Enquanto
outros esportes estão recheados de escândalos e sendo denegridos por
erros humanos, seria interessante dar uma olhada com mais carinho para o
Boliche.
O Boliche, os grandes torneios da PBA e milhares de torneios pelo mundo
afora, são praticamente livres de falcatruas e ou resultados manipulados
devido ao uso de computadores para computar os resultados.
As redes de televisão e emissoras a cabo deveriam olhar para o boliche
com mais carinho, caso desejam transmitir um esporte limpo de escândalos.
Vejamos: o dia 27 de junho deste ano foi marcado por fatos desportivos dos
quais, nós atletas, nos envergonhamos:
-
"Michael Rasmussen,
ciclista, foi desclassificado quando liderava o Tour de France devido
ao doping."
-
"A bandeirinha Ana
Paula foi afastada da Primeira Divisão da CBF."
-
"A NBA se vê às
voltas com juiz que manipulava resultados porque apostava."
-
"Barry Bonds,
jogador de beisebol, perto do recorde de Home-Runs, envolvido
com doping?"
-
"A Luta Livre
Profissional dos EUA ainda lembra estarrecida a violência doméstica
por parte de um atleta envolvido com esteróides."
-
"O armador do Atlanta Falcons, Mike Vick,
foi pego em apostas clandestinas."
-
"Quem não lembra do juiz Edílson
Pereira e os resultados manipulados de 2006 que abalou a primeira divisão
do futebol Brasileiro?"
-
"O Presidente da NFL ameaçou com
represálias duras o comportamento indevido de atletas do Futebol
Americano."
-
"As acusações de
espionagem na F-1, e as recorrentes atrapalhadas naquele esporte."
Enquanto
isso a PBA é uma das organizações desportivas que não foi confrontada
com erros de arbitragem ou problemas pessoais dos seus jogadores.
Isso não significa que os seus atletas sejam anjos! Mas parece que alguns
deles tem asas, comparados com atletas de outros esportes envolvidos em
tanta sujeira, atualmente.
Só esses fatos seriam o suficiente para trazer as redes de televisão
para dentro da PBA e, de modo geral, incrementar o televisionamento desse
esporte num plano global.
A percepção e a receptividade andam de mãos dadas e a PBA hoje tem a mão
vencedora, por ora.
Em parte essa reputação limpa se deve a USBC (United States Bowling
Congress) e, claro, ao esporte por si só.
A USBC trabalha duro para modificar as regras visando que o boliche possa
se tornar um grande desafio. Porém o boliche lida com uma gama de criações
que tirou o "fator-humano" do esporte no que tange ao placar.
Sensores na linha de falta, máquinas que arrumam os pinos, contabilidade
do score através de computador eliminou os juízes de linha de falta,
eliminou os pin-boys e os anotadores, todos passiveis de subornos e pior,
a erros humanos, intencionais ou não.
Qual outro esporte que não depende de julgamento humano para definir o
resultado?
Praticamente todos que consigo lembrar agora dependem do julgamento
humano, de árbitros e auxiliares para determinarem os lances importantes
da disputa em questão. Todos fadados a errarem em lances capitais e todos
podem ser corrompidos, pelos mais diversos motivos.
O que não se corrompe são os sensores de falta, as máquinas de arrumar
pinos ou os computadores que marcam os placares.
Aí temos os atletas. A maioria dos que levam o esporte a sério hoje não
consomem bebidas alcoólicas.
Há algum tempo víamos diversos atletas com problemas com álcool, mas
hoje, pelas imposições sociais e desportivas, a incidência de atletas
bebendo durante as competições é bem pequena.
A PBA, por exemplo não permite que os atletas bebam sequer cerveja no
local da competição.
Os atletas de ponta sabem hoje que a coordenação e o timing são a chave
para o sucesso no boliche. Força não é fator preponderante e assim não
há necessidade de esteróides para otimizar a massa muscular. Drogas só
tendem a comprometer o foco do atleta, tirando- o de jogo mais fácil.
O perfil do jogador de boliche mudou muito nos últimos anos e cada vez
mais atletas vão para a academia de ginástica para adquirir resistência
física e suporte psíquico para manter o nível atlético durante a
competição extenuante, desportiva, que é um torneio de boliche.
O jogador de boliche hoje em dia se alimenta da forma mais correta e se
ele não estiver focado em todos os frames e em todas as partidas, ele irá
para casa tendo apenas a si para culpar. Mesmo porque não há como
subornar um sensor de falta, um computador ou uma máquina de arrumar
pinos.
Original Version
Tough Times for Other Sports, Good Time for PBA
By Dick Evans
While
other sports are being dragged down by human mistakes, the Sport of Bowling
and PBA are avoiding scandals with help of machines and computers Corporate
America plus all the television networks and cable companies should be
taking a closer look at the sport of bowling if they want to avoid scandal.
July 26 was a terrible day for the reputation of sports organizations and
events.
-
Tour de France leader Michael Rasmusen was sent home
over doping allegations.
-
Falcon Quarterback Michael Vick was in court about dog
fighting allegations.
-
Giants' slugger Barry Bonds was approaching the home
run record while fighting steroid use rumors.
-
The entire National Basketball Association was
staggered over the alleged betting on games by a referee.
-
The National Football League Commissioner was coming
down hard on players who were acting like children.
-
Pro wrestling still was reeling from the memories of
what one of its gladiators did to his family and himself after
apparently taking steroids.
Meanwhile, the Professional Bowlers Association was one of
the few sports organizations that has not been confronted with rule
controversies or player problems.
This is not to say the all PBA players are angels, but they sure appear to
have angel wings compared to other sports that are having mud slung in
their direction these days.
And that should bring sponsors and TV networks banging on the PBA's doors
at its office in Seattle.
Perception and reception go hand in hand and right now the PBA should have
a winning hand.
Part of this clean reputation is traceable to bowling itself and also to
the United States Bowling Congress.
The USBC is working hard to change rules to make bowling once again a
challenging sport. And then there are all the inventions that has taken
the human factor out of bowling when it comes to scoring.
Foul lights, automatic pinsetting machines and computer scoring device
have eliminated the need for human decisions since they have eliminated
foul calling judges, pin boys who could influence how many pins that fell,
or scorekeepers who could make mistakes accidentally in scoring.
Name another sport that does not depend on human beings to make some tough
decisions? Every sport I can think of needs officials and they are human
and they can make mistakes and they can be bought.
But not foul lights, automatic pinsetters or computerize scoring machines.
And then there are the athletes themselves.
Most pro bowlers today do not drink like those in the old days. Twenty
years ago I knew of a lot of PBA players who had drinking problems. Today
I know of none although I am sure there may be a few. The PBA even goes so
far as not to allow a member to drink even a beer at a tournament site.
And PBA players know that timing and coordination are the key ingredients
in a successful bowling game. That means there is no use for extra muscles
so that eliminates the need to take steroids to add bulk and if you do
drugs then the chances of your eye-hand coordination being razor sharp is
going to turn dull.
Thirty years ago I would not rave about PBA players being in good physical
shape.
I knew several who would drink before, during and after matches. And I
knew a few players who probably tested marijuana.
But today's PBA player is in good physical condition. They run, they lift
bowling balls and they eat right.
They know if they are not sharp in every frame and every game and every
match they are going home and the only ones they will have to blame will
be themselves because nobody bribes a foul light, automatic pinsetter or
computerized scorer.
Email address: Evans121@aol.com