Óleo
X Break
Guatemala, Julho, 2004
Um dos fatores importante para o
desempenho de nossos juvenis foi o famoso “Azeite”.
Encontramos na Guatemala (como na maioria dos eventos internacionais) um
condicionamento de pistas seletivo e honesto. Cabeceira forte óleo em
todas as tábuas (não era flat), arremate muito limpo e pinos
novos, o óleo não correu e a cabeceira não secou.
Bom de jogar (todos gostaram) o único probleminha é que tinham que
repetir break-point e não variar na velocidade da bola, aí ... a
“batata assou”, festival
de wash-out’s e
outros split’s.
Muitos jogadores se enganam pensando que jogar boliche é apenas passar a
bola na seta. A seta é muito importante, o break-point e a
velocidade são mais, principalmente em condições de pista seletivas
onde a margem de erro é muito pequena.
A maioria dos jogadores no Brasil quando joga em um óleo nessas condições,
ou sai falando que está reverso, ou que o óleo correu (se bem que na
maioria das vezes é isso mesmo que acontece), mas a verdade é que a
maioria não sabe jogar no break e muito menos sabem trabalhar a
velocidade da bola.
Isto ocorre porque de uns tempos para cá surgiu o conceito de óleo fácil
para fazer a galera feliz, médias altas e jogos perfeitos. Óleos que não
exigem muito do jogador, e quem não é exigido não evolui. Não sabem
jogar no break porque estão acostumados a errar para dentro ou
para fora, mais veloz ou menos e a bola sempre chega no pocket.
Concordo com óleo fácil em Ligas, Clubes e até Taças, desde que não
estejam valendo para Ranking de Convocação ou para tentar achar os
melhores jogadores do Brasil.
A evolução técnica surge com a necessidade de vencer obstáculos,
trabalho duro de conhecimento das técnicas e equipamentos, é o que é
chamado de “Recurso Técnico”. Pena que poucos dirigentes e jogadores
estejam interessados nisso.
Comentário (em tom de brincadeira) do Pé na Cova: “Tio, não quero
mais brincar disso, prefiro o block lá do Brasil”
Treine approach, não tire o
olho da seta, e veja se acertou o break ...
Benê Villa
[ VOLTAR ]
|