Publicado no
![](../../images/site_cob.gif)
Comitês Olímpicos do Brasil e dos Estados Unidos selam convênio inédito
de parceria
O Brasil acaba de dar um grande passo rumo ao amplo desenvolvimento de
alguns de seus principais esportes olímpicos e pan-americanos.
Os Comitês
Olímpicos do Brasil e dos Estados Unidos firmaram nesta terça-feira
(15/05), um convênio de parceria inédito na história dos dois países.
O acordo prevê o intercâmbio esportivo, inclusive com a utilização dos
Centros Olímpicos nos Estados Unidos, para o treinamento de equipes e
atletas brasileiros de 18 modalidades, capacitação de treinadores, além
de procedimentos e aspectos legais, assistência e desenvolvimento
corporativo profissional, marketing, mídia e TV, cursos e publicações e
controle de doping, entre outros.
Além do presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, e da presidente do USOC,
Sandra Baldwin, estiveram presentes à cerimônia de assinatura do convênio,
no Rio de Janeiro, o presidente emérito do USOC, William Hybl, que é
membro do COI, o diretor de relações internacionais do USOC, Hernando
Madroñero, o ministro do Esporte e Turismo do Brasil, Carlos Melles, o
secretário Nacional de Esportes, Lars Grael, e presidentes das confederações
brasileiras.
"Este é o primeiro convênio de parceria firmado na
história do USOC com um Comitê Olímpico Nacional, pois até então os
convênios eram apenas de cooperação", destacou Sandra Baldwin. O
acordo fechado hoje é motivo de grande orgulho para nós brasileiros e
pode ser entendido como mais um grande passo da evolução do esporte olímpico
brasileiro", disse Carlos Arthur Nuzman.
O contrato terá validade a partir desta terça (15/05), até 31 de
dezembro de 2001. Caso nenhuma das partes notifique a outra por escrito
seis meses antes do término do contrato sobre alterações a serem feitas
ou cancele totalmente o contrato, o mesmo permanecerá em vigor por um período
adicional de quatro anos.
"É importante que tenhamos uma parceria de
fato, que trabalhemos duro para orientar atletas e treinadores na direção
do amplo desenvolvimento de suas potencialidades", afirmou Sandra
Baldwin. "O Brasil é um dos países mais fortes em termos de
esportes das Américas, por isso este acordo é muito importante para os
Estados Unidos. Temos que fortalecer o continente americano como um todo
para podermos disputar com igualdades de condições com os europeus, que
já são bastante unidos", completou Sandra.
Este convênio é o mais amplo já firmado pelo USOC com um Comitê Olímpico
Nacional. As negociações entre Brasil e Estados Unidos foram iniciadas
durante a Assembléia dos Comitês Olimpicos Nacionais - ACNO, em maio de
2000, no Rio de Janeiro, entre o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman,
e o então presidente do USOC, William Hybl. "Este é um momento
importante para os dois países. Estamos ansiosos para nos reunirmos com
seus esportistas para dar início efetivo ao convênio", disse
William Hybl, presidente emérito do USOC.
O Convênio entre o COB e o USOC visa incrementar a cooperação no campo
de esportes e aptidão física, com a intenção ainda de fortificar a
relação amigável entre os esportistas dos dois países e promover o
entendimento entre os povos brasileiro e americano. Com o acordo, ficou
acertado que atletas de atletismo, natação, boxe, luta romana,
levantamento de peso, futebol, vôlei, tiro com arco, remo, canoagem,
caiaque, ciclismo, beisebol, ginástica artística, natação
sincronizada, saltos ornamentais, softbol e triathlon do Brasil poderão
utilizar os três centros de treinamentos operados pelos Estados Unidos
(Colorado Springs Olympic Training Center, em Colorado Springs, Colorado;
Lake Placid Olympic Training Center, em Lake Placid, New York, e o ARCO
Olympic Training Center, em Chula Vista, Califórnia).
"Ainda vamos
estudar a inclusão de outros esportes com o decorrer do acordo. Nosso
maior objetivo é a criação de equipes olímpicas permanentes",
disse o presidente do COB. "Vamos nos ajudar onde for possível, não
só naqueles esportes em que um de nós for muito forte. Mais do que
recursos financeiros, precisamos é de conhecimentos técnicos em um
acordo deste tipo", completou Sandra Baldwin.
Ambos os Comitês apresentarão anualmente, em cooperação com suas
federações esportivas nacionais, suas propostas para a troca de delegações
esportivas e outros projetos dentro do convênio. Para o ministro do
Esporte e Turismo, Carlos Melles , o acordo com o Comitê Olímpico dos
Estados Unidos ajudará a trazer a organização necessária ao
desenvolvimento do esporte nacional.
"O Brasil tem um imenso
potencial esportivo, o que nos falta é organização. Por tudo o que o
Brasil representa no Hemisfério Sul e pelo que os Estados Unidos
representam no Hemisfério Norte, tenho certeza de que o convênio será
muito importante para os dois países", afirmou o ministro Melles.
Quanto às candidaturas do Rio de Janeiro e de San Antonio, no Texas, para
sede dos Jogos Pan-Americanos de 2007, Nuzman e Sandra Baldwin garantiram
que a disputa não afetará a parceria. "Disputar candidaturas faz
parte do processo de desenvolvimento e consolidação do esporte em um país",
disse Nuzman.