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10/09/01 - TAÇA RECIFE

EXTRAÍDO DO

Reportagens de Fred Figueiroa

10/09/01 - Pernambuco é campeão no boliche
Dupla consegue dar volta por cima e ganha a
Taça Recife/Diário de Pernambuco


Para qualquer esportista não há nada melhor do que ser campeão, mas para os pernambucanos existe uma coisa que supera: ser campeão em cima dos baianos. Aí sim, não existe nada que dê mais alegria. E a Taça Recife/Diário de Pernambuco de Boliche terminou ontem exatamente assim: com uma vitória arrasadora da dupla de Pernambuco Boko Ikeda e Gláucio Santos sobre Carlos Salgado e James Borges, da Bahia.

Na verdade, foram duas vitórias. Como Boko e Glaúcio haviam terminado a fase classificatória na quinta colocação, eles tiveram que disputar uma espécie de repescagem para chegar à grande final da 1ª Divisão. Primeiro, eles enfrentaram o 3º e o 4º colocados, venceram e foram disputar uma vaga na final com os também pernambucanos Tonheco Barbosa e Tsutomo Uchimura.

Mais uma vez Boko e Gláucio levaram a melhor. Sem tempo nem para comemorar, nem mesmo para respirar, restava a dupla buscar concentração para encarar a difícil missão de ter que derrotar duas vezes seguidas os baianos Carlos Salgado e James Borges, que foram os melhores durante toda a fase classificatória. Para eles, bastava uma vitória para ficarem com o título.

O Boliche do Shopping Recife parou para assistir às finais. Nesse momento, mais de cem pessoas disputavam um lugar para acompanhar as jogadas decisivas, entre jogadores, familiares e curiosos, que, logo, viraram torcedores. A cada strike pernambucano, o delírio era geral: aplausos, gritos e assovios. Na hora dos baianos jogarem, todos literalmente "secavam" Carlos e James. E nem mesmo os orixás da Boa Terra conseguiram impedir a vibração pernambucana. Entusiasmados, Boko e Gláucio mesmo sem jogarem uma partida excepcional, arrancaram a primeira vitória.

Na segunda e decisiva partida, a vitória foi mais fácil. Os baianos não escondiam a frustração, enquanto os pernambucanos a cada jogada iam ampliando a vantagem. Antes mesmo da última linha, o título já era de Boko e Gláucio. "Foi suado, é muito difícil uma dupla que termina em 5º conseguir se recuperar e ser campeã, mas nós conseguimos, nem sei como explicar", afirmou Gláucio.

Estado ganha em outras três categorias

E não foi só na primeira divisão que o boliche de Pernambuco fez a festa. Das outras quatro categorias, o Estado venceu em três, perdendo apenas na Com Handicap (uma espécie de repescagem geral), que ficou com os baianos Ton Ton Flores e Jonga Frank.

Na segunda divisão, o título ficou com os pernambucanos Marcos e Deivisson Peres (pai e filho), batendo Fernando Neto e Josivaldo Gomes na final. No feminino, foi fácil para Dayse Silva(PA) e Patrícia Witiuk (PE) levantarem a taça, e no Juvenil, Alde Salgado e Gabriel Ikeda, também de Pernambuco, foram campeões também sem grandes dificuldades.

Além da premiação para as duplas, também foram aclamados os melhores desempenhos individuais. O melhor jogador do torneio foi o baiano Carlos Salgado, e a melhor jogadora, a paraense Dayse Silva.

Na hora da entrega dos troféus e medalhas, a rivalidade foi deixada de lado e o clima foi de confraternização. "Todos aqui são amigos", ressaltou o campeão Gláucio Santos. Um dos mais felizes era o presidente da Federação Pernambucana de Boliche(FPEBOL), Marcos Valério, não pelo seu desempenho -terminou em terceiro na segunda divisão- e sim, pelo sucesso da Taça Recife/Diário de Pernambuco, que tem tudo para entrar de vez no calendário do boliche nacional. Todas os prêmios aos campeões e melhores jogadores foram entregues pelo diretor de circulação do Diário de Pernambuco, Victor Chidid.

09/09/01 - Taça Recife de boliche será decidida hoje

Público descobre esporte e novas competições são programadas

Nesse domingo termina a Taça Recife/Diário de Pernambuco de Boliche, depois de quatro dias em que o público pernambucano pôde ver de perto algum dos principais jogadores do país demonstrando suas técnicas aperfeiçoadas e equipamentos modernos que fazem o strike parecer fácil.O evento foi considerado um sucesso pelo presidente da Federação Pernambucana de Boliche (FPEBOL), Marcos Valério, que ressaltou a excelente presença de público durante o evento. De acordo com Marcos, mais de mil pessoas passaram pelas pistas do Boliche do Shopping Recife em cada dia de competição.

A boa aceitação do público animou Marcos a promover novos eventos do esporte no Recife. Ele adiantou que está contactando com alguns instrutores do sul do país para virem à Pernambuco ensinar seus conhecimentos em clínicas para quem quer aprender a jogar. Além disso, novos campeonatos estão na mira da FPEBOL.

Outra novidade antecipada por Marcos Valério foi a presença de um sexteto pernambucano no Campeonato Brasileiro de Seleções, que acontecerá em São Paulo, no final do ano. Mas esse domingo ainda guarda muita emoção na Taça Recife. Pela manhã, acontecem as últimas quatro partidas pela fase classificatória e também já serão conhecidas as duplas campeãs no feminino e no juvenil. À tarde, o momento mais esperado da competição: as finais da 1ª e 2ª divisão.

07/09/01 - Mulheres brilham no boliche

As mulheres são minoria absoluta na Taça Recife/Diário de Pernambuco de duplas de Boliche. São apenas três duplas femininas contra 33 masculinas. Mas, na rodada de abertura do torneio, foram elas que dominaram. Das dezoito duplas que jogaram ontem a tarde, apenas uma era de mulheres, Dayse Silva/PA e Patrícia Witiuk/PE e elas terminaram o turno na primeira posição.

Dayse e Patrícia conseguiram média de 182,25 pontos, apenas 0,13 na frente de Tuca Maciel e Luiz Saad, que foram os líderes da primeira divisão. Entre os pernambucanos que jogaram à tarde, o melhor resultado foi o de Boko Ikeda e Gláucio Santos, que ficaram em 3º lugar entre os jogadores de primeira divisão, com 178,33 pontos. Na segunda divisão, a melhor dupla foi Artur e Eugênio Carvalho, com média de 167,25.

Mas isso é apenas o começo do torneio. Foram disputadas apenas 6 partidas, de um total de 24. Ontem à noite, ainda houve o 2º turno da 1ªrodada, em que outras 18 duplas estrearam no torneio, entre elas as duas principais do Estado: Arlindo Massaro/Márcio Dipace e Jaílson Vasconcelos/Marcelo Figueiroa. Até o fechamento dessa edição, ainda não haviam sido computados os resultados das jogadas.

A decepção da tarde de ontem foi a dupla baiana Frank Williams/Márcio Bandeira. O norte-americano Frank chegou ao Recife cheio de moral, após ter conseguido realizar uma partida perfeita (300 pontos) em Salvador. Mas, o que se viu ontem nas pistas do Shopping Recife está longe da perfeição. A dupla teve média de apenas 175,42 pontos.

Hoje, acontecerão mais sete partidas para cada dupla. Pela manhã, jogam os juvenis, o feminino e a segunda divisão e à tarde é a vez da primeira divisão. No final do dia(após 13 jogadas) já se terá uma noção melhor das duplas que estão no páreo buscando classificação para às finais, que acontecem depois de amanhã.

02/09/01 - Boliche além da diversão

A partir da próxima quinta-feira, federação estadual realiza a Taça Recife/Diário de Pernambuco

Jogar boliche é uma das diversões preferidas dos recifenses de classe média e alta, que lotam as pistas dos shoppings da cidade para arriscar seus strikes -jogada mais famosa e difícil do boliche, quando a bola derruba todos os pinos. Porém, como esporte, o boliche ainda está longe de ser popularizado, tornando-se uma modalidade pouco praticada e praticamente sem nenhum destaque na mídia brasileira.

O alto custo do material pode ser apontado como um dos fatores que impedem o crescimento do esporte no país. O equipamento adequado não se encontra facilmente por aí, tendo que ser importado dos Estados Unidos. Um sapato especial, cujo solado tem que ser sempre trocado, custa cerca de U$ 150,00, uma luva sai por U$ 50,00 e cada bola, de uretano reativa, vale U$ 250. Isso sem falar no aluguel de pistas, que sai em média R$ 25 por hora.

Portanto, o boliche realmente não é para qualquer um e são por essas razões, aliadas à pouca divulgação do esporte e até mesmo a sua aparente monotonia, que a maioria das pessoas preferem levá-lo apenas na brincadeira, como uma descompromissada diversão de fim de semana, quando se pode jogar com sapatos (não profissionais) e bolas (de plástico) alugadas.

"Essa forma de jogar é bem diferente da profissional. Os sapatos corretos são fundamentais para um deslize perfeito, que é a essência do jogo, e só as bolas de uretano permitem o fingher (jogada com efeito) que possibilita um aproveitamento dez vezes melhor do que a jogada simples", ensina a jogadora Patrícia Witiuk.

CAMPEONATO - Para tentar aproximar a diversão do esporte, a Federação Pernambucana de Boliche (FPEBOL) organiza esta semana o maior torneio já realizado no Estado, a Taça Recife/Diário de Pernambuco que começa a ser disputada quinta-feira e vai até domingo, nas pistas do Shopping Recife, reunindo 38 duplas de cinco estados brasileiros, divididas em quatro categorias: masculino (1ª e 2ª divisões), feminino e juvenil.

Alguns dos maiores nomes do boliche brasileiro estarão presentes na competição, com destaque para a paraense Dayse Silva, que acaba de retornar de Miami (EUA) com a sexta colocação no Torneio das Américas. A Taça Diário vale como a 1ª etapa da Taça Nordeste de Duplas, que depois terá edições em Salvador e Maceió. Além disso, a competição foi homologada pela Confederação Brasileira de Boliche e é válida para o ranking brasileiro.

PISTAS - "Vai ser a primeira vez que um diretor técnico da CBBOL vem até o Recife para avaliar um torneio", conta Patrícia, que além de jogadora, é uma das organizadoras do evento. E um detalhe positivo ele já vai levar na bagagem: Recife tem as melhores pistas da América Latina.

A estrutura e a organização do torneio vêm sendo a melhor possível e na quinta-feira, é hora dos jogadores darem seu show de técnica e precisão, mostrando aos recifenses que o boliche é bem mais do que uma simples diversão e que o tão festejado strike nem é tão difícil assim.

Em um jogo considerado perfeito, uma dupla tem que conseguir 300 pontos, ou simplesmente 12 strikes em 12 tentativas. Nunca um pernambucano atingiu essa façanha, o máximo conseguido foi pela dupla Alcindo Marsaro/Márcio Dipace, que obteve 279 pontos, ou simplesmente 11 strikes.

 

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