NOTÍCIAS

28/06/01 - CONVÊNIO OLÍMPICO INÉDITO

Publicado no


Comitês Olímpicos do Brasil e dos Estados Unidos selam convênio inédito de parceria

O Brasil acaba de dar um grande passo rumo ao amplo desenvolvimento de alguns de seus principais esportes olímpicos e pan-americanos.

Os Comitês Olímpicos do Brasil e dos Estados Unidos firmaram nesta terça-feira (15/05), um convênio de parceria inédito na história dos dois países.

O acordo prevê o intercâmbio esportivo, inclusive com a utilização dos Centros Olímpicos nos Estados Unidos, para o treinamento de equipes e atletas brasileiros de 18 modalidades, capacitação de treinadores, além de procedimentos e aspectos legais, assistência e desenvolvimento corporativo profissional, marketing, mídia e TV, cursos e publicações e controle de doping, entre outros.

Além do presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, e da presidente do USOC, Sandra Baldwin, estiveram presentes à cerimônia de assinatura do convênio, no Rio de Janeiro, o presidente emérito do USOC, William Hybl, que é membro do COI, o diretor de relações internacionais do USOC, Hernando Madroñero, o ministro do Esporte e Turismo do Brasil, Carlos Melles, o secretário Nacional de Esportes, Lars Grael, e presidentes das confederações brasileiras.

"Este é o primeiro convênio de parceria firmado na história do USOC com um Comitê Olímpico Nacional, pois até então os convênios eram apenas de cooperação", destacou Sandra Baldwin. O acordo fechado hoje é motivo de grande orgulho para nós brasileiros e pode ser entendido como mais um grande passo da evolução do esporte olímpico brasileiro", disse Carlos Arthur Nuzman.

O contrato terá validade a partir desta terça (15/05), até 31 de dezembro de 2001. Caso nenhuma das partes notifique a outra por escrito seis meses antes do término do contrato sobre alterações a serem feitas ou cancele totalmente o contrato, o mesmo permanecerá em vigor por um período adicional de quatro anos.

"É importante que tenhamos uma parceria de fato, que trabalhemos duro para orientar atletas e treinadores na direção do amplo desenvolvimento de suas potencialidades", afirmou Sandra Baldwin. "O Brasil é um dos países mais fortes em termos de esportes das Américas, por isso este acordo é muito importante para os Estados Unidos. Temos que fortalecer o continente americano como um todo para podermos disputar com igualdades de condições com os europeus, que já são bastante unidos", completou Sandra.

Este convênio é o mais amplo já firmado pelo USOC com um Comitê Olímpico Nacional. As negociações entre Brasil e Estados Unidos foram iniciadas durante a Assembléia dos Comitês Olimpicos Nacionais - ACNO, em maio de 2000, no Rio de Janeiro, entre o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, e o então presidente do USOC, William Hybl. "Este é um momento importante para os dois países. Estamos ansiosos para nos reunirmos com seus esportistas para dar início efetivo ao convênio", disse William Hybl, presidente emérito do USOC.

O Convênio entre o COB e o USOC visa incrementar a cooperação no campo de esportes e aptidão física, com a intenção ainda de fortificar a relação amigável entre os esportistas dos dois países e promover o entendimento entre os povos brasileiro e americano. Com o acordo, ficou acertado que atletas de atletismo, natação, boxe, luta romana, levantamento de peso, futebol, vôlei, tiro com arco, remo, canoagem, caiaque, ciclismo, beisebol, ginástica artística, natação sincronizada, saltos ornamentais, softbol e triathlon do Brasil poderão utilizar os três centros de treinamentos operados pelos Estados Unidos (Colorado Springs Olympic Training Center, em Colorado Springs, Colorado; Lake Placid Olympic Training Center, em Lake Placid, New York, e o ARCO Olympic Training Center, em Chula Vista, Califórnia).

"Ainda vamos estudar a inclusão de outros esportes com o decorrer do acordo. Nosso maior objetivo é a criação de equipes olímpicas permanentes", disse o presidente do COB. "Vamos nos ajudar onde for possível, não só naqueles esportes em que um de nós for muito forte. Mais do que recursos financeiros, precisamos é de conhecimentos técnicos em um acordo deste tipo", completou Sandra Baldwin.

Ambos os Comitês apresentarão anualmente, em cooperação com suas federações esportivas nacionais, suas propostas para a troca de delegações esportivas e outros projetos dentro do convênio. Para o ministro do Esporte e Turismo, Carlos Melles , o acordo com o Comitê Olímpico dos Estados Unidos ajudará a trazer a organização necessária ao desenvolvimento do esporte nacional.

"O Brasil tem um imenso potencial esportivo, o que nos falta é organização. Por tudo o que o Brasil representa no Hemisfério Sul e pelo que os Estados Unidos representam no Hemisfério Norte, tenho certeza de que o convênio será muito importante para os dois países", afirmou o ministro Melles.

Quanto às candidaturas do Rio de Janeiro e de San Antonio, no Texas, para sede dos Jogos Pan-Americanos de 2007, Nuzman e Sandra Baldwin garantiram que a disputa não afetará a parceria. "Disputar candidaturas faz parte do processo de desenvolvimento e consolidação do esporte em um país", disse Nuzman.

[ ÍNDICE DE NOTÍCIAS ]

[TOPO]