boliche do Rio de
Janeiro, Toninho Carvalho, estava exultante.
—Aqui nossos atletas já
consagrados poderão jogar o que de melhor sabem e serão peças
fundamentais para a renovação do nosso esporte. Aposto que o Rio de
Janeiro irá lutar pelos títulos do Brasileiro de Seleções deste
ano, comentou.
Alessandra Alves, presidente da Liga Norte de Boliche,
mostrou-se satisfeitíssima com a reinauguração.
— A Liga
terá a oportunidade de fazer todos os seus torneios numa casa
de altíssimo nível. Todos os atletas saem ganhando com isso.
Reinaugurado depois de uma reforma que custou cerca de R$ 2 milhões, o
Barra Bowling é a única pista do Rio com as especificações
internacionais do esporte. Tanto que as 20 pistas voltaram a ser os
locais de treinamento da equipe do Vasco, uma das mais fortes do estado,
e de jogadores de outras, como a Contrapinos. Aberto aos experts e ao público
em geral (que ganha até meias descartáveis), o lugar é concorrente à
sede da modalidade no Pan-Americano de 2007.
Integrante da equipe do Vasco, a engenheira Lúcia Vieira explica que,
antes da reforma, os atletas tinham de ir ao boliche do Norte Shopping,
que já precisava de manutenção nas pistas e acabou fechando.
— O tamanho da pista é oficial e o software de contagem de
pontos é o que há de mais moderno neste mercado. Ficou muito bom
— diz Lúcia.
Assim como o marido, Márcio Vieira, Lúcia foi convocada para
participar do Campeonato Mundial, na Malásia, em setembro. Mas, por
falta de verba e patrocínio, ambos podem ter de desistir da viagem.
— Somos uma equipe amadora, no verdadeiro sentido da palavra.
Lutamos muito para conseguir realizar os nossos objetivos. A confederação
nos ajuda mas nem sempre dá para participar das competições — diz
ela, que começou a jogar boliche em 1985, quando o boliche Pé-de-vento
ainda funcionava, em São Conrado.
O estudante Renan Guerra, da equipe Contrapinos, é outro apaixonado
pelo esporte. Aos 14 anos, ele treina às quartas-feiras e compete aos sábados.
Na sua família, não há tradição no esporte. Ele começou a jogar
boliche de brincadeira, com amigos e, de tanto que gostou, decidiu ter
aulas particulares para aprimorar a técnica.
— Nas férias, tive muito mais tempo para treinar. Praticamente
vinha ao boliche todo dia — conta ele.