(por Bira Teodoro)
Melhorou um pouco ... afinal! (E a volta da censura)
Neste domingo passado, dia 28, aconteceram as finais do Campeonato
Paulista Individual 2001.
No sábado, houve uma surpresa para os participantes: a FPBOL distribuiu antes do início
da terceira rodada um kit para todos, contendo um manual de Boliche (com história,
equipamento, regras básicas, ética do jogo e glossário), um mapa de acompanhamento
completo e individualizado, o recibo da inscrição no campeonato e uma carteirinha
plástica atualizada. Uma iniciativa louvável, mesmo que tenha sido como servir
apressadamente uma refeição aos passageiros de um vôo prestes a pousar.
A organização não enviou as planilhas finais para o nosso site, devido à proibição
expressa do presidente da FPBOL, o Júlio. Felizmente contamos com colaboradores
democráticos que sanaram essa flagrante obstrução à liberdade de informação, nos
repassando as planilhas proibidas.
Tal atitude autoritária apenas reafirma o estilo opaco e ditatorial do atual presidente.
Para evitar que também sofram represálias resguardaremos nossas fontes.
A finais da primeira Divisão Masculina foram de alto nível técnico, tanto quanto na
Pasárgada Guarulhense. No primeiro jogo Álvaro Gresppi ganhou de Celso Azevedo por
236 a 183, mas no segundo jogo perdeu para o presidente Júlio (237 X 205). Na
finalíssima, o presidente Júlio ganhou a primeira disputa com o campeão do All Events
Fábio Rezende (258 X 247), mas perdeu no desempate por apenas dois pinos (249 X 247).
Alguns finalistas e dirigentes fumavam desvairadamente durante a competição, num
péssimo exemplo para as próximas gerações que deveriam estar lendo, naquele momento, a
página 9 do manual distribuido pela própria FPBOL, que diz: "O fumo, o alcool e
outras drogas são incompatíveis com a prática do esporte."
Na primeira Divisão Feminina, Suzilene Ivata ganhou de Neli Valbom por 190 a 186. Em
seguida Suzilene surpreendeu Roseli Santos com 223 a 167. Embalada, a eficiente pequenina
Suzi jogou na mesma altura que a campeã do All Events Marilza Yasuoka e encarrilhou um
254 contra um aplicado 171. No jogo desempate Marilza mostrou sua experiência e técnica
ganhando da Suzilene por 221 a 162.
Na segunda divisão masculina, o "seu" Carlos José Marin abafou Eliezer Câmara
com 191 a 186. Na segunda partida, Nilton Silva ameaçou uma partida perfeita e ganhou de
Marin por 278 a 168, mas a seguir não resistiu ao jogo do Campeão do All Events
Cléo Duarte (205 X 172).
Na segunda Divisão Feminina, Márcia Silva (162) ganhou de Paula Duarte (125), mas perdeu
a seguinte para Elisa Kim por 200 a 155. Fernanda Ortiz, se segurou fechando um spare
1-3-6-10 para ganhar apertado de Elisa por 165 a 159.
Na terceira Divisão Masculina, Carlos Santos ganhou de Afonso Dias (228 X 193), mas
perdeu a seguinte para Paulo Rosa (216 X 161), que perdeu-se na final para o líder do All
Events Francisco Eberl (192 X 136).
Na terceira Divisão Feminina, Teresa Setani chegou em quarto lugar e teve que ganhar
todas as partidas finais para chegar ao título. Primeiro ganhou de Maria Stangari (156 X
122), depois de Marize Corrêa (152 X 138). Na finalíssima ganhou duas vezes da Campeã
do All Events Maria Barros, primeiro por 199 a 149 e depois numa nervosa partida por 139 a
138.
Na quarta Divisão Masculina, o quarto colocado Roberto Rubertone ganhou as duas
primeiras, primeiro de Beto Calegas (169 X 150) e depois de Osmar Olavo (223 X 191), mas
perdeu a finalíssima para Fernando Resende (176 X 126), homônimo do nosso sempre saudoso
campeão Fernando Rezende.
Na Divisão Especial, formada por rejeitados de poucas partidas e médias razoáveis,
Márcio Paschoal ganhou de Lica Pelege 190 X 130, mas não resistiu ao Rubens Elias (164 X
162). Rubens ganhou a primeira do Campeão do All Events Bira Teodoro (202 X 198),
mas ficou perdido no desempate e perdeu o título por 216 a 144.
Em pelo menos uma oportunidade, não foi seguida a regra no caso de interrupção de
partidas por quebra de pistas, pois ao invés de terminarem as partidas a partir do
último frame jogado antes da quebra, o placar foi zerado e começou-se no primeiro frame,
num flagrante desrespeito às normas da Federação e do esporte Boliche em qualquer parte
do mundo.
Chamou a atenção, também, o alto número de desistências e faltas nesse destrambelhado
campeonato, mesmo organizado pela maior federação de boliche do país, segundo palavras
do presidente Júlio, esquecendo-se, quando afirmou isso, que havia 12 clubes quando
assumiu a presidência e agora apenas a metade desses clubes está ativa e regular.
Fala sério!