Pattaya dia 4
(Não
Basta Jogar Mal...)
Pois é meu povo!
Não basta jogar mal, tem que ouvir o Mestre Sid Allen sacanear a gente. Nesta manhã logo
após o café, encontrei no lobby do hotel o técnico Sid Allen que ministrou o curso da
WTBA em São Paulo, em setembro passado. Ele veio a mim e perguntou de qual jogador eu
estava sendo técnico. Respondi que desta vez estava aqui como jogador. E, para a minha
não surpresa, ele exclamou: "Mas não pode! Você é COACH, e não jogador!". Não
adiantou dizer para a esposa do atual presidente da WTBA que eu fui um bom aluno e serei
um grande técnico...Todo o suco de laranja e pãezinhos que acabara de comer, deram cinco
voltas no estômago, provocando cólicas até na alma...
E vejam vocês que subi só vinte posições hoje. Eu e minhas frases. Perguntado se havia
jogado bem, respondi de pronto: Jogar bem eu joguei, contudo, jogar bem aqui não
quer dizer absolutamente nada!.
A sala de imprensa aqui de Pattaya, fica no segundo andar do boliche, e possui uma janela
de vidro que toma quase todas as 32 pistas. E daqui de cima, desta visão privilegiada que
temos, pude ver Daniel Falconi arrebatar a primeira posição do mundial, jogando o melhor
boliche que se pode fazer.
Sentado em frente do computador que uso para fazer as matérias, pude ainda ter o prazer
de assistir o japonês Hirofumi Morimoto, sacar duas partidas consecutivas de 279 e 277.
Nem tudo são flores na sala de imprensa. A rede de computadores instalada aqui é movida
a carvão vegetal, as linhas telefônicas parecem ser obra da Telefônica de São Paulo,
Brasil, e o tailandês responsável por tudo isso, é um IRRESPONSÁVEL!
Preciso dizer algo a todos no Brasil: Plasticamente, alguns de nossos jogadores não
são diferentes de muitos bons jogadores daqui. O que me levou a ficar fazendo uma
análise e comparação entre todos. E cheguei a seguinte conclusão: O que nos
falta é ter jogadores com mais conhecimento. E aprendermos a jogar com médias (REAIS,
leu Bira!?) altas. Jogar mais soltos, nossos jogadores são muito presos, e cheios de
teorias absurdas e chatas de se ouvir. Necessitamos ter nossos boliches com cabeceiras de
pistas mais carregadas de óleo, e máquinas melhor mantidas e reguladas. Melhores
mecânicos. Melhores dirigentes, melhores torneios. E o principal, jogar mais torneios
internacionais. Jogar em casa e fácil, mas jogar fora de casa e outra coisa.
Alguém joga a bóia, por favor!?
Jogo que segue...!