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15/10/01 - TAÇA SALVADOR

(notícia enviada por Fábio Ribeiro)

Chuva anima Torneio de Boliche
por Miguel Brusell

O domingão chuvoso pode ter atrapalhado algumas competições esportivas que estavam programadas para Salvador, mas caiu como uma luva para decisão da I Taça Salvador de Boliche, válida como etapas dos circuitos baiano, nordestino e brasileiro, no Aeroclube Plaza Show, desde a quinta feira. Para o boliche, a chuva só serviu para encher ainda mais a pista do shopping, que recebeu um bom público ontem.

A competição, que reuniu 84 atletas da Bahia, Pernambuco, Distrito Federal, São Paulo, Alagoas, Sergipe e Minas Gerais, foi disputada entre duplas - na 1ª e 2ª divisões com handcap (vantagem obtida pela média de pontos) -, e na categoria individual - em quatro divisões, 1º, 2º, feminina e juvenil.

No total, cada participante disputou 24 partidas, desde a quinta-feira, na fase de classificação, com os finalistas podendo disputar entre uma e quatro partidas a mais. “Em cada partida, o atleta tem pela frente dez grupos de dez pinos, com cada grupo sendo chamado de frame. Em um frame, o bolicheiro tem direito a dois arremessos para derrubar o conjunto dos dez pinos”, comenta Fábio Ribeiro, um dos organizadores do esporte no Estado. “Quando os pinos são derrubados com um só arremesso acontece o strike”, completa.

Já a contagem dos pontos não é tão simples assim. Ela envolve um jogo de somas não muito fácil de se entender, mas que ficou facilitado a partir do surgimento da arrumação de pinos eletrônica, já que no início os pinos eram levantados por alguns garotos. “Na maioria dos boliches de hoje em dia, a contagem de pontos é calculada automaticamente através do mesmo programa responsável por levantar os pinos após as jogadas”, revela Ribeiro.

Estrela

Na competição, quem esteve presente pôde acompanhar a performance do mineiro Walter Costa, que ocupa a primeira posição no ranking brasileiro e é uma das maiores estrelas do boliche nacional. “Eu já fui oito vezes campeão brasileiro, três vezes campeão sul-americano e uma vez campeão das Américas individual, dupla e duplas mista, além de ter participado da Olimpíada de Seul, quando o boliche foi incluído como esporte de apresentação”, revela Walter Carvalho.

E tudo isso começou quase que por acaso. “Eu nasci na cidade de Goiânia, em Minas Gerais, mas já morei em diversas cidades. Comecei a praticar o boliche quando morava no Rio de Janeiro. Junto com uns amigos fui, cerca de 25 anos atrás, à pista “Meu Boliche”, na Estrada da Canoa, muito mais com o objetivo de paquerar do que de jogar. Entrei em contato com o esporte e nunca mais parei”, revela.

Com a carreira repleta de conquistas, o mineiro nem se lembra quantas vezes já conseguiu os 300 pontos máximos em uma partida. “Acredito que foram mais de dez vezes”, revela. “Mas, sem dúvidas, o que me atrai mais no boliche é o ambiente familiar, já que se pode jogar três gerações de uma mesma família”, revela o campeão que trabalha como representante comercial de uma empresa americana que fabrica equipamentos para boliche.

Para ver os resultados finais da I Taça Salvador de Boliche, clique aqui.

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